domingo, 24 de janeiro de 2010

Os novos enlatados

Quem não se lembra das novelas da Thalía? E além de Maria do Bairro e Marimar, quantas outras novelinhas mexicanas apelidamos carinhosamente de “enlatados”, porque a história era basicamente a mesma. Daquelas que a gente fala que se assistir a primeira semana e o último capítulo dá pra contar a história toda.

Desses tiveram duas que eu lembro bem, justamente por serem meio diferentes do padrão: A Usurpadora, das gêmeas Paola e Paulina, e Esmeralda, uma cigana. Na verdade acho que essa última só me marcou porque eu tinha um fascínio pelo mundo dos ciganos na época, cheguei até a escrever várias coisas sobre o tema. Mas esse não é o assunto (preciso ter mais foco quando escrevo aqui rs)

O tema de hoje, como o título já diz, são os novos programas enlatados que ganharam as grades de programação brasileiras. E quem são eles? Os nossos queridos reality shows, que pelo nome já dá pra saber que se tratam de produtos importados. Emissoras de TV inseguras preferem deixar a criatividade descansando e comprar modelos de programas prontos de outros países. Resultado: Big Brother, A Fazenda, Solitários, Ídolos, Supernanny...

Contudo meu objetivo não é simplesmente acabar com as emissoras que veiculam estes programas, e tantas outras que importam apenas quadros para seus programas. Na verdade, sou uma forte consumidora destes. Assisto todos sempre que posso, o que menos acompanho é A Fazenda, que quase nunca vejo por ser no mesmo horário de BBB e não me chamar muito a atenção aquele monte de gente meio famosa tentando ordenhar uma vaca, se emocionando com o nascimento de um bezerro. Coisas que são o cotidiano de muita gente no nosso Brasil. Karina Bacchi fazia mais sucesso como a Paris Hilton brasileira em Simple Life...

Um dia vou entender porque estes programas são tão viciantes para uns e tão desprezíveis para outros. Bem ou mal, muitas vezes são a maior audiência de uma emissora. Atrás as vezes somente dos enlatados originais, as novelas. Afinal, estamos na vigésima Bela, a feia do mundo! E agora, se você leitor me dá licença, vou ver Big Brother...rs

*texto inspirado na matéria de Rodrigo Russo, publicada ontem na Folha de S. Paulo. Na mesma edição do jornal havia um outro texto, específico sobre reality shows. Mas desse não gostei muito, talvez por ser defensora desse tipo de programas passando na minha TV.

Um comentário:

Cíntia Mara disse...

ODEIO esses reality shows. Ou melhor, os musicais eu até vejo de vez em quando, pq amo música e às vezes aparecem concorrentes com qualidade e as críticas dos jurados são interessantes.

Mas tenho aversão a big brother. Odeio mesmo, não suporto nem ver propaganda desse lixo. Um bando de gente desocupada que só quer saber de ganhar dinheiro às custas dos outros. Se você conseguir entender como alguém consegue gostar disso, me explica, por favor? Graças a Deus que existe a internet, os livros, o mp3 e os fones de ouvido pra me proteger, rs.


A fazenda eu também nunca assisti e esse tal de solitários eu não faço a menor idéia do que seja.

Bjs