sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Aviso de pausa

Pessoas, só passei por aqui para me explicar (acho que se vocês procurarem, vão encontrar posts meus me explicando todo ano, todo mês...). Enfim, a realidade é que eu entrego meu TCC na próxima sexta-feira, dia 19. Aceito orações, abraços e mensagens positivas até lá.

Portanto na próxima semana não darei as caras por aqui. Minha vida está regida por...


- roteiros a adaptar
- viagem a fazer
- relatório a completar
- agradecimentos e dedicatória para pensar
- CDs para gravar
- vírus para tirar do pendrive

Não sei se disse, mas estou trabalhando (junto com o Rafa e com o José) em um radiodocumentário sobre a extinta Estrada de Ferro Central do Brasil. Está ficando bem bacana, valendo a pena. Mas também está me tomando bastante tempo, essa reta final é complicada...


Bom, nos vemos no final de semana que vem, mas deixo vocês com uma obra prima da música brasileira que estará em meu projeto: Villa Lobos em O Trenzinho do Caipira. Para ouvir de olhos fechados e viajar com ele...

sábado, 6 de novembro de 2010

Roupa suja se lava em casa

Os leitores não-guarulhenses que me perdoem, mas hoje é dia de falar com o pessoal daqui. Mas, quem quiser nos emprestar o ombro, encosta aqui neste post.

Quem frequenta o Shopping Internacional já viu a Casa Saraceni. Sabe aquela casa no centro do estacionamento? É ela.


Nunca passou nem na frente do Internacional? Então você não terá a oportunidade de ver este patrimônio histórico da cidade. A Casa Saraceni foi demolida esta noite.


Para quem não conhece essa história, como eu mesma não conhecia, vou contar: a casa foi adquirida pelo imigrante italiano José Saraceni para estabelecer sua fábrica de polainas, sandálias e artigos de couro. Ao redor da casa se estabeleceu a Vila Operária, com casas e uma escola para os trabalhadores da fábrica.

Em 1973 a chácara foi vendida à Olivetti. A vila operária foi demolida, mas a empresa decidiu preservar a chácara e o quintal da família Saraceni, que foi tombada pelo patrimônio histórico municipal em 1990.

Mas, dez anos depois, o grupo Internacional, novos administradores do terreno, entra com pedido de demolição da casa. Para aumentar o estacionamento do shopping, certamente... E a Casa veio abaixo na última madrugada.

A população guarulhense é quem perde com essa decisão. Mais um pouco de sua história vem abaixo, e cada vez mais ela se perde nos escombros, monumentos mal cuidados ou o trem fedido da praça IV Centenário. E a pergunta é: até quando?


* Leia mais aqui, aqui e aqui também. E obrigada ao historiador Elmi Omar pelo triste, mas importante, aviso.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Queda de pressão


Ontem acabei nem passando aqui pelo blog pois tive alguns problemas na volta para casa. E acho que preciso fazer um adendo no meu Manual do transporte coletivo lotado: a não ser que esteja chovendo - e chovendo muito! - tente manter as janelas do coletivo abertas. Não precisa ser muito, só um pouco já ajuda quem está de pé a ter uma volta para casa mais confortável. Senão...


Pois é, eu tenho pressão baixa, ou hipotensão arterial se quiserem um nome mais científico. E não passo bem em ambientes muito quentes. A vista escurece, o corpo sua frio e quando você percebe...você não percebe mais nada, pois já está praticamente desmaiando.

Não acordei cedo e passei no blog às 6h10 da manhã para me lamentar. Na verdade, quero ajudar quem passa pela mesma situação que eu e já está preocupado com a chegada do verão no mês que vem. O calor dilata os vasos sanguíneos, e isso diminui a pressão sanguínea dentro deles. Reuni algumas dicas boas para quem sofre de pressão baixa passar por "momentos quentes" sem passar apuro:

- A hipotensão arterial pode vir de falta de condicionamento físico sabia? A queda de pressão pode vir de uma hipotensão postural. Se você já sentiu tonturas quando levantou muito rápido, sabe do que eu estou falando. Nesse caso, o que resolve é exercício.
- Beba água todo dia e muitas vezes ao dia. Desidratação faz a pressão despencar.
- Sal debaixo da língua não resolve o problema. Prefira tomar bebidas isotônicas, para repor tanto líquidos quanto sais minerais.
- Se desmaiar, deite. O sangue fluirá mais rápido para o cérebro do que se você ficar sentado ou em pé.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Amiga em casa

Hoje li um artigo cujo título era Conversas de irmã fazem as pessoas mais felizes. Ele falava sobre como o ato de conversar era em si fundamental para compartilhar nossos sentimentos e, assim, entendê-los melhor, mas, como as mulheres gostam de mais do que os homens de falar (e ouvir) sobre sentimentos, uma boa conversa com a irmã poderia render mais do que com um irmão, por exemplo.

Isso me deixou pensando um pouco... Ontem mesmo estava afundada em meu TCC (e me recuso a fazer isso agora...só mais meia hora, por favor...) e fui ver o que faltava para o relatório final. Agradecimentos. A quem agradecer pela realização do TCC, tirando o óbvio (Deus, meus pais, colegas de grupo)?


Nitidamente vi a imagem da Gabi, minha irmã, entrando no meu quarto sem bater enquanto escrevia o referencial teórico ou um roteiro ou qualquer coisa assim. Ela abriu a porta, me chamou e me jogou um beijo. Pronto, eu estava motivada novamente. Gabi não precisava nem conversar comigo para entender o que eu estava sentindo. Mas isso acontece agora, depois de anos de conversa.


Quantas noites eu fiquei chateada e minha irmã foi a primeira pessoa que encontrei para conversar? Claro, no passado ouveram noites em que eu tomei o controle remoto da mão dela, ou, com um safanão, ela conseguiu entortar meus óculos. Todo mundo foi criança, e quem tem irmãos sabe o desafio que é passar um dia sem brigar por alguma coisa.


Hoje, vejo que cada briga, bronca ou discussão valeram a pena. Tenho do outro lado da parede uma amiga e tanto, com quem aprendo mais a cada dia. Ontem, Gabi me pediu para escrever um texto sobre pessoas falsas. Hoje, depois de ler aquele artigo, preferi escrever sobre a honestidade de um sentimento: a confiança.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Verdades, por Coronel Nascimento

Eu, como outros seis milhões de brasileiros, assisti Tropa de Elite 2. E sai do cinema sem palavras depois de ver e ouvir o Rio de Janeiro pela ótica do agora Coronel Nascimento (Wagner Moura). Hoje, cederei o espaço para que ele fale um pouco. Afinal, a gente precisa ser chacoalhado de vez em quando, ainda mais em semanas curtas...



A PM do Rio tem que acabar.

Se continuar do jeito que está, melhor deixar pra lá mesmo...


O voto é mercadoria mais valiosa da favela.

Essa nem precisa comentar...quer verdade maior?


Quando o arrego é nada o amor acaba.

Ótima...


Eu ajudaria a criar o monstro que ia me engolir.

Como o David me lembrou, Nascimento tranformou o BOPE em uma máquina de guerra...mesmo...


Nada é tão ruim que não possa piorar.

Máxima de Murphy...


Quando jornalista sente cheiro de furo, ninguém segura.

Deixa pra lá vai...


Para o povo, bandido bom é bandido morto.

Por que programas como o do Datena tem tanta audiência? E isso também aparece no filme!


Nunca me meti na vida da Rosane depois que a gente se separou, mas casar com ele (Fraga, personagem de Adriano Garib) foi sacanagem.

Pobre Nascimento...também achei sacanagem


Esqueci de alguma? Quer relembrar alguma frase do primeiro filme? Comente!

sábado, 30 de outubro de 2010

Britney Spears

Esta loira pode ser louca, mas ninguém no mundo pode duvidar do talento de Britney Spears. Ou pode?


No espaço de tempo entre Madonna e Lady Gaga houve um mini boom de possíveis divas: Britney e Christina Aguilera saindo do Clube do Mickey, Mariah Carey com seus (gritos) agudos , logo depois Shakira (que merece um post aqui em breve) e tantas outras que surgiram para o show business durante os anos 90.

Britney Spears se tornou a queridinha da América com facilidade. Emplacou um sucesso atrás do outro e, para usar um termo bem brasileiro, arrastou multidões. Como se não bastasse a fama e o dinheiro, Britney ainda namorava outro querido: Justin Timberlake.


Contudo, a fama tem como preço a invasão de privacidade. Toda aquela história da virgindade de Britney, que todos achavam ser mentira, que Justin desmentiu... A pergunta é: que diferença faz para quem aprecia o trabalho dela se ela já transou ou não? Isso não muda voz ou capacidade de dançar. Mas muda reputação, que se foi junto com o namorado famoso.

Britney teve outros relacionamentos, filhos, gravou um filme e tudo mais, mas sumiu. E quando aparecia era para dar shows nada agradáveis - bater em fotógrafos e raspar a cabeça foram alguns exemplos. Até que Britney reuniu força para ressurgir e apareceu no Video Music Awards (VMA) de 2007 com figurino curto e visivelmente acima do peso.

Mas Brit passou por cima disso também. Blackout, Circus e as coletâneas que lançou depois trouxeram novos hits. Agora, a cantora pode se gabar de ser o "tema" do episódio de Glee mais assistido nos Estados Unidos (e esperado ansiosamente por esta que vos fala).


Todo mundo tem uma música de Britney Spears que faz parte da sua história, nem que seja a grudenta Oops! I did it again que ficou na cabeça depois de ser tocada repetidas vezes pela prima em uma festa de família. As minhas são Everytime, Overprotected e Circus.

E para você, qual é a sua Britney Spears' song?

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ponto de apoio



Ando com tanto sono ultimamente que não consigo me lembrar o que me trouxe até aqui. Estou cansada de tudo. Tudo.

Mas, após mais de 80 dias longe voltei para escrever o octagésimo (é isso? sou péssima com numerais ordenais) post deste blog, que definitivamente não merece a dona que tem. Em um dia como hoje, com dois anos já de existência, esse espaço já deveria brilhar...não? rs

Hoje estava pensando em uma coisa (até comentei com o Rafa - que faz aniversário hoje): às vezes tudo o que nós precisamos é de apoio. A gente sabe que tem força para cumprir determinada tarefa, só precisamos de algo ou alguém que nos motive a continuar e a não desistir quando a fraqueza resolver bater.


Já bater não resolve. Como diz minha chefe, não adianta apontar para o problema, é preciso ajudar a encontrar uma solução. É muito fácil olhar e dizer que está errado, mas ajudar a consertar exige força de vontade. E isso às vezes se perde. Muito chato.

Bom, acho que esse blog já cumpriu seu papel hoje: já deixou sua dona mais leve. Eu, que não prometo mais nada, só afirmo que a ideia maluca de tirar esse espacinho do ar já foi embora com a chuva que acabou de cair. Vou continuar com o Cronnicas por muito tempo ainda...

Preciso de um lugar seguro para poder dizer o que penso sem me preocupar. Como já fiz várias vezes, e quero fazer muitas outras. Um lugar que seja para mim...um apoio.


*Gente, não sei se tudo o que eu disse fez algum sentido. Não vou ler de novo, pois escrevi conforme meu coração sentiu. Espero que tenha dado para entender...ou as pessoas vão definitivamente começar a me pedir atestado de sanidade...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Manual prático do transporte coletivo lotado


1. Entenda que todos estão com pressa de chegar em casa.

2. Empurrar todo mundo para dentro do trem nem sempre significa que vai ter espaço para você lá dentro depois.

3. Lembre-se que há pessoas sentadas que lutaram e conseguiram seu metro quadrado de conforto. Por isso, não fique batendo bolsas ou apoiando as nádegas aonde ela está.

4. Ainda sobre o tema bolsas, se você quer que alguém segure sua bolsa, peça por favor. Se você acha errado estar sentado e uma pessoa parecendo que leva a casa nas mãos ficar em pé, ceda o lugar ou ofereça-se para segurar suas coisas. Se você é apenas uma pessoa folgada que acha que quanto mais você jogar sua bolsa na cara de alguém maior a chance da pessoa segurar todas as suas coisas, está redondamente enganado.

5. Acho que ninguém precisa dizer que ônibus/trem/metrô não são locais adequados para você tocar sua vuvuzela. Por mais patriota que você seja, as chances de você ouvir possibilidades de lugares para guardar sua corneta são bem grandes - e desagradáveis.

6. Se alguém puxar papo com você no coletivo, responda. Grandes amizades podem se formar em momentos de adversidade (ou você pode entrar em grandes roubadas também). Em dias de transporte lotado, puxe conversa. O ônibus/trem/metrô vai chegar mais rápido.

7. Lanche dentro do coletivo? Se estiver lotado, nem pensar em saborear aquele lanche de frango que você comprou na Luz. Pedaços embebidos em maionese podem cair em pessoas que nada tem a ver com a sua fome fora de hora.

8. Música. Tema polêmico dentro dos coletivos lotados. Se você gastou uma nota preta e comprou seu mais moderno MP357, encheu de pagode e forró, mas esqueceu os fones em casa, mantenha o aparelho desligado. Ninguém tem culpa do seu péssimo gosto musical (mas o conselho também vale para roqueiros, mpbeiros, popeiros, axézeiros, funkeiros...um fone de ouvido não é tão caro assim, poxa...)

9. Se você aderiu ao sedentarismo e vai esperar uma boa oportunidade de subir "aquela escada" pela opção rolante, parabéns! Mas saia da frente de quem prefere ir andando, ok?

10. Depois de um dia exaustivo, o que mais queremos é a nossa cama. O ombro do passageiro ao seu lado não é seu travesseiro, vale lembrar...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Mago listrado

Se tem uma coisa que eu tenho escutado bastante quando o assunto é Copa do Mundo é "zebra".
E não é porque a Copa é na África...

Talvez até seja. Esse campeonato está cheio de zebras. Quem diria que a Eslováquia se classificaria para as oitavas de final? E mais: que mandaria a atual campeã, Itália, para casa mais cedo?!

Vamo tutti pra nuestra casa ver Passione na tela!

Enfim, antes que alguém me mande calar a boca, vou direto ao assunto (será que Galvão Bueno precisa de um blog para suas filosofias?): estamos felizes com a classificação da Eslováquia. Porque simplesmente amamos zebras.

Novamente não estou falando dos animais fofinhos que correm pelas savanas. Gostamos das zebras futebolísticas, de jogos ganhados de virada ou pelo time mais fraco. Se forem os dois, melhor. Nossa emoção vai a mil! O famoso "torço para quem está ganhando" perde o sentido.

Cena comum: jogo Eslováquia x Itália sendo assistido na empresa. Deveria ter uma centena de pessoas naquele espaço...e, sinceramente, só vi uma realmente torcendo para os azzurra. Todos queriam Eslováquia: gritavam, xingavam o juiz e vibraram com cada um dos gols que montou o placar que levou Canavarro e sua turma de volta para a casa.

Todos queriam a tal zebra. A mudança. Algo diferente para animar essa Copa de times tão iguais. Queremos mais jogos como esses, que nos façam passar nervoso! E não queremos que o Brasil precise virar uma zebra para recuperar sua auto-estima. Acho que nem preciso comentar sobre a partida de hoje...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Comboio de amizades

Da série "coisas que só acontecem comigo".


Devido a minha criação guarulhense, acho que tenho uma veia caipira saltada. E isso me faz gostar de uma boa prosa e - quer isso seja bom ou ruim - acreditar nas pessoas. Para vir ao trabalho, pego dois trens, dois metrôs e um ônibus intermunicipal. Uma viagem e tanto, que se tiver companhia se torna mais agradável, certo?

Pode ser que sim. Mas os homens ultimamente tem interpretado minha samaritanisse da Grande São Paulo como "ser fácil". Os três últimos caras que eu conheci na volta para casa foram super simpáticos comigo, mas me ligaram ou mandaram mensagens no dia seguinte com segundíssimas intenções. Caipira pira pora, porque foi confiar nos outros?

Que as verdadeiras amizades surgem na adversidade, todo mundo sabe. E, pelo menos na minha vida, não há momento mais adverso do que encarar uma lotação cheia parecendo uma sardinha enlatada. Foi em uma noite como essa (sim, noite, com pessoas suadas, pagode alto e tudo que você tem direito, afinal você está PAGANDO por isso...) que conheci Morena.

Até hoje não sei o verdadeiro nome de Morena, e a encontrei algumas vezes - novamente no ônibus ou na lotação - depois desse dia sardinhento. Ela também desconhece a minha graça, e me chama de Angelina. Colocou na cabeça que eu sou a cara da mulher do Brad Pitt e não há Cristo que há faça mudar de opinião. Melhor pra mim, que fico com a auto-estima lá em cima.

Enfim, acredito que de todas as minhas amizades de andanças, a mais sincera foi Morena. Confesso que passei muitos anos da minha vida achando que não podia confiar tanto nas mulheres: sou uma delas e sei que vivemos à base de fofoca e chocolate. Só que os últimos acontecimentos no transporte coletivo estão me fazendo mudar de opinião. Um viva às mulheres, que não pedem o seu telefone (nem ligam pra ter certeza de que é o seu número ou para saber se você está de bobeira em casa em um sábado à tarde), que não mandam SMS melosos dizendo que acordaram pensando em você e nem dizem o quanto você ficou linda em um vestido. Bom, essa elas até fazem de vez em quando...


P.S.: Olá! Se você é homem e me conheceu em qualquer uma das fases de transporte coletivo que eu percorro para chegar ao meu doce lar, tome este recado para você. Com um adendo: eu tenho namorado ok? Beijos e, se for pra me cantar porcamente, nem liga.

sábado, 12 de junho de 2010

Amor em jogo

Para quem, como eu, está assistindo a Copa e vê qualquer jogo: hoje Inglaterra e Estados Unidos estiveram em campo e um lance ficará, infelizmente, marcado como o primeiro "frango" do campeonato. O goleiro da Inglaterra, Green, não conseguiu segurar a bola e deu o ponto ao time norte-americano.


Por que eu estou falando sobre isso?
Elementar, caro leitor...porque hoje é dia dos namorados!


Agora você deve ter entendido menos ainda...mas eu explico...

Quando se namora, nem tudo é um mar de champagne e rosas. Existem momentos em que falhamos. E existem outros momentos em que cometemos falhas semelhantes às de Green: bobas, mas que podem colocar tudo a perder.

No entanto a falha de Green não abalou o desempenho do time inglês, que voltou com força total no segundo tempo. Mas o time não marcou nenhum gol, deixando a torcida descontente. Isso também tem a ver com relacionamentos: o que realmente importa quando se está namorando é o que se passa entre o casal. Sim, namoro também tem torcida, e nem sempre é favorável a ele. Só que depende da concentração dos jogadores, e do envolvimento e intimidade do casal, deixar que a torcida atrapalhe seu desempenho ou julgue que foi abaixo do esperado.

Enfim, toda essa minha filosofia futebolística é só para fazer um post bacana de Dia dos Namorados e desejar que cada casal que me lê seja feliz simplesmente pelo fato de ter alguém com quem dividir as experiências boas e ruins da vida. Alguém com quem contar sempre. Esse é o espírito!

Parada forçada


Sabem quantas vezes eu já quis desistir desse blog? Várias.
Muitas mesmo.

É difícil ter um blog sobre generalidades. Qualquer coisa é pauta, e ao mesmo tempo nada é. Vou falar de cultura. Ok, mas a cultura é vasta demais. Só a cultura de uma pessoa enche uma enciclopédia. A cultura geral enche muito mais do que um blog.

O que sei é que surtei esses dias. Venho surtando.
E já usei muitas frases curtas...parei.

O surto foi tanto físico quanto psicológico. Vontade de chorar, de correr, de me enfiar debaixo do travesseiro e encontrar uma passagem para um mundo paralelo onde não tivesse absolutamente nada para fazer. Ali, morreria feliz de tédio. O problema é que não consigo ficar parada. Mas meu corpo precisa que eu pare de vez em quando.

Na verdade, preciso de uma válvula de escape. Um lugar tranqüilo para onde eu possa fugir pelo menos uma vez por semana, quando a correria da vida sobe à cabeça. E esse lugar não precisa ser nenhuma choupana com lareira (nunca vi sentido em uma casa de madeira com fogo aceso dentro dela) na clareira de um bosque. Esse escape pode estar dentro de mim mesma.

Só que dá trabalho achar, viu? Já pensei em um milhão de coisas que eu poderia fazer para esquecer a loucura da vida. Estudar francês ou alemão (puxa, estudar MAIS?!), fazer algum curso bacana (puxa, estudar MAIS?! – o retorno), ter aulas de canto, de dança...sei lá, qualquer coisa que me desligasse. Mas é complicado.

Espero que esse blog, que sempre serviu para que eu despejasse meu pouco conhecimento sobre muitas coisas, também sirva como um ciberporto seguro para mim de vez em quando. E aprecio comentários tá?

domingo, 25 de abril de 2010

Da pop art ao gagaísmo

Querido leitor, isso é uma obra de arte para você?
Para uns, uma simples lata de sopa. Para outros, uma das principais obras do mestre da pop art, Andy Warhol. Quem estiver em São Paulo pode conferir um pouco mais na exposição Mr. America, na Estação Pinacoteca. Eu fui...

...e me decepcionei. Quando comecei a me interessar pelo trabalho de Warhol estava no primeiro ano da faculdade. Lembro-me de uma aula fria (não pelo inverno, mas pelo ar condicionado da sala) em que uma professora chatinha não sabia falar Warhol. Ela soletrou, eu anotei. E ficou por isso mesmo. Alguns meses depois me encontrei com este nome novamente em uma reportagem da Bravo!. A matéria reabriu meus olhos para o mundo da pop art: o mundo do óbvio onde nada é tão óbvio assim.

O tal american way of life se podia resumir em “beba Coca-cola e consuma o quanto seu bolso puder aguentar”. E Warhol, juntamente com todos seus colegas da Factory, faziam graça de tudo isso. Se a base do mundo é o consumo, uma lata de sopa reproduzida mil vezes é arte. Aliás, essa é a grande ideia do mundo pop: a reprodução. Quanto mais e mais vezes, melhor.

Voltando a exposição Mr. America... Dois andares da Estação Pinacoteca tomados pelas principais obras de Andy Warhol. Acompanhada do meu namorado, vi as latas de sopa Campbell, as Marylins Monroe em múltiplas cores, os retratos dos artistas que frequentaram a Factory em seus anos de glória. Mas faltava alguma coisa, ou talvez não faltasse nada. Só fazemos parte de uma sociedade ainda mais imersa no mundo do consumo, da reprodução. Evoluimos da informática para a web 2.0, das bandas revolucionárias para o excesso de videoclipes, das folhas de alumínio da Factory para os figurinos Armani de Lady GaGa.

Aliás, quem precisa discutir arte pop em um mundo onde temos Lady GaGa?

* Quem se interessou pela exposição Mr. America, clique aqui para mais informações. E não confundam Estação Pinacoteca com Pinacoteca do Estado ok? (eu fiz isso rs)
* Vi o termo “gagaísmo” na Serafina desta semana e adorei. Pessoas, eu adoro Lady GaGa, ok? Estou inclusive preparando um post sobre ela. E viva a atual pop art!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Inspiração é...

Olhar para a folha em branco me incomoda.









Não consigo encarar a tela do computador enquanto ela permanece alva, intacta. É preciso escrever, é preciso pensar... Mesmo que esse pensar não seja tão preciso quanto se espera no início.

Escrever é uma dádiva. Saber usar as palavras é algo incomparável. Mas nessa toada já repeti o verbo “é” quatro vezes. Pronto, parei.

Acabei de ler um texto que me deu um chacoalhão. O Word grifou chacoalhão. Será que está errado? Eu sempre entendi dessa maneira... Enfim, voltando ao texto libertador (que é uma palavra que o Word entende), escrever é extremamente necessário, e parte do ler. É lendo que se escreve. Meu Deus, usei mais duas vezes o verbo “é”.

Acho que o verbo “é” precisava ser usado mais do que é. No início, sempre é o ser. E olha o “é” de novo...

Recebi há alguns meses atrás uma lista de verbos a não serem repetidos. Entre eles, o bendito “é”. Fico desde então me policiando em relação a está pequena letra acentuada, que insiste em ser cheia de significado e caber em qualquer lugar.

Enchi a página do Word. Enquanto isso, várias outras ideias seguem flutuando dentro da minha cabeça. Prontas para encher uma nova página. Que será cheia de coisas que são, de “é”s.

sábado, 3 de abril de 2010

Viva Portugal! Viva o bacalhau!

Páscoa é muito mais que chocolate. Ontem, durante o almoço que reuiniu minha família na casa de minha avó, ninguém abriu um ovo. Porém, não teve quem não fizesse um segundo prato de bacalhau.

Devemos agradecer aos portugueses pela chegada dessa iguaria em terras brasileiras. Para aguentar a viagem de quase três meses navegando entre Portugal e Brasil, o bacalhau era o “grande amigo”. Em 1843, alguns anos após a chegada da família real, chegou também a primeira exportação de bacalhau. Da Noruega para os pratos brasileiros.

Depois da Segunda Guerra Mundial, o preço do bacalhau aumentou muito, e isso fez com que o peixe saísse das mesas populares. O costume de comer bacalhau nas principais festas cristãs – Páscoa e Natal – também é de origem portuguesa, país de cultura católica bastante forte.

No final do século XIX era costume ir a restaurantes próximos ao porto, no Rio de Janeiro, comer um bom bacalhau. Intelectuais como Machado de Assis iam todos os domigos saborear o peixe. E, até hoje, o bolinho de bacalhau é sucesso garantido em bares.

Post inspirado nas receitas deliciosas que a revista Prazeres da Mesa traz em sua última edição.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Do oceano azul aos Na'vi

Era uma disputa que já tinha um vencedor. James Cameron versus James Cameron. De qualquer maneira, o diretor canadense sairia líder de bilheteria mundial. E uma liderança muito merecida, diga-se de passagem.

Doze anos separam seus dois filhotes de sucesso. E agora que constatei este fato, fico bege de lembrar da minha audácia. Vesti minha melhor roupinha – afinal ostentava recém-completados nove anos – e fiz a cara mais convincente que pude para parecer já ter 12, classificação indicativa de Titanic. Em todo caso, meu pai estava comigo. Não teriam como me deixar para o lado de fora da sala, mas não queria passar a “vergonha” de ter que apresentar meu RG e revelar minha verdadeira idade.

Lembro-me de quão lotada estava aquela sessão. Normalmente uma ou duas poltronas separam as pessoas dentro do cinema. Mas não haviam lugares vagos naquela tarde. Todas aquelas pessoas resolveram se unir e embarcar juntas em um navio que certamente naufragaria no final. O mesmo não se pode dizer do filme: o maior sucesso de bilheteria mundial de todos os tempos. A história de amor entre Jack (Leonardo DiCaprio) e Rose (Kate Winslet), unida à primeira e última viagem do poderoso Titanic, conquistava corações em qualquer lugar que fosse exibido. James Cameron havia vencido.

Como já disse, doze anos se foram entre as duas produções. E lá estava eu, agora com vinte anos, para conferir o novo filme do consagrado diretor. Confesso que a trama de Avatar não dispertou minha atenção de pronto. Para mim parecia mais um daqueles filmes de ficção científica sem graça, mais do mesmo. E foi com este pensamento que entrei mais uma vez na sala escura e cheia, munida de pipoca grande e óculos 3D. Na pior das hipóteses, seria uma chance para me deliciar novamente com a sala principal do Marabá.

Então o filme começou. Havia sido transportada para o planeta Pandora tão rapidamente que só me dei conta quando já estava entre os Na’vi, tanto os originais como a esperta Neytiri (Zoë Saldaña) ou a sábia Mo’at (C.C.H. Pounder), mas principalmente com os chamados avatares, especialmente com Jake (Sam Worthington). Tão cheio de limitações devido a sua paralisia, em Pandora ele podia correr, saltar e até voar! O mundo que lhe dizia que não era capaz de mais nada dava lugar ao nascimento de um herói, e assim começava sua saga. Com uma boa história de amor impossível, a la Cameron.

Avatar superou a bilheteria de Titanic estando em cartaz há apenas seis semanas. Imaginem quanto este filme ainda pode faturar! E, enquanto pessoas em todo o planeta correm para pegar sua pipoca (e de preferência também os óculos 3D, experiência única), James Cameron comemora os dois Globos de Ouro que já ganhou este ano, Melhor Filme Dramático e Melhor Diretor. E que venha o Oscar...

domingo, 24 de janeiro de 2010

Os novos enlatados

Quem não se lembra das novelas da Thalía? E além de Maria do Bairro e Marimar, quantas outras novelinhas mexicanas apelidamos carinhosamente de “enlatados”, porque a história era basicamente a mesma. Daquelas que a gente fala que se assistir a primeira semana e o último capítulo dá pra contar a história toda.

Desses tiveram duas que eu lembro bem, justamente por serem meio diferentes do padrão: A Usurpadora, das gêmeas Paola e Paulina, e Esmeralda, uma cigana. Na verdade acho que essa última só me marcou porque eu tinha um fascínio pelo mundo dos ciganos na época, cheguei até a escrever várias coisas sobre o tema. Mas esse não é o assunto (preciso ter mais foco quando escrevo aqui rs)

O tema de hoje, como o título já diz, são os novos programas enlatados que ganharam as grades de programação brasileiras. E quem são eles? Os nossos queridos reality shows, que pelo nome já dá pra saber que se tratam de produtos importados. Emissoras de TV inseguras preferem deixar a criatividade descansando e comprar modelos de programas prontos de outros países. Resultado: Big Brother, A Fazenda, Solitários, Ídolos, Supernanny...

Contudo meu objetivo não é simplesmente acabar com as emissoras que veiculam estes programas, e tantas outras que importam apenas quadros para seus programas. Na verdade, sou uma forte consumidora destes. Assisto todos sempre que posso, o que menos acompanho é A Fazenda, que quase nunca vejo por ser no mesmo horário de BBB e não me chamar muito a atenção aquele monte de gente meio famosa tentando ordenhar uma vaca, se emocionando com o nascimento de um bezerro. Coisas que são o cotidiano de muita gente no nosso Brasil. Karina Bacchi fazia mais sucesso como a Paris Hilton brasileira em Simple Life...

Um dia vou entender porque estes programas são tão viciantes para uns e tão desprezíveis para outros. Bem ou mal, muitas vezes são a maior audiência de uma emissora. Atrás as vezes somente dos enlatados originais, as novelas. Afinal, estamos na vigésima Bela, a feia do mundo! E agora, se você leitor me dá licença, vou ver Big Brother...rs

*texto inspirado na matéria de Rodrigo Russo, publicada ontem na Folha de S. Paulo. Na mesma edição do jornal havia um outro texto, específico sobre reality shows. Mas desse não gostei muito, talvez por ser defensora desse tipo de programas passando na minha TV.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Onde estão os amigos?


Hoje resolvi falar sobre falsidade. Não, não estou escrevendo este texto para ninguém especificamente. Mas hoje aconteceu uma coisa que me fez pensar um pouco a esse respeito...


Vamos primeiro aos fatos: hoje recebi uma ligação de uma pessoa que não fala comigo há mais ou menos um mês. Estava no shopping depois de muito pensar se queria ou não sair de casa, e se fosse com quem eu iria. Pensei por muito tempo com quem poderia contar como companhia para um dia sem meu namorado.

Muitas pessoas passaram pela minha cabeça. Daquelas que passam pela vida da gente mas ficam um tempo a mais para deixarem de ser conhecidos, mas não necessariamente para que a gente os conheça de verdade. Posso dizer com bastante segurança que conheço muita gente, mas que tenho muitos amigos...complicado.

Na verdade acho que não é bem sobre falsidade que eu quero falar, mas sobre amizade. Amizade verdadeira, daquelas de filmes em que um grupo de amigas é extremamente unida, se chamam de “irmãs” e tal. Pra mim Amigas para sempre é apenas um filme. Não que eu esteja sentenciando isso na minha vida, na verdade essa história de grupinhos de amigas nunca foi o meu forte. Até quando fiz parte de um me sentia excluída rs

Talvez a amizade verdadeira não tenha surgido na minha vida. Não, na verdade surgiu sim. Mas de pessoas bem diferentes, distantes. Nada de grupinhos, nada de BFFs como dizem hoje em dia. Colecionei alguns bons amigos ao longo da minha vida até aqui. Porém também tive surpresas ruins, muitas surpresas ruins.

Na verdade esse post acabou se tornando um desabafo. Prometo que o próximo terá um assunto mais consistente. Só acredito que amizade é confiança. E ter aquele tão necessário ombro para contar suas tristezas, alegrias, ideias, lembranças boas e ruins, piadas, segredos. E nesse momento para mim ela não existe mais, não adianta.

Obrigada você leitor(a) que leu este texto até o final. Agradeço pelo ombro rs

E até a próxima, com um post bem mais alegre!

*A foto é do filme Crossroads: amigas para sempre, com a saudosamente louca Britney Spears e também Zoë Saldaña, que atualmente está feliz da vida com o sucesso de Avatar.

sábado, 9 de janeiro de 2010

É lendo que se escreve

Estou planejando retornar com este blog - e retornar MESMO - há algum tempo.

Até coloquei o item Blogger na minha barra de favoritos do Firefox, pra ver se eu lembrava de pensar em alguma coisa bem bacana para colocar aqui.

Pois é, ainda estou pensando no que poderia ser...rs


Poderia falar sobre mil coisas, mas ainda não decidi bem sobre o quê. Que assunto será esse que vai saltar do monte de coisas da minha vida e se fazer tão insuportavelmente importante que eu pare por uma meia hora e escreva alguma coisa de útil...

Enfim, na falta do que falar, conto uma novidade: terminei de ler hoje O Diabo Veste Prada. Como já era esperado, o livro é bem mais completo que o filme. Mas não o superou. Agora gosto dos dois, cada um a sua maneira.

Acho que esse seria um bom assunto para uma discussão rápida...o quanto é bom ter algo para ler. Eu demoro aproximadamente duas horas para ir da minha casa até o trabalho, e nesse tempo acho que não tem nada mais bacana do que parar e ler um pouco. Entrar em um novo mundo como se ele fosse o seu (totalmente clichê, mas sempre vi dessa forma...)

Fazia um certo tempo que não lia um livro até o fim. Comecei vários, mas parei por diferentes razões cada um deles. O próprio O Diabo Veste Prada já havia tido uma chance há algum tempo atrás, mas não cheguei a terminar de ler porque tive de me ocupar de leituras acadêmicas, época de provas sabem como é...

Mas talvez não fosse aquela a melhor hora para este livro. Quem sabe não foi bem mais proveitoso ter concluído essa leitura hoje? Se não o tivesse...sobre o que estaria escrevendo agora?!

Ler dá vontade de escrever. Fato. E eu preciso ler mais livros tão bons quanto esse. Para escrever textos cada vez melhores ao querido leitor.