quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Jornalista


Tenho à minha frente uma tela em branco que necessita ser preenchida. Tenho mentes com necessidade de conhecimento, informação. Todos precisam de informação.


Tudo teve ser claro, direto, conciso. E isso é o que não consigo. Não que eu goste de enrolar as pessoas, não mesmo. De gente deste tipo a profissão já está cheia. Eu só queria ter tempo para me explicar, me estender. Conversar com o leitor.


Traços em meu pulso que se movem com rapidez de cavalo de corrida. Os ponteiros do relógio avançam sem dó nem piedade. Sim, sem dó nem piedade! Não venha me impedir de usar ditados e clichês, aqui eu posso. A profissão é um clichê, por que não posso usufruir disto?


Tantas coisas pra fazer e o tempo não para, como já nos contara Cazuza. E o frio, que normalmente aumenta minha vontade de trabalhar, está me deixando com sono. Entretanto não posso ter sono, tenho que ter força, atitude, ação, matérias escritas até o fim do dia. Tenho que ter café.


Trabalhador. Sou trabalhador, sou cidadão, sou urbano. Vou ao shopping, faço faculdade, uso mochila nas costas. Crio cães, falo ao telefone, beijo, brigo com minha irmã mais nova. Sou gente, sou humano.


E como humano necessito de informação para sobreviver. E como jornalista vou ter que ir até ali buscar a informação e já volto...

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Zohan - O agente bom de corte

Difícil escrever sobre este filme…eu poderia ficar aqui falando bem da atuação de Adam Sandler (que eu particularmente gosto muito), mas estaria mentindo. Eu poderia também xingar toda a baboseira de que nos Estados Unidos existe igualdade entre os diferentes povos imigrantes, e acabaria mentindo também...


Acho que seria bem mais fácil colocar uma breve sinopse do filme do que contar como me senti ao vê-lo, mas isso não vai rolar. Leia o que vem a seguir do modo mais crítico possível, afinal, só porque pra mim a melhor parte de ter assistido Zohan foi comer pipoca e Doritos com cheedar não significa que o leitor também não vai gostar.

Zohan é um temido soldado israelense, contudo seu grande sonho é tornar-se um famoso cabelereiro. Suas maiores inspirações são Paul Mitchell e Mariah Carey. Ao revelar a seus pais seu desejo de sair do exército faz os dois cairem na risada e taxa-lo como gay. Sendo assim, forja sua própria morte (uma gaivota fica segurando sua mala em um local estratégico...!) e vai para os Estados Unidos.

Recusa-se a trabalhar em qualquer “lujinha” dos seus conterrâneos. Sua vontade de ser um cabelereiro de sucesso supera a de ter dinheiro. No fim das contas acaba arrumando um emprego de faxineiro no salão de beleza de uma palestina, Dalia.

O roteiro do filme foi escrito por Robert Smigel (Saturday Night Live), Judd Apatow (Superbad, O virgem de 40 anos) e o próprio Adam Sandler, que transformou seu personagem em uma verdadeira máquina sexual. Convenhamos que o ator não tem a menor cara de garanhão (ele combina mais com o tipo fofo, ao estilo de Como se fosse a primeira vez), logo não convence.

Enfim, não vou ficar contando o final do filme...e sinceramente acho que vocês poderiam ler isso na sinopse ao invés de gastar tempo e dinheiro indo ao cinema. O filme está cheio de estereótipos e piadas que ofendem mais do que fazem rir, fora o sotaque isralense totalmente excelente de Sandler.

P.S.1: ainda gosto do Adam Sandler, mas prefiro vê-lo em O Paizão e Como se fosse a primeira vez...aliás, uma boa idéia para o leitor: alugue os dois filmes, faça uma pipoca de microondas e fique em casa que é melhor...
P.S.2: eu acho que o Doritos com cheedar merece um post só pra ele...pesado (óbvio) mas uma delícia!
P.S.3: eu não sei o que é pior, o título original do filme (You don’t mess with the Zohan) ou a versão brasileira. Ninguém merece...

domingo, 17 de agosto de 2008

Ataque gastronômico IV

Bom, faz um tempo que eu não tenho um de meus ataques por aqui...e nada melhor do que um doce para me reanimar a falar de comida!


Petit gateau em francês quer dizer “pequeno bolo”. Qualquer pequeno bolinho. Qualquer bolinho é petit gateau! Enfim, foi com esse nome que a sobremesa composta de bolo de chocolate com recheio cremoso e sorvete fez e faz sucesso no mundo inteiro.

E como os franceses fazem quando querem comer um petit gateau? Pedem um Moelleux au Chocolat, ou Mi-cuit. Chique né? Mas vamos falar de como essa delícia chegou até nós. Ou não, afinal não se sabe bem ao certo como surgiu o petit gateau. Tudo indica que a sobremesa surgiu de um erro (realmente, é errando que se aprende...). Alguém tirou os bolinhos de chocolate do forno antes do tempo e teve essa tentadora surpresa!

Foi na década de 1990, em Nova York, que o moelleux virou petit gateau, chegando ao Brasil cerca de cinco anos depois. Uma coisa é certa: é uma sobremesa que encanta e delicia pessoas ao redor do mundo inteiro! E por falar em coisas certas, mais uma pra vocês: se você vai pedir petit gateau depois do almoço, não exagere. Por mais tentador que seja, não peça esse doce depois de uns pedaços de lasanha ou de um churrasco. O petit está só no nome; estamos falando de uma sobremesa pesada.

PS1: para quem quiser fazer o petit gateau em casa, clique aqui e pegue a receita.
PS2: sabiam que o chantilly também foi resultado de um erro? Errar é humano, comer doces também...
PS3: pois é, mais um post pequenino...essa tal de “volta as aulas” faz com que eu não me dedique ao blog tanto quanto gostaria...
PS4: ...mesmo assim, espero que vocês estejam gostando!
PS5: ganhei dois selinhos novos...eeeee!!! Obrigada Carol, minha carioca favorita...! rs
Repasso ambos para Bruna e Thiago..!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Um dia na vida de uma garota indecisa


Hoje estou sem assunto. Não li os jornais, não liguei a televisão. Nem meu orkut eu vi direito. Hoje estou sem assunto.

Hoje acordei com sono. Você já acordou com sono? Essa ausência de descanso logo pela manhã me incomoda até agora. Hoje acordei com sono.

Hoje conversei pouco. Talvez seja por causa do sono já mencionado. Fiquei no meu canto e só abri a boca quando necessário. Hoje conversei pouco.

Hoje comi muito. Contudo comi somente doces e coisas gordurosas. Não comi nada saudável, o que explica o meu temperamento pouco saudável. Hoje comi muito.

Hoje falei com Deus. Na verdade, fiz isso há algumas horas atrás. Parece que esta conversa está começando a fazer efeito. Falei com Deus, e foi bom.

Sim, meu dia foi bom. Não me entreguei a pressa internauta, acordei cedo, medi cada palavra que disse, comi chocolates e falei com Deus. Sim, foi um dia bom.

E amanhã, como vai ser?

domingo, 10 de agosto de 2008

Foxboro Hot Tubes

Sucesso no MySpace, esta banda californiana de punk rock está conquistando fãs ao redor do mundo com sua música estilo anos 60, um rock de garagem mesmo. O CD Stop Drop and Roll!!!, recentemente lançado pela Warner, vem em uma capa idêntica as dos antigos LP’s.



Ninguém pode dizer que nunca ouviu falar dessa banda. Pelo menos por seu outro nome ela é conhecida mundialmente. Qual é a outra cara do Foxboro? Bom, na verdade eles que são a outra cara do Green Day, que consegue reinventar o punk muito bem.

Reconhece-se facilmente a voz de Billie Joe Armstrong (agora Reverend Strychnine Twitch) nas músicas do Foxboro Hot Tubes. A banda no entanto se esforça para ter um estilo diferente ao do Green Day. Em parte relembrar Dookie (seu álbum de maior sucesso) e suas primeiras influências, mas no geral afastar a idéia comercial que tomou conta da banda com o último CD, American Idiot. Billie Joe disse em entrevista que “a única semelhança entre o Green Day e o Foxboro Hot Tubes são os integrantes”.

A primeira aparição da banda na cena musical foi em dezembro do ano passado, e desde então surgiram os boatos de que Foxboro Hot Tubes poderia ser a outra face do Green Day. No início de abril acabou o mistério. Stop Drop and Roll!!! foi lançado este ano, no dia 20 de maio (meu aniversário...rs). De acordo com a banda, suas principais influências vieram de Sex Pistols, Iggy Pop e The Smiths. Dentre as músicas de maior destaque, estão “Mother Mary” e a música-título do CD.

PS1: para compensar o post anterior, fiz este menor...rs
PS2: deveria ter postado antes mas não sei o que aconteceu com o login do Blogger...enfim...
PS3: para quem quiser escutar as músicas do Foxboro Hot Tubes, clique aqui e acesse a página deles no MySpace.
PS4: a culpa desse post é do jornal Folha de S. Paulo...
PS5: ...se bem que eu sou muito suspeita pra falar isso. Sou fã declarada do Green Day, e agora também do Foxboro!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Turma da Mônica

Acho que não sou a única que passou a infância entre as árvores e histórias do bairro do Limoeiro... Como recordar é viver, abrace seu coelhinho azul (ou seu plano infalível...) e vamos comigo por esse post!


Tudo começou a quase 50 anos atrás. Em 1959, Maurício de Sousa era repórter policial (!!!) do jornal Folha da Manhã (atual Folha de S. Paulo). Certo dia ele ofereceu aos seus redatores uma tirinha sobre um cachorro e seu dono – Bidu e Franjinha.

Suas tirinhas começaram a ser publicadas no jornal e no ano seguinte ganharam um personagem principal. Estou falando de alguém com apenas cinco fios de cabelo e que troca o “r” pelo “l” na hora de falar. Exatamente: Cebolinha acabava de surgir, mas na época ele não contava com o que viria a seguir...

Cebolinha é um menino esperto e brincalhão. Foi inspirado em um amigo que Maurício teve na infância, em Mogi das Cruzes. Mora com os pais e a irmã mais nova, Maria Cebolinha. Também tem um cachorro de estimação, o Floquinho.

Em 1961 Cebolinha conheceu seu melhor amigo, Cascão. Um garoto com “mania de sujeira” e fanático por futebol (torcedor fiel do Corinthians). Namora a Cascuda. Tudo ia muito bem até que Maurício apresentou ao público a irmã mais nova do personagem Zé Luis...

Mônica entrou em cena, e a roubou! A personagem, criada em 1963, fez tanto sucesso que deixou de ser simplesmente a encrenqueira irmã mais nova do Zé Luis para se transformar em personagem principal. Inspirada em uma das filhas de Maurício, Mônica tem uma personalidade bem antagônica; por um lado é uma menina forte, que não leva desaforo para casa, mas por outro é romântica e morre de medo de insetos.

No mesmo ano em que foi criada, Mônica conheceu sua melhor amiga (e minha personagem favorita...!): Magali. Também inspirada em uma filha de Maurício, é meiga e extremamente comilona. A Magali real conseguia comer uma melancia inteira quando criança, e essa carcterística foi emprestada a personagem. Ela tem um gato de estimação chamado Mingau e namora Quinzinho, o filho do dono da padaria.

A turminha saiu dos jornais em 1970, quando foi lançada a primeira revista Mônica. Dois anos depois saiu a revista Cebolinha. Acho que ele ficou tão inconformado de ter sido criado primeiro e ganhar uma publicação depois que não parou mais de criar planos infalíveis contra a Mônica, sempre convencendo o coitado do Cascão a participar também...

Hoje podemos encontrar a Turma da Mônica não só no gibi, mas em filmes, livros, brinquedos e outros tantos produtos que levam a assinatura de Maurício de Sousa. Esse mês tem Bienal do Livro, onde será lançada a revista Turma da Mônica Jovem, com os personagens adolescentes e um estilo semelhante ao do mangá (no AnimeFriends deste ano, os leitores já puderam conferir a edição número 0). Para mim, Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali, Chico Bento, Tina, e tantos outros personagens são eternos. E você, o que me diz?


PS1: depois de escrever um post grande desses eu ainda tenho paciência para escrever esses PS’s? Com certeza...!
PS2: para quem ficou curioso, clique aqui e veja como ficou a Turma da Mônica Jovem.
PS3: culpo o jornal Folha de S. Paulo pelo nostálgico post de hoje.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O que é auto-escola

Dentro de poucos meses completarei um ano dirigindo. A vida sobre quatro rodas trouxe novas experiências, alegrias e tristezas.



Acho que tudo começa quando se decide aprender a dirigir. Pode até não parecer, mas este é um grande passo na vida de uma pessoa. Ela está prestes a sair do mundo dos pedestres em busca de uma nova realidade.

Interessante ver como as pessoas abominam o CFC. Não, não estou falando do gás que abre buracos na nossa camada de ozônio...(esse sim é abominável!). Refiro-me ao Curso de Formação de Condutores, que é considerado pedante e desnecessário por alguns futuros motoristas.

Tenho sincero medo desses motoristas...No CFC aprendemos a teoria a ser colocada em prática nas ruas. É claro que parte do conteúdo ministrado é óbvio, e que as aulas de direção defensiva poderiam ser menos chocantes. Contudo não devemos tomar essa parte pelo todo.

Curso concluído, prova teórica realizada. Está na hora de começar a dirigir, de finalmente conhecer o carro não mais como passageiro. Hora de saber onde liga a seta, como engatar as marchas corretamente, estacionar a um palmo de distância da guia e não deixar o carro morrer (muito).

Sem esquecer da baliza, lógico. Esse medo que circunda a última parte da prova prática de direção é algo universal. São aulas e aulas memorizando pontos específicos do espelho, girando o volante incessantemente (quem precisa de academia?) e aguardando na fila de carros aprendizes a sua vez.

Enfim, é chegado o dia da prova prática. Como não fui aprovada de primeira (nem de segunda) tenho algumas histórias para contar. Tudo começa no ir para a avaliação. Quando pessoas diferentes encontram-se em situações semelhantes, se estabelece um vínculo. De uma coisa não posso reclamar: sempre tive com quem conversar enquanto esperava para fazer a prova.

Pode demorar, mas sua vez chega. Hora de entrar no carro e conversar brevemente com seu instrutor, cuja obrigação é tentar deixar você mais calma. Porém o meu instrutor sempre parecia mais nervoso do que eu, e nervosismo pega pelo ar. Quando fui aprovada não estava com o meu instrutor. Entretanto não vou aqui culpá-lo por minhas falhas, isso seria simples demais.
Sai o instrutor, entra o fiscal. É dada a largada! Mas vá devagar, é proibido engatar a terceira marcha durante a avaliação. Testa-se tudo: ladeira, rotatória (que muitos motoristas veteranos desrespeitam), estacionamento e, por fim, baliza. Agora é esperar pelo resultado, se bem que podemos conclui-lo pela cara do fiscal ao sair do carro. Na terceira tentativa ganhei o esboço de um sorriso. E minha permissão para dirigir.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Ataque gastronômico III

Já deixei bem claro por aqui o quanto sou apaixonada pela Pixar...e também por gastronomia... E quando surge um filme que une as duas paixões eu me realizo!


Mas você leu direito; hoje é dia de ataque gastronômico, não de crítica de cinema. Vou falar do ratatouille prato, não do filme.


Imagine várias famílias camponesas, simples e que vivem do que produzem. Sim, remonte seu pensamento para a Europa do século XVIII, que ainda não foi atingida pelo Iluminismo. Como só podem contar com o que tem, essas pessoas criaram um prato cujos ingredientes principais eram colhidos na horta de casa: berinjela, tomate e pimentão.


Sim, o prato degustado pelo temido crítico Anton Ego estava nascendo. O nome ratatouille pode até lembrar Remy ou qualquer outro rato, no entanto significa "picar, triturar" ou "ragoût (guisado) de legumes".


A receita típica de Provence (na França) pode ser tanto uma entrada sofisticada quanto um prato principal que agrada em sua sutileza. Pode ser servido quente ou frio.


PS1: eu fiquei um tempão procurando uma figura do Remy preparando o ratatouille, mas não achei. Vai essa mesmo então...

PS2: caso você esteja a fim de preparar esse típico prato mediterrâneo, clique aqui e pegue a receita.