terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Fotonovelas modernas

Sim, eu enfim realizei o sonho de trabalhar em uma grande redação. Cheguei aqui e fui muito bem recebida por todos. As pessoas são divertidas e gostam de verdade do que fazem.



Contudo foi só a poeira da festa começar a baixar para que eu me deparasse com o meu primeiro desafio na revista: eu teria que assumir a coluna de novelas. Ok, eu até assisto a novela das oito quando chego em casa, mas isso não me torna nem um pouco apta a escrever sobre todas as novelas do canal. E ainda havia mais um fator complicador: eu trabalho das 13h as 19h, logo naturalmente perco três novelas por não estar em casa. E, como não volto para Guarulhos de helicóptero, também perco a das sete.

Na minha opinião, justo a única que eu posso ver é a mais chata de todas (alô Manuel Carlos, ninguém agüenta mais o Leblon e uma Helena chorona. A única coisa que salva a novela é Alinne Moraes). Tive então que desenvolver algum tipo de metodologia para acompanhar as novelas sem de fato assistir a todas.

Minhas primeiras fontes são as revistas Tititi e Minha Novela. Leio as duas no ônibus e vou me interando. De fato tenho acompanhado a teledramaturgia como se fossem ainda aqueles antigos folhetins impressos. Fui lendo os resumos, aprendendo quem eram os personagens...Depois leio os resumos disponibilizados pela Globo e sites bacanas como OFuxico.

De tanto ler e reler, preciso colocar alguma coisa para fora. Não como o vômito, incômodo e repugnante, mas sim o filho: igualmente incômodo, mas iluminado. E foi assim que eu aprendi a gostar de novelas. Faz quase uma semana que não assisto a única que eu poderia ver. Mas sei tudo o que está acontecendo, pode apostar!

domingo, 15 de novembro de 2009

Tempo de sorvete

Ah, o verão...nem chegou ainda e já estamos derretendo!!!

Por isso, nada melhor do que aproveitar o calor pra curtir um sorvete. E falar um pouco sobre ele também.

Os indícios mais antigos a respeito de algo parecido com o sorvete se encontram na China. Os habitantes desta região faziam um doce gelado com suco de fruta, mel e neve. Ícones da História Mundial, Alexandre, o Grande, e Marco Pólo foram os responsáveis pela disseminação do doce pela Europa, que acrescentou leite à delícia.

A primeira fábrica de sorvetes foi aberta nos Estados Unidos, por Jacob Fussel em 1851. Os EUA eram e ainda são o país que mais consome sorvetes no mundo todo. Foram eles que criaram, no final do século XIX a banana split, o sundae e o ice cream soda.


Mas o sorvete não faria tanto sucesso se não fosse a invenção da geladeira. Imagine só, este doce seria típico apenas de países frios. Nós, moradores de um país tropical, jamais teríamos acesso ao sorvete se não fosse o invento de Jacob Perkins. E o calor seria ainda mais insuportável..


Agradecimentos feitos à geladeira, seguimos a história...o sorvete chegou ao Brasil em 1834, em um navio vindo de Madagascar. D. Pedro II adorava sorvete de pitanga. Aliás, não demorou muito para os sorvetes ganharem um toque especial brasileiro, e hoje temos sabores como carambola, cupuaçu, manga, caju e coco.


Para quem não é frequentador de sorveterias, clique aqui e veja algumas receitas para fazer seu sorvete em casa mesmo. Agora, se você é um verdadeiro desastre culinário como esta que vos fala, clique aqui e tente montar os sorvetes do modo certo e o mais rápido possível!


Então, que venha o verão...desde que tenhamos vários picolés, taças, casquinhas, cascões e cestinhas para podermos apreciar esta delícia gelada..!



Curiosidades:

- o sorvete demorou pra fazer sucesso no Brasil, principalmente no interior. Os sertanejos achavam que o sorvete poderia desequilibrar o calor do corpo...

- o dia do sorvete é comemorado em 23 de setembro

- o sorbet, é um sorvete sem adição de leite, assim como nas primeiras receitas conhecidas, com a base em água e complemento de suco de frutas e/ou melados. Preferido em dietas pois não contém gordura, é menos cremoso que os sorvetes tradicionais.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Mulherzinha




Camila acorda tarde. Lava o rosto, escova os dentes. Passa filtro solar. Senta à mesa da cozinha planejada. Serve-se de pão com manteiga. Torradas, frutas frescas, mel. Uma pequena xícara de café, para acordar.













Adriane está com preguiça. Demorou para sair da cama com lençóis de algodão, e as pesadas cortinas não deixam que o dia nasça em seu quarto contra a sua vontade. Mas agora não há mais tempo para pensar nos sonhos ainda não concretizados. Hora de entrar no carro e sair voando para não perder a sessão no cinema.










Roberta chega ao cabelereiro, que a recebe de braços abertos. É sua cliente favorita, e por favorita entenda “a que gasta mais”. Roberta mostra na revista o corte que quer. E começa o trabalho do renomado artista. Ele sugere tratamentos novos, um sucesso no Rio de Janeiro. Ela aceita. E sai do salão ainda mais bela do que entrou.




Olívia resolveu curtir seu feriado no shopping. Precisa de um vestido, precisa de uma bolsa, precisa parar para fazer um lanche. Natural, e com Coca Light. Precisa de brincos, precisa de CDs e DVDs, quem sabe um perfume. Acha que também precisa de um donut de chocolate...






Laura toma café com suas duas amigas. Estão no lounge de uma grande loja de calçados e bolsas. Conversam sobre relacionamentos, festas, filmes. Mas principalmente sobre as compras que fizeram na loja. Sem pressa para terminar, a vendedora está no andar de baixo com as sacolas. Na dúvida entre três sandálias, Laura escolheu duas. E uma bolsa azul, “super na moda” de acordo com a vendedora.

Neste feriado, tudo remete às crianças. Contudo, para quem não convive mais de perto com nenhum pequeno, feriado é dia de descansar. E, para Camila, Adriane, Roberta, Olívia e Laura hoje é dia de descansar. Falar besteira, comer o que quiser na hora que tem vontade, ser fútil, ser feliz. Porque amanhã tudo volta à rotina normal.

domingo, 27 de setembro de 2009

Da banca, com amor

Quando cheguei à banca de jornal na esquina das ruas Sabará e Maranhão, dona Cida folheava uma revista de noivas. Via os vestidos luxuosos sonhando com sua filha mais velha. “Ela é magrinha como você, ia ficar lindo…ah, esse não, não gosto desses vestidos que deixam a pessoa parecendo um bolo!”, comenta virando as páginas da revista que acabou de chegar. Essa e muitas outras, que agora dona Cida precisa arrumar espaço – e tempo – para arrumar.

Não existe uma hora do dia em que a banca é mais movimentada. A todo momento chegam senhoras, senhores, crianças ávidas por mais figurinhas para sua coleção. “Tia, quanto custa?”. ”Um e cinquenta, mô”. Ela chama todos de “mô”.

Eu virei “mô” em pouco mais de vinte minutos. A ex-professora diz que não lembra de cenas diferentes ou engraçadas vividas desde que abriu a banca de jornal; para ela cada dia é especial. E aquele dia seria especial por ela ter tido a minha companhia. Muito carinhosa, sempre olha nos meus olhos. Diz que é para não esquecer, para me reconhecer quando eu for jornalista. “Ah mô, vendi as duas revistas Imprensa. Pra você seria ótimo, tem que estar atualizada do que acontece no seu ramo”. Foi muito bom ser parte desse grupo de amores de dona Cida.

Ela fica triste por não serem as revistas seu principal produto de venda. Acredita que maior pobreza não está no que você come ou veste, mas na cabeça das pessoas, e revista é informação. De fato, em quase duas horas na banca, somente uma pessoa comprou revista. Porque havia uma foto de sua amiga. Normalmente as pessoas compram talões de zona azul, maços de cigarro e itens colecionáveis. “Uma vez sobraram algumas dessas revistas de coleção e eu peguei pra mim. Adoro miniaturas”, diz dona Cida enquanto arruma espaço para colocar novas coleções.

As pessoas passam e dão bom dia. Há clientes que simplesmente não pedem mais; entregam o dinheiro a dona Cida pois ela já sabe o que eles querem. Uma moça vem buscar mais um volume de sua coleção, a outra, com sua cachorra saltitante, vem pegar O Estado de São Paulo. Está sem trocado, tem uma nota de cinquenta reais. “Vai na padaria mô, depois você volta e me paga”, diz tranquilamente. O rapaz vem saber se chegaram os cartões de recarga de celular, e recebe a terceira negativa de dona Cida da semana.

Chega também dona Francisca, que vem buscar as revistas da patroa. “Ela foi para o Canadá, graças a Deus”, fala dando risada com dona Cida. “Ah, já que eu não emagreço, vou levar uns doces”. E dona Cida separa doces de abóbora. Fico com água na boca. “Ah mô, não compra hoje não. Compra quando estiverem fresquinhos. Esses estão aí a quase uma semana”, me fala depois que dona Francisca já foi comer doces na casa vazia.

Acordar cinco e meia da manhã e vir de Artur Alvim, na zona leste, para Higienópolis abrir a banca é um trabalho bastante cansativo. Porém dona Cida não se importa, gosta muito do que faz e das pessoas que conhece. Tanto que faz essa pequena viagem entre bairros há quase vinte anos. “Tem jornaleiro que trabalha e mora por aqui. Eu não, e nem queria. Não me identifico com o bairro. Aqui não basta ter poder aquisitivo, tem que se sentir rico também”, comenta. E rimos juntas.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

I'm a Barbie girl

Ela pode ser o que você quiser. Em diferentes estilos, da princesa à hippie, criou um estilo próprio. Não se trata de uma simples boneca de vinil, mas da tradução do atual modo de vida de sucesso. Sim, depois de cinquenta anos ela ainda consegue representar a atualidade. Não importa quantas outras surjam, não perde a majestade no gosto das pequenas mulheres.


A Barbie é a pura representação da pluralidade do universo feminino, que surge no final do século XIX com o advento da modernidade. Criada por Ruth Handler, a boneca veio contemplar o ideal de mulher, não somente por seu tipo físico, mas como uma mulher independente que pode assumir os mais diferentes papéis sociais. Simultaneamente, Barbie vive o amor romântico com Ken e é uma profissional inserida no mercado, em diversas versões.

Ao longo dos seus cinquenta anos de existência, e no Brasil desde 1982 quando começou a ser importada pela Estrela, Barbie foi considerada modelo de nossas práticas sociais. Vivemos hoje em uma sociedade de consumo, onde se vive para comprar e acumular bens, ao mesmo tempo em que tudo é descartável. Por muito tempo a boneca foi mostrada pelos estudiosos como consumista e, portanto, mal exemplo para as crianças.


Contudo, hoje a primeira boneca com cara e corpo de adulta vive um outro momento. Não são mais as crianças de 8 à 10 anos que brincam de Barbie, mas as na faixa dos 5, fazendo com que a boneca passasse por um processo de infantilização, entrando cada vez mais no mundo da fantasia.


Ao longo do tempo, a boneca também passou por mudanças estéticas, sempre se adequando ao padrão de beleza do momento. Seu corpo de vinil é esculpido com base em um molde de massinha feito a mão.Em comparação à primeira, a Barbie atual tem seios menores (equitativos à um busto de 91 cm) e uma improvável cintura equivalente à 45 cm, sendo que as modelos mais magras tem 62 cm. O culto ao corpo aparece desde cedo, nas crianças que não querem ser chamadas de “gordinhas” e que se arrumam tanto ou mais do que uma adolescente. Não que ela seja ainda uma referência, mas muitas meninas querem ser como a Barbie.

Com 50 anos, Barbie ainda vive seu auge. É a preferida de muitas meninas ao redor do mundo e rica em cada detalhe, com olhos, boca e unhas pintados artesanalmente. O tempo não fez com que ela fosse deixada de lado, simplesmente mudou seu foco devido ao amadurecimento acelerado das crianças. Ela ainda pode ser o que quiser, mas não é necessariamente o que toda menina quer ser.


* adaptação de um texto escrito para a aula de Psicologia. Tirei-o do baú por ter ido na semana passada à exposição Barbie 50 faces, no Internacional Shopping Guarulhos. As fotos você conferiu ao longo do post.

* para quem quiser entrar de cabeça no mundo Barbie: acesse o Barbie Collector, site com imagens (e, pra quem pode, possibilidade de compra) de todas as Barbies. Ou quem sabe o Barbie Girls, onde você pode criar sua própria Barbie, fazer amigas, decorar seu quarto, dar festas...enfim, um pouco de tudo. Pra quem prefere o básico, clique aqui e acesse o site oficial.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Possibilidades

Quando pensei sobre o que escrever hoje, tive muitas ideias diferentes. Quando se conversa com muitas pessoas se tem contato com muitas visões da realidade. Mas todas elas convergindo para uma mesma mente – a minha - pode causar indecisão. E causa.


Pensei em escrever sobre as amizades. Amanhã um amigo muito querido faz aniversário. Todas as manhãs conversamos. Ele e mais outros amigos tão queridos quanto, que, por suas personalidades únicas, cativam-me um pouco mais a cada dia. Quantas conversas boas tivemos. Conversas que renderiam muitos posts, e vão render. Mas não o de hoje.

Ontem cogitei falar sobre a atitude inexplicável de Kanye West no VMA quando a lindinha Taylor Swift ganhou o prêmio de melhor videoclipe feminino. Sabem, eu até gostava do trabalho do Kanye, ainda gosto. Mas reprovo sua atitude, a até santo Obama concorda comigo. Poderia fazer um post super completo sobre o VMA com uma parte especial para ofensas ao cantor. Mas não o farei.

Hoje, durante a aula de Criação de Texto, tive a maravilhosa oportunidade de conversar com a dona Cida, jornaleira há vinte anos com opiniões bem definidas sobre (quase) tudo. Sua entrevista está gerando um texto que já passou de uma folha no Word. Contudo, não correrei com minha narrativa contemporânea só para atualizar as coisas. Prometo apresentar dona Cida à vocês na semana que vem. Hoje não.

No ônibus, conversei com uma amiga que está noiva. Falamos de seus planos para o casamento, festa, lua de mel. Discutimos qual seria o melhor mês, os melhores salgados, os melhores padrinhos. E chegamos à conclusão de que casamentos tem casos típicos, como o tio brincalhão, a prima dançarina e, os mais notáveis, os parentes farofeiros. Poderia caracterizar cada um deles, e me demorar falando sobre essas pessoas únicas que sentam sempre perto da saída da cozinha e ficam amigas do garçom pra não faltar coxinha na mesa. Mas preciso de um pouco mais de espaço pra isso, e não o tenho hoje.

Ao mesmo tempo em que tenho tudo, não tenho nada. Filosófico e profundo, o leitor pode pensar. Mas é real. Simultaneamente poderia falar sobre tudo, porém sobre nada em profundidade. São milhares de possibilidades, que serão lembradas e trabalhadas um dia. Mas não hoje. Hoje foi dia de pensar, de ter ideias. Agora, decidir o que fazer com elas, é algo que pretendo fazer agora, antes de dormir.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Diário da Princesa sim, e daí?

Os queridos leitores viram no último post que eu tenho um baú cheio de diários. Sempre gostei de escrever diários. E ler diários também (acalmem-se amigas, prima e irmã! Eu gosto de ler os MEUS diários..rs). Acho que foi por isso que a literatura cor de rosa de Meg Cabot sempre me atraiu.


A escritora está no Brasil, na Bienal do Rio (cariocas sortudos..), mas afirmou que pretende passar mais um tempo por aqui e vir para São Paulo (oba!). Também conta que nunca esperou que O diário da Princesa se tornasse um best seller. Como um livro escrito graças as mudanças pelas quais sua vida passou se tornaria um sucesso?!

Exatamente por isso Meg. Porque nós também passamos pelas mesmas coisas. Claro que não me refiro a descobrir que sou a próxima na linha para governar um pequeno país na Europa, mas outras coisas. Insegurança, amizades, amores...todo adolescente teve. E posso prever que todos terão.

Adolescência é época de descobertas. E é bom quando contamos com um amigo que passa pelas mesmas coisas que nós. Não para copiar suas atitudes (afinal adolescência também é a fase para desenvolvermos nossa real personalidade), mas para termos uma base, uma segunda opinião. E, assumo, ninguém me ajudou mais a passar por essa doce-amarga fase do que Mia Thermopolis.

Palmas à Meg Cabot por suas obras primorosas. Afinal, na mesma onda de O diário da Princesa, a autora lançou vários outros bons candidatos à livros de cabeceira das pequenas adultas, como Avalon High (cuja continuação – em formato mangá – está sendo lançado na Bienal) ou A garota americana. O leitor pode até fazer cara feia, contudo não posso negar de qual literatura vim. E, se você leu até o final, acho que gostou das influências “cabotianas” que tive. Tenho. E com certeza ainda terei.

*Meg Cabot curte Clarice Lispector! Clique aqui e veja matéria na Folha Online :)
*O Diário da Princesa vendeu cerca de 800 mil exemplares no Brasil. Pelo visto ele não enfeita só a minha prateleira...
*Cabot tem uma gata de um olho só chamada Henrietta
*Quem já tiver superado a crise e quiser me dar um presente, clique
aqui e faça uma eterna adolescente feliz..! Este é o último volume da saga de Mia :(

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

610 caixas e um baú

Antes de começar, vou agradecer as visitas ao blog durante essa semana em que não pude atualizá-lo. Estava fazendo mil entrevistas de estágio, um curso muito interessante pelo IPEA, dando aulas para minha mais nova pequena e assistindo filmes, que pretendo comentar aqui depois.


Explicações dadas, vamos ao assunto de hoje. Depois de tomar meu café da manhã, fui ler o jornal e me deparei com a matéria de Silas Martí na Ilustrada. Nela, o jornalista falava sobre o costume do grande ícone da pop art Andy Warhol de guardar qualquer tipo de coisas em caixas. Tanto que juntou 610 dessas caixas de lembranças entre 1974 e 1987.

Em seu diário ele classifica essas caixas como obras de arte em si. Não que Warhol cultuasse o passado, mas era um jeito de manter vivos alguns dos momentos que se foram. E agora estas caixas e seu “conteúdo artístico” ficarão expostas no museu Andy Warhol, em Pittsburgh.

Quando li essa matéria, não tive como não me identificar. Tenho em meu quarto um baú onde também estão guardados alguns pedacinhos de momentos que já se foram. Tenho livros, revistas, recortes, desenhos (que fiz ou que ganhei dos meus pequenos) e, principalmente, cadernos e diários. Sempre gostei de registrar as situações que vivi ou que gostaria de viver.

Muitas vezes pensei em jogar tudo que está neste baú no lixo. Quantas vezes tentei me convencer de que não passavam de um monte de papéis.. Contudo, cada vez que abro aquela porta é como se um pouquinho do tempo voltasse, com todos os seus cheiros, cores e sensações.

Andy Warhol fez muito bem em encaixotar seu passado. Até falecer guardou de tudo, de jornais e fotografias à caixinhas de fósforo e restos de comida (eca..). Sempre que quisesse podia abrir uma caixa e voltar a sentir o que já tinha sentido uma vez. Warhol sempre gostou de viver intensamente o presente, haja visto tudo que promovia em sua Factory. Porém, fazia isso tudo sem esquecer que o presente teve sua origem em algum lugar. Assim como ele, não sou nostálgica. Mas é bom saber que, quando quiser voltar, basta abrir uma porta.

domingo, 30 de agosto de 2009

Pequena crônica sobre as unhas

Acredito que parar de roer unhas é quase tão difícil quanto parar de fumar. Afinal, nem tem uma lei que me proiba de entrar em algum lugar caso eu não tenha unhas bem cuidadas. As mãos ficam horríveis, fato. E, em tempos de H1N1, andar de ônibus/metrô/lotação e depois se arriscar a puxar uma cutícula com os dentes é pedir pra ficar com gripe.



Bom, e qual é o modo mais eficiente para parar de roer as unhas? Faço parte do grupo de roedores desde os sete anos de idade, portanto já tentei de tudo. No começo, eu não estava nem aí, era a minha mãe que queria as mãos da “filhota” em ordem. A primeira tentativa foi caseira: pimenta nos dedos. Resultado: superei a hereditariedade e não passo mal quando como pimenta, ao contrário do meu pai.

A segunda arma escolhida por dona Sandra foi o famoso esmalte de gosto ruim. Após fazer as unhas, só o cheiro dele já incomoda.. Depois, minha mãe resolveu fazer minhas unhas todo domingo, afinal unhas com esmalte eu não ia comer. E não comi mesmo. Ambas as tentativas foram frustradas em minha malandragem: tirava o esmalte, com gosto ruim ou não, e comia as unhas. Simples.

Roer unhas é coisa de gente ansiosa. E como eu faço parte dessa gente, roo (gostava mais desse verbo antes da reforma ortográfica rs). Além de me entupir diariamente de chocolate e café. A questão é muito mais psicológica do que estética. Atualmente, nessa fase de procurar empregos, sinto uma vontade enorme de morder os dedos antes dos processos seletivos e entrevistas que participo. Mas não posso estragar as unhas. Feitas pela mamãe, como em todo domingo..

*para quem não conta com uma mãenicure e, como eu, não tem $$ pra pagar por esse tipo de serviço toda semana, clique aqui e veja algumas dicas para fazer as unhas sozinha.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Animação verde-amarela

Roberta tem 13 anos e assiste desenhos animados todos os dias. Questionada sobre seus favoritos, cita em primeiro lugar Padrinhos Mágicos, último lançamento tipo exportação do canal pago Nickelodeon, atualmente veiculado em outros dois canais por assinatura e na TV Globo. Seus outros favoritos também são animações produzidas em outro país. Pergunto se ela conhece algum desenho produzido no Brasil. Ela lembra apenas de Turma da Mônica, série muito mais conhecida nas bancas de jornal do que na televisão. Pergunto se ela conhece mais algum, e a garota balança a cabeça negativamente.


Atualmente, a TV Cultura conta com dez produções nacionais, das 12 horas de programação diária voltada ao público infanto-juvenil de segunda a sexta-feira. De acordo com Andréa Pinto, gerente de conteúdo do Núcleo Infanto-Juvenil da emissora, a escolha por programas importados é basicamente uma questão de custo. “As produções internacionais conseguem, por serem distribuídas em vários países, chegar com o valor do minuto bastante baixo se comparado com o valor das produções nacionais”, diz.

Os desenhos animados tem maior potencial de venda, pois, uma vez dublados, as crianças não os identificam como produções estrangeiras.Já sobre a produção de conteúdo infantil, Andréa fala sobre as dificuldades em se fazer uma produção nacional, porém já se podem ver mudanças neste cenário. “Tudo acontece, de certa maneira porque não há um mercado produtor de animação nacional que possa ser requisitado. Este cenário tem mudado nos últimos anos, com festivais de animação, leis de incentivo e concursos, mas para enfrentar a concorrência externa e a falta de capital interno das redes, muito ainda temos que andar”, relata.

De fato já estamos andando. Em parceria com a TV PinGuim, produtora de animações que já desenvolveu trabalhos como Rita e De onde vem, ambos veiculados na TV Cultura, o canal pago Discovery Kids lançou Peixonauta. Transmitido desde abril deste ano, a animação brasileira é veiculada nos canais da emissora em toda a América Latina. Voltado para crianças com idade entre 4 e 7 anos, o desenho trata de conceitos ligados a ecologia e sustentabilidade. Como a grande maioria das produções do canal, Peixonauta trabalha bastante a questão da participação do pequeno telespectador, propondo tarefas para que ele ajude a solucionar o problema proposto no episódio.


De acordo com Astrid Vasconcellos, gerente de Comunicações do Discovery Kids, Peixonauta tem a mesma qualidade que os demais desenhos da emissora infantil. “A série se encaixa perfeitamente na missão do canal: estimulam a curiosidade das crianças e ajudar elas a descobrirem mais sobre si mesmas e o mundo ao seu redor. As aventuras de lidam com temas diversos como diversidade da fauna, reciclagem, compostagem, contaminação da água e metamorfose por meio de uma linguagem dinâmica e lúdica”, conta. De acordo com Astrid, Peixonauta está entre os cinco programas mais assistidos em todos os países em que é apresentado, mostrando que o desenho animado produzido aqui é de boa qualidade.
*matéria realizada para o jornal-laboratório da faculdade. Obrigada à todos os que colaboraram!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Hacedor de reinas

Hacedor de reinas. Este é o título que Osmel Sousa ostenta há alguns anos, em especial a partir de 1981, quando se tornou presidente da Organização Miss Venezuela. Em entrevista logo após a coroação de Estefanía Fernandez como Miss Universo, disse que seu sonho era ver uma Miss Universo venezuelana coroando outra. E esse sonho se tornou realidade neste domingo.



Sousa dedica sua vida aos concursos de beleza desde a década de 1970, quando prestava aconselhamento às candidatas à Miss Venezuela. Nessa época também desenhava vestidos de gala usados nas apresentações de suas muchachas.

O hacedor de reinas já começava a provar que merecia este apelido, afinal suas meninas sempre saiam merecedoras das coroas que ostentavam. Osmel é considerado a grande força que tem levado diversas venezuelanas a conquistarem títulos como Miss World, Miss International e, claro, Miss Universo. Seu trabalho reflete sua capacidade de revelar novos talentos femininos.

Para ele, é imprencindível que a candidata encare a competição com seriedade, não como mero passatempo, e muito menos com desdém. Ser miss é uma profissão, e torna-las misses é a sua profissão.

Quanto tempo Osmel Sousa pretende continuar presidente da Organização Miss Venezuela? “Hasta que el cuerpo aguante... como dice el dicho”.

*clique aqui e veja a final do Miss Universo, que consagrou Estefanía Fernandez e o hexacampeonato venezuelano. Acho que essa foi a miss que perdeu sua coroa mais rápido em todo o Miss Universo...rs

*clique
aqui e acesse o site do Miss Venezuela. Na seção "Los creadores", veja uma entrevista com Osmel Sousa. Dá pra sentir o quanto ele deve ser rígido com suas muchachas..

*e nessa tarde chuvosa mas cheia de glamour, que tal um filminho? Minha sugestão?
Miss Simpatia com pipoca e guaraná! Ou bolachas e chá para os mais friorentos...

domingo, 23 de agosto de 2009

Crítica - Brüno


Antes de ir ao cinema ver o novo filme de Sacha Baron Cohen, li e ouvi todo tipo de crítica. Uma coisa é certa, há quem ame o trabalho dele, e há quem o ache repugnante.

Brüno apresenta o programa de moda mais visto nos países de origem germânica, à exceção da Alemanha. Sempre ditou moda, definindo o que era “in” ou “aus”. Mas, após um incidente no desfile de Agatha Ruiz de la Prada (que realmente aconteceu) foi banido das listas vips. Decide então ir para os EUA e se tornar uma celebridade.

O personagem de Cohen vai fazer de tudo para se tornar famoso, e com isso critica o mundo hollywoodiano, mas do seu jeito. Cria seu programa de entrevistas (destaque para a entrevista exclusiva com Harrison Ford...), adota uma criança africana (e participa de um programa à la Márcia para defender seu direito de paternidade), tenta se tornar heterossexual e grava uma música com vários artistas, cuja letra diz “Brüno é a pomba da paz” e coisas do gênero..

Na platéia muitas pessoas se revoltaram com as cenas do filme. Afinal, Sacha Baron Cohen é assim e ponto. Seus filmes tem sua marca (normalmente é a nudez), mas, moralismos a parte, é um filme que ao mesmo tempo que nos faz rir nos deixa pensando no que realmente é o mundo das celebridades. A cena em que pais de crianças dizem que farão o possível (inclusive submeter os pequenos a dietas e lipoaspirações) para que eles participem da campanha publicitária que Brüno pretende fazer é de matar..e não é de rir.

A mistura de cenas de estúdio com cenas reais faz da obra de Cohen um novo sucesso, afinal Borat é tão 2006! Se vale a pena assistir? Vale pela crítica e pelo cômico...mas não pague para ver este filme se você não está a fim de ver cenas extremamente sexuais (como a que Brüno visita uma casa de swing na tentativa de se tornar heterossexual) e vários nus, com direito a close no... bom, precisa falar? rs



* clique aqui e veja a cena da “invasão” de Brüno ao desfile de Agatha Ruiz de la Prada. Cohen consegue misturar muito bem cenas reais e fictícias.
* clique aqui para ver o dicionário do vocabulário de Brüno. Engraçadíssimo...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Abrindo portas

Tudo começou há 25 anos atrás. De uma pequena organização ruralista ao protesto na Paulista do último dia 14. Motoristas reclamam do trânsito e perguntam o que essa gente faz aqui. Tentam caminhos alternativos, mas a reclamação continua.


E enquanto isso eles vão lutando pelo seu principal objetivo, “reforma agrária e uma sociedade mais justa e fraterna”. Contudo isso hoje é apenas uma parte. E a outra não é simplesmente parar o trânsito.

Busca-se a democratização e popularização da cultura brasileira. Andamos talvez mais carentes de cultura do que de alimentos. Também querem lutar contra a violência. E fazem violência. E recebem a violência, ainda que verbal, de motoristas paulistas. Já não bastasse não ter mais fretados..

Almejam o respeito a diversidade de etnias e a reforma política, com reorganização partidária e controle de propagandas enganosas. Também estamos tão necessitados disso.

“Ou sai reforma agrária ou paramos o Brasil”, diziam na ocupação ao Ministério da Fazenda. No entanto, a “luta” deixou de ser apenas esta. No fundo o que querem é abrir portas. E os paulistanos só querem passar. E nesse passar sem pensar, nenhum dos dois grupos sai do lugar.
* Tags em português por razões óbvias...

domingo, 16 de agosto de 2009

Exclusiva

Que cada pessoa no mundo é única é uma coisa que eu não preciso falar. Deixe que os livros de auto-ajuda façam isso por mim. Mas o que acontece (e é bizarro) é a busca que as pessoas tem pela exclusividade, em ser única. Uma matéria da Uma me fez perceber isso..




Se somos por natureza todos diferentes (até gêmeos idênticos pensam diferente) por que essa procura por coisas que sejam exclusivas? Seja uma jóia ou uma roupa, não passam de superficialidades. Se a peça for a mesma, cada um a usa do jeito que prefere, com as combinações que achar interessante. E gosto ninguém tem igual.

Já que entramos no tema “gosto”, e as pessoas que querem se dizer alternativas e começam a gostar de determinadas coisas só porque são diferentes? Curtir bandas que ninguém conhece faz com que você se feche um pouco (ou muito em casos mais crônicos) para o que está acontecendo no resto do mundo e acabe perdendo coisas que poderiam ser válidas para você. De acordo com alguns amigos, eu mesma curto artistas que ninguém conhece. Mas não dispenso o padrão por nada!

Admiro as pessoas que prezam pela originalidade. Mas isso não seria necessário se nosso mundo não fosse tão pasteurizado, como uma professora minha costumava dizer. São duas correntes que insistem em se cruzar: a comum e a diversa; pessoas que querem ser iguais em busca de certa inclusão social (entenda-de: panelinhas) e as que querem ser totalmente diferentes do resto (talvez para de algum modo serem admiradas por isso). E claro, as que se instalam no meio termo, como esta que vos fala.

Resumindo: viva a diferença! Ninguém é igual a ninguém, você não precisa se esforçar para ser diferente. Seja apenas você mesmo. (ok, depois dessa já posso escrever meu best-seller pela Sextante rs). E, na boa, sem surtar quando alguém aparecer em uma festa com a roupa igual a sua. Sinal de que bom gosto cabe em qualquer um...ou não, sei lá...

Pessoas! Estou agora colaborando para o blog Filé com Fritas, escrevendo sobre gastronomia. Clique aqui, visite, comente e faça uma blogueira feliz! :D

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

CD - A crítica - Chiaroscuro




Crítiquíssima! Faixa por faixa pra você, querido leitor. Eis a nova obra-prima (será mesmo?) de Pitty: seu terceiro álbum de estúdio, Chiaroscuro.









01 – 8 ou 80
Pitty típica. Sua voz levemente rouca bem valorizada nesta letra que instiga o receptor. “Todo mundo tem segredo/Que não conta nem pra si mesmo”. E o verso que dá título à canção? Me identifiquei totalmente, afinal, eu também “não conheço o que existe entre o 8 e o 80”. Pessoas extremas são assim mesmo, não liga não...

02 – Me Adora
Ai Pitty, Pitty...o que aconteceu com a sua voz?! Triste escolha para compor um álbum tão bom, logo nem preciso falar da escolha dessa faixa como primeira música de trabalho. Não faz mais isso com você viu? Como você mesma diz, não desonre o seu nome.

03 – Medo
Ah, como é bom ouvir essa faixa depois do baque da anterior! Refrão grudento, logo uma boa pedida para que a nossa roqueira baiana se recupere da patinada de Me adora. Música forte, cantarolando-a até agora..

04 – Água Contida
Alguém traz um lenço pra Pitty? Mas não agora, pois ela está bailando um tango enquanto chora desesperadamente. É verdade, choro é alívio. Primeira faixa do CD em que Pitty mostra seu amadurecimento – ela chora mas é madura – sem escorregar no pop.

05 – Só Agora
“Eu nunca vou deixá-lo ir”. Essa música também não! No começo achei que seria uma nova Equalize, mas não foi bem assim que a coisa aconteceu. Música lounge, pra ouvir enquanto conversa com os amigos, além de ser muito boa para refletir, não somente sobre si mesmo mas sobre a própria cantora.

06 – Fracasso
Longe de fazer jus ao título, essa faixa é uma das melhores do álbum. Gostosa de ouvir, não sei porquê me lembrou Juliette and the Licks. Letra excelente também, falando sobre a fraqueza depois de um fracasso. Afinal, quando se ganha todo mundo quer comemorar com você. Mas quando se perde..

07 – Desconstruíndo Amélia
Não é só porque ela foi a mais apreciada pela crítica que eu vou cair de amores por essa faixa do CD. Entretanto, não tem como não fazer isso..é a Pitty reinventada! Letra excelente, melodia que acompanha com a força necessária. Se Pitty tivesse escolhido esta como sua música de trabalho, provavelmente só seria reconhecida pela voz inconfundível. O estilo é novo, e é ótimo.

08- Trapézio, que na verdade é Rato na Roda
Então, o encarte do CD está errado viu? A faixa 08 é Rato na Roda, não Trapézio. E essa é uma das melhores de Chiaroscuro. Força na letra e na música, ou seja, a cara da Pitty. Só não precisava acabar nessa batida mais ou menos de reggae..

09 – Rato na Roda, que na verdade é Trapézio
Diários de uma noite que passou e eu nem vi. A batida mais agitada é agradável aos ouvidos. Ponto pra Pitty nessa canção! Até coloquei um trechinho dessa letra no meu orkut..rs

10 – A Sombra
A voz de Pitty está mais suave nessa música, assim como a melodia. Nunca tinha ouvido uma música dela se conduzir assim tão tranquila. Letra intimista. Canção gostosa de ouvir, pra refletir e relaxar.

11 – Todos Estão Mudos
Para fechar o CD, música padrão de fechamento de CDs! Quando começou lembrei de Guerreiros São Guerreiros, faixa do álbum anterior. E percebi que estava acabando. Nossa roqueira fecha bem um álbum de altos e baixos, com batida e letra fortes, do jeito que a baiana gosta!






Resumo da ópera: vale a pena ouvir o CD inteiro? Vale sim. Mas se quiser se ater às melhores, fique com Desconstruíndo Amélia, 8 e 80, Fracasso e Rato na Roda. É uma nova Pitty essa de Chiaroscuro, sem dúvidas. Resta saber se, em alguns momentos, não sentiremos saudades de Anacrônico ou Admirável Chip Novo...

*Estou adorando os comentários que recebi até agora! Continuem comentando, mas sejam construtivos please. Conforme vou lendo o que vocês comentam posso melhorar o conteúdo desse blog que, como o nome já diz, é uma página pessoal. Quem estiver interessado em uma análise mais técnica do CD procure sites especializados, não saia clicando na primeira opção que aparece no Google ok? :)

*Gostaria de agradecer a "professora Vanessinha" pela aula de música. E peço perdão por ter usado o termo falsete de maneira errônea. Post já devidamente corrigido. ;)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

CD - A crônica

Hoje chegou meu CD! Encomendei semana passada pela pré-venda e chegou! E sabe o que é mais impressionante: isso não é uma atitude normal no nosso mundo.


Ou melhor, quando se trata de fanatismo desenfreado é normal. Afinal até mesmo os fãs devem ter baixado as músicas na internet, uma vez que as músicas vazaram na rede semanas atrás. Tenho uma amiga que está se deliciando com as faixas desse novo álbum faz tempo..

Por que só quis que minha vez chegasse agora? Podia chegar aqui no ápice da hipocrisia e dizer que acho errado baixar músicas, que é desmerecer o trabalho do artista e blá blá blá.. Contudo fazer isso seria mentir mais pra mim do que pra você, caro leitor.

Baixo músicas sim. Pelo menos uma vez por semana acrescento novas faixas à minha playlist do iTunes. E nem vou dizer que faço isso por sites como o Trama Virtual, que reverte o valor das músicas baixadas ao artista..aliás, palmas ao Miranda pela ideia genial, que agrada artistas olimpianos gregos e fãs enlouquecidamente troianos.

E agora, que já copiei o CD para o computador, as músicas farão companhia as outras tantas baixadas. Pois o que importa é ser movida por música...

*amanhã estréia prevista no novo blog. E segundo post, com as impressões sobre Chiaroscuro, o novo álbum da Pitty. E volta às aulas! Ai Jesus!

domingo, 9 de agosto de 2009

Ataque gastronômico inevitável V

E finalmente o dia dos Pais! Mas hoje vou falar sobre outro aspecto desta data, o almoço de dia dos Pais. Estou desde a hora que acordei ouvindo “o que teremos hoje para o almoço?”, “vamos sair ou fazer comida?” e outras variações.



Dia das Mães é sempre mais fácil: sair para almoçar. Ninguém vai deixar a mãe esquentando a barriga no fogão no dia dela. E tome fila nas churrascarias rodízio e outros restaurantes...mas no dia dos Pais, o que fazer? Sair ou preparar um bom almoço em casa?

Para quem prefere sair, o Guia da Folha traz opções para pais de todos os gostos. Luiza Feccarota sempre costuma dar boas dicas.

Agora, quem tem mães a fim de fazer uma homenagem gastronômica aos homens da casa, estas receitas são boas pedidas.

Quanto a mim..bom, eu tenho um pai que gosta de cozinhar (uma vez por ano, só no dia dos Pais). E que daqui a pouco deve estar chegando do supermercado com os ingredientes para o almoço. Que com certeza vai sair cedo, afinal domingo é dia de futebol e a cozinha tem que estar arrumada antes do jogo começar, ainda mais quando o time do coração (dele) entra em campo.

Um feliz dia dos Pais à todos!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ainda sobre pais

Hoje enquanto tomava meu café, li o jornal. E, como de costume, a coluna do Contardo Calligaris, que eu gosto muito.


Ele falava sobre o filme À Deriva, mas também sobre a relação entre pais e filhos. Ou melhor, entre pai e filha. E, como estamos na semana do dia dos Pais e eu já gastei alguns parágrafos falando sobre isso no post anterior, pensei muitas vezes antes de continuar nesse tema. Porém, Contardo me deixou pensando em muitas verdades..

Realmente deve ser muito difícil para um pai ver sua filha crescer e se tornar mulher. Mais complicado ainda é perceber que aquela mulher não é mais uma criança. Que tem vontades e personalidade própria, e isso não apenas para escolher suas roupas..

Creio que só saberia como é essa sensação de perda no dia em que visse meu filho já amadurecido. Ver que sua proteção é recebida como excesso. Ver que sua preocupação com coisas banais, como chuva ou frio, são realmente banais. Ver que você pode estar cansado e querendo dormir às dez horas da noite, mas ele não. E a culpa não é dele se você não consegue dormir enquanto ele não chega..

Gostaria que essas ideias, que só percebo agora porque estou deste lado do jogo (o lado de filha), permanecessem bem claras para mim quando estiver do outro. As pessoas crescem e as ideias mudam. Contudo, Contardo me alertou para que eu não deixe isso ir embora. Devo respeitar e ficar feliz pela transformação do meu filho num homem. Por mais que seja tão difícil que isso aconteça comigo.

Ah, e decidi o que vou comprar de presente no dia dos Pais, tanto que já comprei. Vou tentar ainda um último livro, para que, assim como eu, meu pai possa se ver nas palavras de outra pessoa, olhando assim para o seu próprio coração e mente.

domingo, 2 de agosto de 2009

Dia dos Pais

E esta chegando o dia dos Pais! Sempre uma data muito feliz. A data. Porque o antes é triste..


Não sei o leitor, mas eu tenho um pai realmente complicado de presentear. Quando era pequena, quis comprar um cinto para ele. Fui até o bazar próximo à minha casa e adquiri o presente. Meu pai abriu a caixa preta e branca. Sorriu. E nunca usou o cinto.

Um tempo depois comprei uma gravata. Em tons de vermelho, sua cor favorita. Ele abriu novamente a caixa com laço prateado. Sorriu. E, pelo que sei, deu a gravata para outra pessoa.

Foi em um mês de julho, durante as férias, que meu pai descobriu o prazer da leitura. Peguei o livro em sua gaveta, guardei o nome do autor: essa informação me seria útil um mês depois. E foi. Comprei o livro. E quando meu pai rasgou o papel de presente amarelo, sorriu pra mim de um jeito diferente.

Esse presente ele tinha gostado. Consegui!

E foram anos e anos presenteando meu pai com livros. Ou do mesmo autor. Ou de temáticas parecidas.

Mas chegou o último Natal..

Eu, como de costume, comprei um livro para meu pai. E ele mais uma vez sorriu pra mim aquele sorriso diferente, de quem gostou de verdade. Só que o livro não era tão bom quanto parecia ser. E meu pai não terminou de ler te hoje.

E, portanto, não quer mais saber de livros.

Conclusão: e agora, o que eu compro no dia dos Pais? Cinto, gravata e livro estão fora da lista. Pijamas e meias eu simplesmente me recuso. Perfumes são caros demais.

Acho que vou presenteá-lo com um sorriso...

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Platônica

Sem desespero! Não vou ficar aqui filosofando sobre o mundo das ideias e a aura imortal dos seres. Isso, se vocês quiserem saber, sugiro o capítulo sobre Platão do livro O Mundo de Sofia ou que vocês cliquem aqui.


O assunto hoje será outro. O amor platônico. Sabe esse amor doído em que a sua satisfação está na felicidade da pessoa, esteja com você ou não?

Se o leitor nunca teve um amor assim, agradeça a Deus. E agradeça muito! Amar é sempre bom quando se é correspondido, mas quando não...só muito amor para nos fazer permancer querendo a mesma pessoa.

Particularmente tive muitos amores platônicos. Era mestra em amar e não ser amada. Só que um amor deixou de ser platônico para se tornar real. O impossível aconteceu, é verdade!

Quando um amor tão distante da realidade se torna real (com o perdão da repetição de palavras) precisamos aprender a lidar com essa nova situação. A entender que ninguém é tão perfeito assim. Que você pode – e provavelmente vai – sofrer uma hora ou outra. O amor é assim. O amor real é sempre assim.

Portanto, acredito que amores perfeitos são apenas flores. Amor é algo que se constrói, e não adianta sonhar com o príncipe encantado. Por mais que coloquemos o ser amado em cima de um cavalo branco segurando um ramalhete de rosas (ou amores perfeitos), isso não vai acontecer de verdade.

Um viva ao amor real..! Que, como diz a Bíblia, “tudo sofre, tudo crê e tudo suporta”. Um amor que nos faça mais do que felizes; nos amadureça.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Despedida

Inevitáveis não? A vida é repleta de despedidas, do mesmo modo que é cheia de recomeços. Para iniciar, deve-se dizer adeus à algo. E foi isso que eu fiz ontem.


Sim, eu sai do meu emprego. Foi um período tão curto, mas tão cheio de questionamentos, até que eu finalmente percebesse que o que eu queria para mim não era nem de longe o que eu estava vivendo. Então me demiti. Por um instante chorei. E depois percebi que eram lágrimas de alívio.

Lágrimas não podem faltar em despedidas. São elas que dão tempero ao que precisamos deixar para trás, ou que salgam o que não queríamos que passasse.

As despedidas ontem foram muito diversas. Cada um tem seu jeito de dizer tchau. E como convivi com as pessoas por um intervalo muito curto de tempo, não se criou um laço que fosse mais difícil de romper. Resumindo: ontem foi fácil demais dizer adeus.

Contudo nem sempre é assim. Já tive despedidas muito tristes (como quando dei tchau para ele, para eles...e para eles também). Arrependimento? De vez em quando acontece..

Fiquei sabendo que ontem uma pessoa ficou mal por eu ter ido embora. Uma pessoa sentiu a minha falta, ou pelo menos é o que dizem. Esse único ser parou e pensou: “ela foi embora e eu não pude fazer nada”. E nem que pudesse eu ficaria.

Do mesmo modo que muitos já se foram da minha vida sem que eu pudesse fazer nada. Mas a vida segue..para que novas despedidas venham.
P.S.: faça uma workaholic feliz..! Aceito novos estágios..! rsrs

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Companheiras

Abri minha bolsa hoje pela manhã antes de vir para o trabalho e encontrei uma sacola de plástico. Dentro dela, uma revista. Observei que ainda havia outra revista dentro da bolsa. E que a bolsa estava em cima de...sim, mais uma revista.


Conforme já disse em outros momentos (vale a pena ler de novo) sempre fui aficionada por revistas. De todo tipo, de qualquer assunto. E acho bastante interessante como um conjunto de folhas de papel colorido podem se tornar algo tão fundamental na vida de uma pessoa.

Em média, manuseio (afinal, também leio pela internet) cerca de quatro revistas por mês, considerando que esqueci de renovar a assinatura da minha revista semanal. Senão eram mais quatro. Tem livros fazendo aniversário na prateleira do meu quarto sem terem sido lidos. Revistas não passam mais de dois ou três dias na minha mesa sem que eu dê uma olhada.

Prefiro bancas de jornal à Disney. Sei que quando chego à banca sem uma idéia prévia do que comprar, posso passar horas lá dentro, torrando a paciência do jornaleiro. Por isso costumo acessar o site das minhas revistas favoritas e, então, decidir qual comprar. As outras, leio o conteúdo no site mesmo.

Acho que o que vale mesmo é ficar bem informada. E bem informada sobre tudo, desde os assuntos relevantes no planeta até as pequenas futilidades que compõem a vida (e as revistas) das mulheres. Uma boa revista é fundamental na minha bolsa. E com essa moda de bolsas grandes, qualquer uma cabe. Uma viagem de quase duas horas da minha casa até o trabalho parece bem mais curta com uma revistinha em mãos.
E pra você, qual o valor de uma revista?

terça-feira, 21 de julho de 2009

Trabalho

Boa tarde pessoas! Sentiram minha falta? rs

Quem acompanha meu twitter sabe que estou de emprego novo. Agora trabalho em uma assessoria de imprensa, com contas voltadas para o lado cultural da vida. Parecia tudo um sonho, mas ainda não sei direito o que achar..


Estou fazendo um überesforço para me lembrar se nos primeiros dias de Infraero eu me senti assim, meio desmotivada. Realmente não consigo recordar desses momentos. A questão é que eu muitas vezes não tenho nada pra fazer por aqui. E isso para uma jornalista é o fim da picada!

Lá na Infraero em muitos momentos eu também não tinha absolutamente nada pra fazer. Ainda mais depois das 21h... Mas aqui acontece demais!

Outra: estou com necessidade quase fisiológica de escrever alguma coisa. E confesso que foi por isso que resolvi retomar o blog, com força total. Aqui sou assessora: faço mailing, follow up, clipping e outras tantas palavras em inglês que ninguém sabe a real função.

Acredito que o jornalista que se vale de informações prontas vindas da assessoria é nada mais, nada menos, do que um grande folgado. Por exemplo: semana passada divulgamos um evento muito bacana (juro que não é papo de assessora; era bacana de verdade). Mandamos releases e fizemos follow de muitos veículos de imprensa, muitos mesmo. Sabe quantas equipes de jornalistas foram cobrir o evento? Sete!

Todo mundo estava ciente, mas apenas sete veículos se interessaram em ir ao evento. Os outros se contentaram com informações, de textos à fotos e vídeos, cedidos por nós. E estou falando de gente grande..

É nessas horas que eu penso que estou realmente aprendendo muito com meu estágio. Principalmente se a realidade nua e crua for essa mesmo: o jornalista esperando matérias caírem do céu. Numa chuva de releases...

terça-feira, 30 de junho de 2009

Marabá

E eu fui conhcer o Marabá, o cinema antigo com cara de novo. E realmente a reforma fez bem ao novo multiplex, e espero que também faça bem ao centro de São Paulo, que nos anos 50 abrigava a chamada Cinelândia, com mais de vinte salas.

Inaugurado em 15 de maio de 1945, o Marabá pertencia ao empresário Paulo Sá Pinto, um dos maiores exibidores do país. O primeiro filme que foi exibido na sala, Desde que partiste (do mesmo produtor de ...E o vento levou) gerou filas enormes do lado de fora do cinema, de paulistanos que tinham como principal diversão acompanhar as histórias projetadas nessas salas, verdadeiros espetáculos a parte.

No entanto, em meados da década de 1950, o número de frequentadores dos cinemas caiu bastante, devido à chegada da TV e o aumento no valor dos ingresssos. A queda foi ainda maior nas salas do Centro, como o Marabá, desde que a região se tornou mais perigosa. Várias salas fecharam, ou se renderam à exibição de filmes pornográficos.

Contudo, alguém havia de se reerguer. Oferecendo 1.036 lugares ( 799 a menos do que no passado), o Marabá reformado conta hoje com cinco salas e exibe filmes do circuito comercial, contrariando muitos cinéfilos que esperavam por uma programação mais "cult". Mas o lugar já é tão banhado de história que é "cult" por si só.

Ao adentrar no saguão, igualmente fugindo da chuva como os cinéfilos da foto de 1951, me deparo com o encontro entre clássico e moderno, e era somente o começo. Compro meu ingresso para A Era do Gelo 3 (crítica em breve) e – óbvio – me dirijo para a bomboniere, uma das três que o multiplex abriga.

Compro minha pipoca (algo impensável há cinquenta anos atrás. Só eram vendidos bombons e balas) e vou em direção à sala 1. Aqui, pausa para uma breve reclamação: as normas da casa pedem conferência de ingresso duas vezes antes de entrar na sala para ingressos de estudante. Pessoas familiarizadas com o conceito de "bolsas femininas" sabem que encontrar ingresso+identidade+carteirinha da faculdade, isso tudo segurando uma pipoca grande, pode ser bem demorado.

Porém esse leve nervosismo passou quando entrei na sala 1, a que preservou a chamada "boca de cena" do antigo cinema. Ela conta hoje com 447 assentos e sistema Dolby Digital 3D. Funcionários simpáticos me entregam os óculos para que eu possa ver o filme na nova projeção. A sessão foi perfeita, e sinceramente espero ter a oportunidade de voltar ao novo-bom e velho Marabá para ver Up, em setembro.

Testando o post por email...um viva a tecnologia que me permite postar do trabalho..! \o/


sábado, 2 de maio de 2009

Assumida

Hoje resolvi voltar. Não prometo uma volta retumbante, com mais de um post diário, todos extremamente bem escritos e informativos. Não prometerei nada, pois todas as vezes que fiz isso não cumpri. Errei e assumo.


Também errei em sumir sem dar satisfação a ninguém. Novamente assumo algo que sei que não deveria ter feito. É quase como sair da casa de alguém sem se despedir.

Posso estar exagerando (muito), mas faço isso para entrar no assunto que realmente quero falar nesse post, assumir erros. Algo tão complicado de ser feito, ainda mais quando temos um orgulho inato. Admitir que estava errado pode tirar o sono. Ainda mais quando deixamos de fazer isso.

Recentemente passei por duas situações em que errei. Uma grave, outra mais leve. Uma assumi, a outra simplesmente omiti.

Difícil acho que é a palavra que melhor descreve a noite em que decidi assumir o erro. Foram horas sem dormir, deitada na cama pensando nas possíveis consequencias do que eu tinha feito e, pior que isso, de não ter contado. É na nossa cabeça tudo é sempre pior do que o que de fato acontece.

Eram quase três horas da manhã quando decidi que ia contar toda a verdade. Não podia fazer isso naquela hora, mas faria. Aquele sentimento de erro só fazia com que eu não fizesse mais nada.

Encostei novamente a cabeça no travesseiro e dessa vez consegui dormir. O erro não tinha ido embora, eles nunca vão. Mas a consciência já estava previamente tranquila.

sábado, 14 de março de 2009

St. Patrick's Day - Cerveja ao santo!

O St. Patrick's Day (Dia de São Patrício) é comemorado na próxima terça, dia 17. Segundo a tradição, neste dia se usa verde, são feitos vários desfiles, não somente na Irlanda, onde o dia é feriado nacional, mas em outros países de cultura anglo-saxã.







Outra grande tradição do St. Patrick's Day é comer pratos típicos irlandeses e, mais do que isso, beber. Beber muitas bebidas características do país, do irish coffee (mistura de café, uísque e creme de leite) à tradicional cerveja Guinness, que organiza o Circuito Clã Guinness. Três vans realizam o percurso entre dez bares de São Paulo tipicamente irlandeses. E isso sim começa hoje, alguns dias antes do feriado do santo.


O Circuito Clã Guinness ocorre neste final de semana. Para participar, deve-se fazer a inscrição em um dos bares participantes (Melograno, O'Malley's, P.J. Clarke's, Finnegan's, The Joy, Mulligan, All Black, Kiaora, Drake's e Repuplic). Quem encara a "peregrinação" ganha cervejas irlandesas ou não para couvert para entrar na casa. No domingo, a Repuplic traz o U2 Cover para fechar a comemoração.


Destaque também para o Figa Dining Club, que não participa do evento mas também comemora o dia de São Patrício, só que na terça-feira, com apresentação da banda Lócham (mistura de rock e folk) e o grupo Irish Dance, de sapateado.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Diablo Cody

Quando uma ex-stripper ganha tanto o Globo de Ouro quanto o Oscar de melhor roteiro, pelo primeiro roteiro de sua autoria, não tem como não virar notícia. E lá vem Diablo Cody, roteirista de Juno, para ser notícia outra vez.


Semana que vem, no dia 5 de fevereiro, vai começar o Festival de Cinema de Berlim, e Diablo Cody estará lá como jurada. Ela, que já é membro votante da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (responsável pelo Oscar), participará da escolha do vencedor na categoria melhor filme.


Diablo Cody já possui um vasto currículo para quem tem trinta anos. Nascida em Illinois, EUA, trabalhou como stripper antes de começar a escrever. Em 2002 lançou o livro Candy Girl: a year in the life of an unlikely stripper, contando histórias sobre essa fase de sua vida.


Depois do sucesso de Juno, que traz a história de uma adolescente que engravida e resolve ter o bebê e dá-lo para adoção, Diablo trabalha agora em um novo longa-metragem. Baseado em uma idéia original de Steven Spielberg, somente os executivos da Dreamworks, que detém os direitos da produção, sabem do que se trata.

Não vai ser a primeira vez que ela trabalha com uma idéia do diretor americano. A série de TV The United States of Tara, da qual é produtora, também foi pensada primeiramente por Spielberg. Carregada de humor negro, a série narra o cotidiano de Tara, uma mulher com múltipla personalidade.

Além disso, outro roteiro seu já está sendo filmado. Jennifer’s Body é um misto de comédia e filme de terror, com Meagan Fox no papel principal, uma líder de torcida que é possuída e começa a matar todos os garotos da pequena cidade onde mora. Sem esquecer que Diablo Cody mantém uma coluna na revista Entertainment Weekly e o seu blog Pussy Ranch...realmente é muito trabalho! Mas tudo com a qualidade e irreverência dessa excelente roteirista, que chama a atenção e vai continuar chamando por um bom tempo.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Will Smith

Momento nostalgia: eu chegando em casa do colégio, jogava minhas coisas sobre a cama, fazia meu prato e, enquanto ele esquentava no microondas, ligava a televisão. E ali estava ele, Will Smith, morando com seus tios e primos, me fazendo rir (e quase engasgar com o suco Tang).


The Fresh Prince of Bel-Air (Um maluco no pedaço) durou apenas seis anos, nada comparado à carreira brilhante que Will Smith desenvolveu durante e após o seriado. Hoje, aos nada aparentes 40 anos, ele é o astro que mais lucrou para o cinema de Hollywood em 2008, com um faturamento de US$ 228 milhões...e estamos falando somente das bilheterias americanas.


Ao longo de sua carreira, Willard Christopher Smith Jr. se casou duas vezes, também duas vezes foi indicado ao Oscar e foi premiado quatro vezes com o Grammy. Afinal, Will Smith é um dos poucos artistas que pode dizer que teve êxito em três mídias diferentes: cinema, televisão e música. Tanto que ele começou a aparecer no meio artítico como cantor de rap, não como ator. Nessa época que ele recebeu o apelido de Prince, transposto para o seriado de 1999.


Neste domingo nublado (pelo menos em São Paulo), acho que escolher um dos sucessos deste ator para assistir comendo pipoca cai muito bem. De Ali e À procura da felicidade até MiB - Homens de Preto e Hancock, a lista passa por diversos gêneros, dos filmes feitos para chorar até os para chorar de rir.


PS1: não sei a quem atribuir a culpa desse post...talvez ter ido ao cinema assistir Sete Vidas...
PS2: ...ou ter visto Hancock em DVD...
PS3: ..ou porque não páro de ler notícias sobre ele, sempre na mídia...
PS4: ...ou se são as saudades de assistir Um maluco no pedaço durante o almoço.! rs