terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Resoluções de Ano Novo

Porque será que não conseguimos fugir disso? O ano novo se aproxima e começamos a pensar em metas para ele. Isso é um grande erro, afinal passamos o reveillon nos enganando, pois são raras as vezes que conseguimos cumprir tudo o que queremos para o ano que se aproxima. Mas errar é humano, então aí vai a minha lista de resoluções...



1.conseguir um estágio (o que não necessariamente implica em parar de dar aulas)
2.ir dirigindo até São Paulo (essa eu acho que cumpro antes do ano velho acabar)
3.conseguir juntar dinheiro para minha viagem no sexto semestre da faculdade (ainda não sei para onde vou, mas o valor da mensalidade aumentou...acho mancada meus pais pagarem isso também)
4.voltar a usar aliança (essa não depende só de mim...rs)
5.chegar ao nível avançado de Francês (e recuperar minha fluência no Inglês)
6.ler um livro por semana e ir ao cinema pelo menos duas vezes por mês (essa eu consegui cumprir esse ano..!)
7.manter os blogs atualizados (pelo menos uma vez por semana quero dar o ar da minha graça por aqui..)
8.ter tempo para ler o jornal (nem que seja pela internet...e voltar a acessar com frequência o site da Rolling Stone)
9.passar o máximo de tempo possível com a minha família (e com o namorado também...rs)
10.cumprir mais da metade das resoluções de ano novo (porque todas é simplesmente impossível..)

Um feliz ano novo à todos...e que venha 2009..!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Comédia stand-up / Clube da Comédia

A comédia stand-up está obtendo um reconhecimento cada vez maior por parte dos brasileiros. O estilo se caracteriza por pessoas que se apresentam sozinhas, sem encarnar um personagem qualquer, em um cenário limpo, valendo-se apenas de um microfone como aparato técnico.


Muitas vezes os atores já possuem seu repertório de piadas prontas, contudo o improviso é uma das características mais marcantes do gênero. Comentários engraçados sobre o cotidiano que nos levam a pensar como a vida em si já é uma piada.

Recentemente fui conferir o Clube da Comédia, no teatro Procópio Ferreira. Peguei meu ingresso, comprei umas guloseimas (minha avó fala guloseimas...rs) e entrei na sala. Várias pessoas já estavam se acomodando em seus lugares; de fundo o som da rádio Alpha FM, patrocinadora do espetáculo. No palco, apenas um microfone e um banco. Ouve-se um aviso de que o ator Oscar Filho, devido a gravações do programa CQC, não participaria daquela apresentação.

Às 21 horas entra Marcelo Mansfield, ex-Terça Insana. Ele que conduz todo o espetáculo, entrando em cena entre um comediante e outro, e fazendo os mais diversos (e hilários) comentários. Nesta noite, o tema central era a Playboy de Cláudia Ohana, que rendeu assunto para a noite inteira.
Ele chama ao palco Marcela Leal, “a rainha da comédia stand-up”, de acordo com Mansfield. Marcela faz uma apresentação regular, arrancando risadas esparsas a cada piada. Desenvolveu bem o começo de seu stand-up, comentando sobre diversas profissões que ela simplesmente não compreende (dentre elas, jornalista...). Porém, ninguém parece muito incomodado quando ela anuncia o final de sua apresentação.

Entra então o queridinho da noite (não somente de minha parte, pelo que pude apurar) Danilo Gentilli, também do CQC. Arranca risadas facilmente da platéia, tecendo comentários sobre o relacionamento que mantêm com sua mãe, entre outras histórias. Seu jeito meio tímido e incerto, além do sotaque da Grande São Paulo (que não chega a ser interior, mas tem sotaque próprio), dão um charme especial ao seu stand-up. Excelente.

Para substituir Oscar Filho, entra Robson Nunes, apresentador do Disney Channel e iniciante no stand-up. No entanto, Nunes surpreende com piadas bem colocadas e imitações divertidíssimas. Quem já acompanha seu trabalho na TV pode ver um outro lado do artista, que tem condições de se firmar como mais um grande nome da comédia stand-up.

Marcelo Mansfield volta ao palco e anuncia o inesperado: Oscar Filho pôde comparecer à apresentação! O ator entra em meio a aplausos e gritos de “pequeno pônei”, apelido obtido no programa CQC. Trajando figurino típico da atração da Band, diz que logo após o espetáculo terá de ir a um casamento, onde será o noivo que fica em cima do bolo. É o começo de um stand-up sem grandes surpresas, mas ótimo para encerrar a noite.

PS: para quem quiser conferir o Clube da Comédia, eles estão em cartaz até semana que vem no teatro Procópio Ferreira. Para mais informações, clique aqui.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Noir Désir

Há quem pense que a música francesa se restringe ao eletrônico e ao gênero chanson, à la Edith Piaf. Nada contra nenhum dos dois (eu sou uma grande fã de Edith Piaf também...), mas outro gênero musical que começa a despontar no país da Torre Eiffel é o rock. E a banda que mais trabalhou para que isso acontecesse foi o Noir Désir.


Criada em 1985, o Noir Désir já lançou doze álbuns. O último com músicas inéditas saiu em 2004, antes do compositor e vocalista da banda, Bertrand Cantat, ser preso por homicídio culposo (ele bateu na namorada, que chegou a ser internada mas faleceu no hospital).


Recentemente foi veiculado no site oficial da banda o novo single Gagnants/Perdants que, de acordo com a banda, reflete o momento de crise pelo qual o mundo está passando atualmente. O Noir Désir já voltou ao trabalho e, ao que parece, com as mesmas letras fortes e melodias que remetem aos primeiros CDs, como Tostaky, de 1993, ou Veuillez rendre l'âme (à qui elle appartient), de 1989.


PS1: acho que hoje não preciso mais estudar Francês...rs

PS2: para mais sobre o Noir Désir, clique aqui e visite a página oficial da banda.

PS3: a música de fundo é do álbum Veuillez rendre l'âme (à qui elle appartient), e foi uma das primeiras que ouvi da banda...agora não consigo mais parar..!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

No salão de Alox Yu

São dez horas da manhã. Ele chega e sauda a recepcionista com reverência. Mais oriental impossível. Divertido, sorri o tempo todo. Chega a primeira cliente, uma senhora de cinquenta e poucos anos que não sabe falar português. Sem problemas, ele também não sabe.


Os minutos vão passando no relógio atrás da manicure. O salão não é indicado para quem tem pressa, uma vez que Alox é extremamente detalhista. Faz cortes com precisão, tinge como se esculpisse cabelos com cores. E quantas opções de cores...um verdadeiro retrato da cultura pop oriental.


A música típica, as revistas importadas, o chá verde, os ideogramas espalhados pelos frascos nas prateleiras. Sinto-me em um salão pop no centro de Seul. Nem mesmo a mais ocidental das decorações de Natal consegue me trazer de volta. Também estou à salvo do calor de trinta graus, graças ao ar condicionado.


Ele prende o cabelo da cliente com incontáveis elásticos. Em coreano, pede que ela aguarde enquanto arruma em sua cabeça uma touca elétrica extremamente moderna, quase que extraída de um filme de ficção. A recepcionista avisa que estou aguardando, e ele finalmente vem em minha direção. Observa essa pessoa deslocada, mas acima de tudo deslumbrada com o que está vendo. E passa.


Parece bastante preocupado com seus afazeres. Fala alto e gesticula muito. Sai em busca não se sabe de quê; uma revista, uma tintura, uma tesoura. Uma idéia. A minha, fixa, é ir embora, entretanto fui contagiada por essa aura pop. Ela me prende ao sofá e por várias vezes me faz esquecer dos meus compromissos posteriores. Sem querer comprei uma passagem para o Oriente em toda a sua expressão fashion. E receio que seja só de ida.


Aproveitando o espaço para agradecer a atenção que recebi (depois de esperar quase uma hora...) no salão de Alox Yu. Não entendam isso como uma crítica má; se seu interesse é arrumar o cabelo - e você possui bastante dinheiro para tal - vá em frente. Ele não deixa clientes esperando, só futuros jornalistas...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Exposição traz bolsas sustentáveis

A cada minuto, um milhão de sacolinhas de plástico são utilizadas. Durante uma compra familiar no supermercado, que dura cerca de uma hora e meia, são 90 milhões de sacos plásticos que foram usados ao redor do mundo, isso sem contar as que esses consumidores pretendem usar. Para quem não dispõe de veículo próprio, as compras são feitas em pequenos volumes; cada semana se adquirem alguns produtos. Ainda mais sacolas são gastas.

Para reduzir este consumo de sacos plásticos, que levam cerca de cem anos para se decompor no ambiente, foram criadas as chamadas ecobags, bolsas feitas de materiais recicláveis que substituem as várias sacolinhas plásticas consumidas em uma simples ida ao supermercado. Porém, as ecobags caíram nas graças dos “fashionistas” e viraram moda.

Entre os dias 4 e 9 de novembro, ocorreu no Museu da Casa Brasileira a exposição “Eu não sou + de plástico, sou sustentável e gero renda”. No piso térreo do Museu, logo após a entrada, pessoas admiravam curiosas as vinte bolsas desenvolvidas em parceria com ONGs. Havia ecobags para todos os gostos e necessidades, tanto que por várias vezes surgia a pergunta “mas a gente pode comprar essas bolsas ou só podemos vê-las?”. As ecobags estão fazendo sucesso no Brasil, assim como já vinham fazendo no exterior. Resta saber o motivo que levou a este sucesso: conscientização ou moda. De acordo com o curador da exposição e professor da UPM Ivo Pons, quem usa a ecobag tem clara preocupação ambiental. “Usar ecobag é uma ação premeditada, não se faz só porque é bacana”, diz.

Dentre os modelos em exposição, pensados de forma a facilitar as compras cotidianas, existem as que se destacam, seja pelo design, seja pelo material de que foram feitas, afinal nem só pano é ecologicamente correto. O que mais contou para os designers expositores não foi simplesmente a economia de sacolinhas plásticas, mas também o reaproveitamento de outros materiais recicláveis. A bolsa Apoio, desenvolvida em parceria com a ONG Chama Sociedade de Assistência ao Excepcional, é feita de encostos descartáveis para a cabeça utilizados em aviões. Já a bolsa Bag4Pets, elaborada em parceria com a Associação Paulista de Apoio à Família, é feita de borracha e lona utilizada em banners publicitários. Como o nome sugere, foi criada pensando não necessariamente em compras, mas em passeios com animais de estimação.

Nada melhor do que unir duas práticas ecologicamente corretas: o transporte de consumidores e suas respectivas compras. Para isso, os designers Jeilson Freitas, aluno do Mackenzie, Juliana Bertolini, professora de Desenho Industrial da UPM, e Vítor Cunha Criscuolo, em parceria com as ONGs Arrastão e Pano pra Manga (Instituto Irwing Miller), desenvolveram a Ecobikebag, voltada aos ciclistas. A bolsa é feita de tecido e câmaras de pneus, de carros e bicicletas. Suas alças podem ser separadas, criando duas bolsas que, juntas, podem ser presas à bicicleta.

Para quem vai às compras a pé e sabe do incômodo de carregar várias sacolas, a ONG Aldeia do Futuro desenvolveu a bolsa OHO. Feita de tecido e folhas de jornais e revistas, a bolsa possui duas rodas removíveis, o que facilita o transporte das compras de quem vai caminhando.

A exposição “Eu não sou + de plástico” é uma continuação da exposição realizada em 2007 com o mesmo nome. De acordo com Pons, a primeira teve um sentido de promoção, de mostrar ao consumidor paulistano o que é a ecobag. “Esta exposição tem um outro perfil; mostra peças novas, a serem usadas no cotidiano das pessoas”, comenta.

Os grandes supermercados também aderiram às ecobags. Enquanto as redes Compre Bem e Extra pretendem lançar suas sacolas até o final do ano, Wal Mart já faz sucesso com suas sacolas de pano cru (vendidas à R$2) e, até julho deste ano, a rede Pão de Açúcar já contabilizava 100.000 sacolas de compra vendidas. Há quem acredite que o uso de sacolas plásticas diminuiria se fosse cobrado. Alguns estabelecimentos já adotaram este sistema.

Ainda não se pode dizer que o pensamento ecológico promovido pelas ecobags está totalmente formado. Trata-se de um “investimento a médio prazo”, em um mundo que está buscando cada vez mais ser sustentável.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Prato frio

Passando pelas ruas engarrafadas de São Paulo, fiquei presa atrás de um carro com a seguinte frase no vidro traseiro: “Desejo em dobro tudo o que você deseja pra mim”. Imagine quantas pessoas não ficaram ainda mais irritadas no trânsito só de lerem tal sentença. Não podemos dizer que a frase não surtiu efeito, realmente o stress foi dobrado, porém isso só aconteceu porque ele lembrou ao motorista parado atrás do carro há quantas horas ele estava dirigindo, o quanto sua perna já está doendo, os compromissos que ele terá no dia seguinte e o novo engarrafamento que terá de enfrentar.


Assim como este adesivo é o sentimento de vingança, e também o seu posterior ato. Quando algo mal acontece conosco, temos muitas vezes necessidade de revidar, de fazer o outro sentir ao menos em parte o que sentimos. Mas com o passar do tempo aquele que nos fez mal pode até esquecer-se do que fez, ou mesmo se arrepender e não pedir desculpas. Entretanto em nós o sentimento de “pagar na mesma moeda” pode ter crescido a cada dia.

“A vingança é um prato que se come frio”. O provérbio salta das aventuras de Star Trek, passa pela obra de Tarantino Kill Bill e chega aos nossos olhos com o mesmo impacto. Quem tem fome de vingança não se importa com o tempo passando. Sua preocupação é concretizar aquilo que está em sua mente, independentemente do lugar e do momento. A vingança é um prato frio para quem sofre suas consequências; para quem a executa, ele está em constante reaquecimento.

A Noiva, personagem de Kill Bill representada por Uma Thurman, iria viver o dia mais feliz de sua vida. Como isso não acontece, e de forma bastante violenta, ao se recuperar faz uma lista de todos os envolvidos na chacina em que seu casamento se transformou, e resolve matar um por um. Muitas vezes são tão pequenas as coisas ruins que guardamos na memória; por bem menos que isso surge uma forte busca por vingança.

No dia 18 de setembro, o ex-jogador de futebol Thiago Jotta da Silva foi espancado e baleado. Depois de quase uma semana internado, faleceu. A polícia suspeita que o crime tenha sido organizado pela ex-noiva do jogador, por vingança, uma vez que ele não queria mais se casar. Em seu carro foram encontradas marcas de sangue e ela foi detida. Para quem está de fora, essa história parece retirada do jornal Notícias Populares, mais um crime sem razão. Para aquela mulher, era o seu prato frio, requentado pela memória e por um desejo não concretizado.

Vingar-se é jamais esquecer. Encarnar A Noiva criada por Quentin Tarantino ou a ex-noiva da vida real consiste simplesmente em manter um sentimento que não leva à lugar algum. Um lembrete do passado que empata o tempo presente.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Bullet For My Valentine

Ultimamente tenho passado por uma fase meio folk musicalmente…mas, como já diz o velho ditado, some things never change. E quando se trata de rock, o Bullet é a banda que tem me feito companhia nas horas dentro do transporte público.


Composta por “Moose” Thomas (bateria), “Jay” James (baixo), “Padge” Paget (guitarra) e “Matt” Tuck (vocal e guitarra), lançou seu primeiro disco em 2006, oito anos depois de sua formação. De acordo com o jornal inglês The Sun, é um dos melhores rock-albuns de estréia dos últimos tempos.

Antes de lançar seu primeiro CD, a banda tocava no Reino Unido fazendo covers de Limp Biskit e Metallica, sendo que agora já tiveram oportunidade de tocar com esta última.

Contudo, eu fui apresentada a esta banda através do seu segundo CD, Scream Aim Fire, lançado em janeiro deste ano. Destaque para as faixas Disappear, Hearts Burst Into Fire e a que dá nome ao álbum.

Não me surpreenderia se o leitor dissesse que nunca ouviu falar desta banda de metalcore originada no País de Gales. Mas que vale a pena conhecer, isso vale.

PS1: para mais sobre Bullet for my Valentine, clique aqui para conhecer o site oficial da banda…
PS2:…ou aqui para visitar a página deles no MySpace.
PS3: gente, como eu gosto do MySpace…! Você conhece tanta coisa legal nesse site..
PS4: ok, foi um momento meio nada a ver…

PS5: ah, a música de fundo do blog é Say Goodnight, também do segundo CD do Bullet.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Moda universitária

Não sei o leitor, mas eu quando era mais nova frequentava um colégio onde o uniforme era obrigatório. Claro que cada um customizava o seu(na época a gente nem sabia o que era “customizar”); uma cortava um pouco a calça, a outra ia com um top colorido por baixo da camiseta, outra usava o shorts ainda mais curto…


Nesse momento de nossas vidas classificamos nossas roupas nas seguintes categorias: roupas para sair aos fins de semana a noite, para sair aos fins de semana a tarde, para ficar em casa e o já mencionado uniforme. Contudo, para quem passava o dia inteiro na escola como eu, roupa de ficar em casa era o pijama.

Só que um dia o colégio acaba e você se vê as portas de uma universidade ou um cursinho. Não digo trabalho pois existem roupas próprias para essa ocasião, dependendo do tipo de trabalho que se executa. Que roupa usar agora para estudar, depois de tantos anos uniformizada?

Vocé acaba então misturando as roupas de sair no fim de semana a tarde com as de ficar em casa. E muitas vezes vocé entra no ônibus para ir estudar e pensa: estou muito arrumada pra isso, ou estou muito “largada”. Essa sensação certamente decorre de uma vida de uniforme.

Que fique muito bem claro que não sou nenhuma revolucionária anti-uniforme. Eu gosto de uniformes e nem customizava tanto o meu na época de colégio. Acho que manter um padrão dentro da escola é necessário. Contudo tive dificuldades até encontrar minha “moda universitária”. E creio não ser a única!

PS1: e o caldo engrossa ainda mais quando você arruma um namorado na faculdade. Você quer ir bonita e acaba saindo de casa como se fosse ao shopping quando na verdade o que te aguarda é uma aula daquelas…

PS2: estou em débito com as meninas que comentam por aqui, mas prometo que assim que passar da “fase desesperada de entrega de trabalhos na faculdade” eu responderei os comentários com calma, serenidade, equilibrio…

PS3: acho que mais ninguém por aqui acredita nas minhas promessas… triste isso né? rs

domingo, 9 de novembro de 2008

Visão de uma jovem adolescente

Quando questionada se era criança, adolescente ou jovem, Gabriela me responde com outra pergunta: qual a diferença entre jovem e adolescente? Ela não se considera mais criança, e o modo como se comporta ao longo da entrevista ratifica isso.



Comenta que não assiste muito a programação oferecida pela televisão. Prefere fazer outras coisas, a TV lhe dá sono. Não é um comportamento comum na sua idade, e ela tem consciência disso. Fala como os amigos são capazes de passar mais de cinco horas na frente do televisor com extrema facilidade, proeza que ela só alcança nas férias.

De acordo com Gabriela, a televisão aberta está cheia de “programas porcaria”. Ela é uma das poucas jovens do país com acesso à canais pagos, e usufrui disso não com tanta responsabilidade quanto quer mostrar. Diz que assiste basicamente seriados, às vezes um filme. Contudo é o tipo de programação eternamente reprisada em alguns canais da TV aberta para atrair pessoas nessa idade.

“De novelas eu gosto, mas não de tudo que passa nas novelas”, diz quando pergunto o que ela assiste fora dos canais por assinatura. A jovem tem consciência de que muito do que é passado nas novelas não condiz a sua faixa etária. Para Gabriela a televisão não está ficando mais violenta, mas mostrando cada vez mais o seu “lado mais feio, para sacanagem”.

Para ela a televisão deveria ser mais educativa, preocupada em realmente passar alguma coisa consistente para quem assiste. Acha que faltam programas que tratem da questão ecológica e ambiental, enquanto muitos creem que a TV está saturada deste assunto. Talvez falte programação desse tema para a idade de Gabriela, que compõe a geração que vai cuidar do planeta daqui a alguns anos.

domingo, 2 de novembro de 2008

Sobre a arte de assistir filmes

Há todo um ritual para se ver um filme. Pelo menos eu tenho.





Toda uma preparação anterior, a escolha do lugar na sala de cinema, ou em casa mesmo. O cheiro da pipoca, a companhia. Se bem que assistir um filme sozinha também tem suas vantagens.



O escuro é essencial. Não suporto assistir filmes com a luz da realidade entrando pela janela. As luzes apagadas, ou cortinas fechadas, facilitam a entrada no mundo cinematográfico.

O que muitas vezes me falta é o tempo para ver os tantos filmes que gostaria. Tantas opções, todas tão diferentes e tentadoras. Mas o tempo insiste em passar correndo, engolindo as semanas e meses.

Hoje decidi que vou assistir um filme. E ninguém vai mudar isso.

A decisão é a primeira parte do ritual fílmico. A magia vem na sequência.

PS1: esse mesmo texto é o post inicial de um blog em fase de teste...esse eu realmente espero que vingue...

PS2: sim, eu apaguei o Trilha Sonnora...

PS3: responderei os comentários ainda hoje, prometo!

PS4: acho que nem lembro mais como se faz isso, mas a intenção é que o próximo post seja um "ataque gastronômico"...saudades de falar de comida...rs

PS5: assim que a minha mais nova tentativa de blog estiver concluída, passo por aqui pra fazer uma propaganda ok?

sábado, 25 de outubro de 2008

Vinte anos, vinte horas, cinco semanas e um dia

O tempo passa na velocidade em que se sente, por mais que os ponteiros do relógio insistam em dizer que não. Os ponteiros sempre giram na mesma velocidade, contudo a intensidade de cada intervalo temporal é subjetiva.




Vinte anos podem passar voando. Mais um aniversário chega, mais uma velinha para soprar. E o quanto nossa vida mudou ao longo desses anos? Se foi muito, certamente os anos passaram aceleradamente. Se caímos na rotina, vinte anos podem durar uma eternidade, em que se esquece o começo e já se sabe o final.

Vinte horas seguem a mesma idéia. Com quem você seria capaz de passar vinte horas initerruptas? Poucas pessoas, uma pessoa...as maneiras são diversas e para todos os gostos. Vinte voltas que o ponteiro dos minutos dá podem significar muito tempo, dependendo do que se faz e com quem se faz.

Cinco semanas. Cada dia uma batalha, ou cada dia uma alegria. Tudo depende da maneira como se administra o tempo ao longo dessas semanas. Se durante a semana cumprimos nossas obrigações, se aos sábados arrumamos um tempo para se divertir, se aos domingos visitamos os parentes ou recebemos visitas. Cinco semanas podem passar sem que se sinta, ou podem ser vividas com a intensidade de uma vida inteira.

Como já foi dito, cada dia pode ser uma batalha ou uma alegria. E hoje, quando olho ao redor e não vejo você ao meu lado, sei que será uma árdua guerra contra a saudade. No entanto, ainda nos restará uma vida inteira, ou mais cinco semanas, ou vinte anos...

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O ar de Paris

Ela estava em um dos cantos escondidos da exposição. Atrás de uma redoma de vidro se escondia mais vidro. A placa informativa ao lado dizia "O ar de Paris".




Em meio à tantas obras espalhadas aquela pequena garrafa chamou minha atenção. Como assim, o ar de Paris? Comecei a imaginar o artista em frente a torre Eiffel, abrindo a garrafa, aguardando alguns minutos e lacrando para sempre aquele ar parisiense. Comecei a pensar o quanto esse meu pensamento era ridículo. Comecei a pensar quantas pessoas pensaram o mesmo que eu e disseram "eu poderia ter feito isso. Isso não é arte!". Discordei delas.


Aquele objeto que eu olhava com tanta atenção não era qualquer garrafa cheia de ar, era O ar de Paris. E por um momento pude sentir o ar daquela cidade, mesmo que eu nunca tivesse estado lá. Os perfumes, as flores, os restaurantes mais estrelados do que o céu poluído da nossa cidade. Uma tosse me trouxe de volta ao museu, mas rapidamente retornei à capital da moda. Ouvi o farfalhar dos vestidos e senti o cheiro de tecido novo.


Pude quase sentir o gosto da champagne borbulhante. Senti a brisa tocar meus cabelos enquanto saboreava um croissant com café. Ah, o cheiro do café... Todos aqueles aromas não paravam de inundar minha alma. Até que, em um ato repetitivo, olhei para o relógio. Precisava ir embora do museu ou me atrasaria para outro compromisso. Não pude ver o restante da exposição, mas prometi a mim mesma que voltaria. Quem sabe voltaria à Paris também...


PS1: a obra "O ar de Paris" realmente existe. Foi feita por Marcel Duchamp em 1919, e uma réplica dela estava em exposição mês passado no MAM (Museu de Arte Moderna) em São Paulo. PS2: vou elaborar uma pequena revista sobre essa exposição como trabalho de Estética e História da Arte...achei que não podia faltar uma crônica...rs
PS3: nada como Edith Piaf de trilha sonora para se chegar a Paris em um piscar de olhos...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Casa da mãe Joana

Quando chamei meu pai para ir comigo ao cinema, a primeira pergunta que ele me fez foi: "essa p*** desse filme é legendado?". Meu pai detesta filmes legendados. Quando eu disse que não precisava se preocupar, uma vez que o filme é nacional, ele reclamou mais uma vez. "Se é nacional, deve ser uma m****!" (sim, meu pai é muito boca-suja...rs).



Enfim, já fui assistir ao filme com um certo receio. Particularmente gosto muito do cinema nacional (e acho que ele deveria ser bem mais incentivado do que é...), mas as críticas que havia lido antes sobre o filme não me animaram. Um elenco que prometia tanto...o filme não podia ser tão ruim...


E de fato não o é, se você já estiver acostumado com as comédias ao estilo "pornochanchada" que costumamos produzir por aqui...o sexo totalmente satirizado, ainda mais no personagem PR, interpretado por Paulo Betti, um "coroa de programa", o linguajar muitas vezes chulo...e, no caso de Casa da mãe Joana, uma verdadeira ode à esperteza, real fama dos brasileiros.


Quatro amigos se conheceram há muitos anos, numa noite de porre, e desde então nunca mais se separaram. Alguns se casaram e saíram dali, mas logo voltaram à esbórnia financiada por golpes. O filme começa justamente em uma joalheria, onde o grupo dá um golpe de 100 mil dólares. Contudo o mentor do plano (Pedro Cardoso) passa a perna nos três e vai para a Jamaica curtir a grana toda, sem dividi-la com seus parceiros de crime.


Com a chegada da ordem de despejo, a necessidade de conseguir dinheiro rápido aumenta...e a zona está armada! Tem de tudo: filha que ressurge do nada (e toca bateria), mãe que foge do asilo, um comendador gay...fora as "clientes" de PR...rs


PS1: e a semana de folga finalmente chegou...! Viva, viva...!
PS2: mas amanhã eu já tenho que começar a adiantar meus trabalhos da faculdade...é como dizem, alegria de pobre...
PS3: estou de blog novo, sobre música...cliquem aqui e conheçam..!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Desculpas e explicações / VMB 2008


Essa história de ser universitária, professora e blogueira dá trabalho... muitas coisas pra fazer e o tempo nem sempre colabora...



Enfim, mais uma vez estou aqui para dar satifação sobre o meu sumiço...estou correndo com as coisas da faculdade, tenho provas e trabalhos essa semana, fora que estou começando a elaborar o meu projeto de iniciação científica (sobre cinema...rs). Tenho reunião com o meu "possível professor orientador" hoje à tarde. Veremos o que acontece...

Preciso abrir um parênteses para comentar o VMB 2008, que aconteceu na última quinta-feira. Marcos Mion realmente perdeu a mão, e está se achando a última bolacha do pacote. Como se o VMB não existisse sem ele...



Este ano a palavra de ordem da premiação era interatividade. Eu (óbvio) estava assistindo pela televisão, acompanhando o blog pela Internet (e comentando...rs), além de ouvir as músicas da banda Garotas Suecas (eleita Aposta MTv e merecedora de um post só pra ela, que providenciarei em breve...). Fora respirar, piscar, pensar na vida...


Aí está uma característica que eu já tinha mas estou desenvolvendo...a capacidade de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. Nesse momento estou postando e ouvindo rádio, o que não é muita coisa...enfim, de volta ao VMB...! Na minha singela opinião, o NX Zero ganhou mais prêmios do que deveria (a gente sempre acha que vai ser Pela última vez, mas eles conseguem abocanhar mais um prêmio), a Dança do Quadrado era obviamente o webhit mais famoso e Chitãozinho e Xororó tocando com Fresno foi o cúmulo da fossa, contudo certamente foi um dos melhores shows, perdendo apenas para Vanessa da Mata e Ben Harper. Por falar em Chtãozinho e Xororó, a família Lima compareceu em peso esse ano no prêmio da MTv... Sandy apresentou nada mais nada menos do que a nova banda de seu irmão, Júnior Lima, Nove Mil Anjos.


Marcelo Adnet brilhou e sem sombra de dúvidas ganhou a noite. Junto com o inseparável Kiabbo, fez resumos hilários de cada bloco da premiação. Deu um banho de entretenimento e humildade em Mion.


Destaque também para a banda dos sonhos, com cozinha (bateria e baixo) do Paralamas do Sucesso, Chimbinha da Banda Calypso como guitarrista e Marcelo D2 no vocal. Simplesmente perfeito e, como deve ser, uma ode ao inusitado...!


PS1: estou meio sem tempo de passar nos meus blogs do coração... :( Semana que vem prometo colocar minhas visitas em dia e, como não sou política, cumprirei...!
PS2: por falar em política, minha cidade vai ter segundo turno...ninguém merece...
PS3: prepararei um post sobre o Garotas Suecas, com certeza...a banda é realmente excelente. Se bem que os meus ataques gastronômicos não acontecem há um tempinho considerável...e também preciso fazer outro post sobre cinema...enfim...
PS4: desejem-me sorte no meu projeto de iniciação científica...!

sábado, 27 de setembro de 2008

Blindness - Ensaio sobre a cegueira



O que foi notícia no mundo:

"Metáfora da sociedade humana, de um suspense angustiante, o filme de Meirelles faz do espectador uma testemunha da violência e o convida a refletir sobre o ser humano e seus mais baixos instintos, além da sua capacidade de amar e seu senso de responsabilidade. Contudo, em meio a esta violência extrema e de caráter quase apocalípticos da história, Meirelles encontra momentos para expressar ternura e até mesmo humor" – France Presse

"O filme de abertura do 61º Festival de Cannes e último trabalho do diretor brasileiro Fernando Meirelles, 'Blindness', recebeu poucos aplausos da platéia após a sua projeção. Em uma sala lotada, jornalistas assistiram ao filme com atenção e de forma silenciosa" - Ansa

"A originalidade do grande romance de Saramago não é explorada por Meirelles, que fez um filme inspirado na estética de 'Filhos da esperança', de Alfonso Cuarón, e que também lembra "Babel", de Alejandro González Iñárritu, com sua mistura de nacionalidades, raças e idiomas. Com uma estética futurista-catastrofista, fruto de um bom trabalho de ambientação, 'Blindness' explora o pior do ser humano, mas sempre deixando um grande resquício de esperança" - Efe

Sim, o novo filme de Fernando Meirelles é tudo isso e muito mais. Com a promessa (muito bem cumprida) de ser um filme impactante, conseguiu levar para as telas a obra de Saramago sem desmerece-la.

Saí da sala de cinema sem palavras. O filme consegue te deixar meio sem ar, sem ação. Ele mostra até aonde o ser humano pode chegar, seja para o lado da força ou da fraqueza. A personagem de Julianne Moore representa a mulher capaz de superar as barreiras, aquela que sempre encontra meios para continuar lutando. O próprio Meirelles admite que seu filme ficou feminista...rs


Notem como eu usei as palavras...”a personagem de Julianne Moore”... Esta foi uma das grandes preocupações do diretor. Na obra vencedora do Nobel de literatura, Saramago não dá nomes aos seus personagens, nem ambienta sua história em uma cidade específica. Agora pensem um pouco: como é assistir a um filme sem saber o nome de nenhum dos personagens? Sim, é realmente estranho, mas isso não impede a nossa identificação com eles.

O elenco é internacional e estrelado. O filme foi filmado no Uruguai e no Brasil, em São Paulo. Abriu o último Festival de Cannes, por mais que Meirelles achasse que sua película era muito forte para tal. A história trata de uma cegueira branca que toma conta de toda a humanidade. Mas isso muitas vezes não se restringe ao físico, fazendo com que não mais se enxerguem pessoas como indíviduos iguais, mas como inimigos.

PS1: lá vou eu começar com os PS...rs
PS2: fica também a dica de leitura hein? Ensaio sobre a cegueira de José Saramago
PS3: estou pensando em fazer uma reforma no layout do blog...já estou enjoada...rs. Já comecei mudando algumas coisas, espero que tenham gostado...!
PS4: o Gael García Bernal não está tão lindo nesse filme...mas quem se importa?! rs
PS5: mantive a música do Noir Dèsir de fundo...acho que combina com o post dessa semana... Para a Liz e demais pessoas que se desconcentram com a música, é só ir até o final da página e desligá-la ok? rs

sábado, 20 de setembro de 2008

Ser blogueira é...



- ter um espaço na Internet pra fazer a bagunça que quiser
- fazê-lo de maneira organizada
- comentar sobre o assunto que vier a mente
- mas sem falar simplesmente besteiras
- falar da vida e do que se passa no coração
- não ter receio se vão gostar ou não
- fazer novas amizades
- descobrir não ser a dona da verdade
- gostar de escrever até a última gota de tinta...
- ...e comprar outra caneta depois
- saber que o mundo é cheio de boas histórias
- e ter a vontade de contá-las.

PS1: ando sumindo demais ultimamente...preciso voltar a postar com mais frequência
PS2: gostei dessa história de blog com trilha sonora...rs...o que vcs estão achando?
PS3: a próxima crônnica será cinematográfica...! Se bem que também faz tempo que eu não tenho um ataque gastronômico...enfim...
PS4: a culpa desse post é toda do repórter Rafael Balago...rs

sábado, 13 de setembro de 2008

The Ting Tings

Uma excelente surpresa que se transformou em vício. Assim a dupla pop The TingTings entrou na vida desta que vos escreve. E uma coisa eu digo: Katie White e Jules de Martino chegaram pra ficar.

Depois de diversas passagens por outros grupos de pop music, a dupla finalmente encontrou a receita do sucesso. O crítico de música da Folha de S. Paulo explica e eu assino embaixo: eles conseguiram misturar todas as formas da música que deram certo para criar o que é o TingTings. E nem adianta achar que eles não passam de cópias; eles assumem suas múltiplas influências já no nome do álbum recém-chegado ao Brasil:We started nothing.

Agora necessito me corrigir. No último post eu disse que a dupla de Salford não havia ganhado no Video Music Awards. Bom, eles não ganharam na categoria de melhor vídeo pop, mas levaram pra casa o prêmio de melhor vídeo britânico! O sucesso tem sido crescente, tanto que desbancaram Madonna do topo das paradas no Reino Unido com a música That’s not my name, que eu particularmente não gosto muito...enfim...

Por enquanto nada deles em terras brasileiras...no momento o The TingTings está em turnê pela França (gente chique é outra coisa...) e acabam de lançar o videoclipe da música Be the one. Para uma dupla que começou em 2006 com uma garota que aprendeu a tocar guitarra a pouco mais de um ano (fofoca do de Martino! rs...), a dupla promete, e muito!

PS1: só pra não perder o costume...rs
PS2: coloquei a música We walk de fundo porque é ela que eu estou decorando no momento...
PS3: para mais TingTings, clique aqui e acesse o site oficial...ou clique aqui para a página da dupla no MySpace.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A arte de dar satisfação


Hoje passei por aqui para isso, dar satisfação aos queridos que não se cansam de ler as minhas postagens por aqui. Sumi um pouco (ok, eu sumi bastante...), mas foi por uma boa causa, aulas começando, trabalhos para pensar e executar...fora mil e um pensamentos que não param de rodar na minha cabeça...

Enfim, estou preparando um post sobre a minha mais nova mania, a dupla inglesa The Ting Tings, indicada ao VMA (infelizmente não ganhou....) e que desbancou a Rainha do Pop (que já teve seu post por aqui) da primeira posição das paradas britânicas.

Espero colocar esse texto por aqui até sexta-feira, mas se não o fizer não fiquem bravos comigo ok? rs...

PS1: um dia eu vou aprender a viver sem esses ps...
PS2: ganhei mais dois selinhos lindos da Carol...! Carioquita, muito obrigada viu? Repasso ambos para a Bia...!
PS3: assunto para um post futuro – a revista Imprensa desse mês veio com a seguinte chamada de capa “Blogueiro não é jornalista”. Posso saber por que? Vou ler a matéria e depois comento por aqui
PS4: responderei os comentários do último post aos poucos, conforme o tempo colabore comigo... estou com saudade de todos os blogs amigos...!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Jornalista


Tenho à minha frente uma tela em branco que necessita ser preenchida. Tenho mentes com necessidade de conhecimento, informação. Todos precisam de informação.


Tudo teve ser claro, direto, conciso. E isso é o que não consigo. Não que eu goste de enrolar as pessoas, não mesmo. De gente deste tipo a profissão já está cheia. Eu só queria ter tempo para me explicar, me estender. Conversar com o leitor.


Traços em meu pulso que se movem com rapidez de cavalo de corrida. Os ponteiros do relógio avançam sem dó nem piedade. Sim, sem dó nem piedade! Não venha me impedir de usar ditados e clichês, aqui eu posso. A profissão é um clichê, por que não posso usufruir disto?


Tantas coisas pra fazer e o tempo não para, como já nos contara Cazuza. E o frio, que normalmente aumenta minha vontade de trabalhar, está me deixando com sono. Entretanto não posso ter sono, tenho que ter força, atitude, ação, matérias escritas até o fim do dia. Tenho que ter café.


Trabalhador. Sou trabalhador, sou cidadão, sou urbano. Vou ao shopping, faço faculdade, uso mochila nas costas. Crio cães, falo ao telefone, beijo, brigo com minha irmã mais nova. Sou gente, sou humano.


E como humano necessito de informação para sobreviver. E como jornalista vou ter que ir até ali buscar a informação e já volto...

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Zohan - O agente bom de corte

Difícil escrever sobre este filme…eu poderia ficar aqui falando bem da atuação de Adam Sandler (que eu particularmente gosto muito), mas estaria mentindo. Eu poderia também xingar toda a baboseira de que nos Estados Unidos existe igualdade entre os diferentes povos imigrantes, e acabaria mentindo também...


Acho que seria bem mais fácil colocar uma breve sinopse do filme do que contar como me senti ao vê-lo, mas isso não vai rolar. Leia o que vem a seguir do modo mais crítico possível, afinal, só porque pra mim a melhor parte de ter assistido Zohan foi comer pipoca e Doritos com cheedar não significa que o leitor também não vai gostar.

Zohan é um temido soldado israelense, contudo seu grande sonho é tornar-se um famoso cabelereiro. Suas maiores inspirações são Paul Mitchell e Mariah Carey. Ao revelar a seus pais seu desejo de sair do exército faz os dois cairem na risada e taxa-lo como gay. Sendo assim, forja sua própria morte (uma gaivota fica segurando sua mala em um local estratégico...!) e vai para os Estados Unidos.

Recusa-se a trabalhar em qualquer “lujinha” dos seus conterrâneos. Sua vontade de ser um cabelereiro de sucesso supera a de ter dinheiro. No fim das contas acaba arrumando um emprego de faxineiro no salão de beleza de uma palestina, Dalia.

O roteiro do filme foi escrito por Robert Smigel (Saturday Night Live), Judd Apatow (Superbad, O virgem de 40 anos) e o próprio Adam Sandler, que transformou seu personagem em uma verdadeira máquina sexual. Convenhamos que o ator não tem a menor cara de garanhão (ele combina mais com o tipo fofo, ao estilo de Como se fosse a primeira vez), logo não convence.

Enfim, não vou ficar contando o final do filme...e sinceramente acho que vocês poderiam ler isso na sinopse ao invés de gastar tempo e dinheiro indo ao cinema. O filme está cheio de estereótipos e piadas que ofendem mais do que fazem rir, fora o sotaque isralense totalmente excelente de Sandler.

P.S.1: ainda gosto do Adam Sandler, mas prefiro vê-lo em O Paizão e Como se fosse a primeira vez...aliás, uma boa idéia para o leitor: alugue os dois filmes, faça uma pipoca de microondas e fique em casa que é melhor...
P.S.2: eu acho que o Doritos com cheedar merece um post só pra ele...pesado (óbvio) mas uma delícia!
P.S.3: eu não sei o que é pior, o título original do filme (You don’t mess with the Zohan) ou a versão brasileira. Ninguém merece...

domingo, 17 de agosto de 2008

Ataque gastronômico IV

Bom, faz um tempo que eu não tenho um de meus ataques por aqui...e nada melhor do que um doce para me reanimar a falar de comida!


Petit gateau em francês quer dizer “pequeno bolo”. Qualquer pequeno bolinho. Qualquer bolinho é petit gateau! Enfim, foi com esse nome que a sobremesa composta de bolo de chocolate com recheio cremoso e sorvete fez e faz sucesso no mundo inteiro.

E como os franceses fazem quando querem comer um petit gateau? Pedem um Moelleux au Chocolat, ou Mi-cuit. Chique né? Mas vamos falar de como essa delícia chegou até nós. Ou não, afinal não se sabe bem ao certo como surgiu o petit gateau. Tudo indica que a sobremesa surgiu de um erro (realmente, é errando que se aprende...). Alguém tirou os bolinhos de chocolate do forno antes do tempo e teve essa tentadora surpresa!

Foi na década de 1990, em Nova York, que o moelleux virou petit gateau, chegando ao Brasil cerca de cinco anos depois. Uma coisa é certa: é uma sobremesa que encanta e delicia pessoas ao redor do mundo inteiro! E por falar em coisas certas, mais uma pra vocês: se você vai pedir petit gateau depois do almoço, não exagere. Por mais tentador que seja, não peça esse doce depois de uns pedaços de lasanha ou de um churrasco. O petit está só no nome; estamos falando de uma sobremesa pesada.

PS1: para quem quiser fazer o petit gateau em casa, clique aqui e pegue a receita.
PS2: sabiam que o chantilly também foi resultado de um erro? Errar é humano, comer doces também...
PS3: pois é, mais um post pequenino...essa tal de “volta as aulas” faz com que eu não me dedique ao blog tanto quanto gostaria...
PS4: ...mesmo assim, espero que vocês estejam gostando!
PS5: ganhei dois selinhos novos...eeeee!!! Obrigada Carol, minha carioca favorita...! rs
Repasso ambos para Bruna e Thiago..!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Um dia na vida de uma garota indecisa


Hoje estou sem assunto. Não li os jornais, não liguei a televisão. Nem meu orkut eu vi direito. Hoje estou sem assunto.

Hoje acordei com sono. Você já acordou com sono? Essa ausência de descanso logo pela manhã me incomoda até agora. Hoje acordei com sono.

Hoje conversei pouco. Talvez seja por causa do sono já mencionado. Fiquei no meu canto e só abri a boca quando necessário. Hoje conversei pouco.

Hoje comi muito. Contudo comi somente doces e coisas gordurosas. Não comi nada saudável, o que explica o meu temperamento pouco saudável. Hoje comi muito.

Hoje falei com Deus. Na verdade, fiz isso há algumas horas atrás. Parece que esta conversa está começando a fazer efeito. Falei com Deus, e foi bom.

Sim, meu dia foi bom. Não me entreguei a pressa internauta, acordei cedo, medi cada palavra que disse, comi chocolates e falei com Deus. Sim, foi um dia bom.

E amanhã, como vai ser?

domingo, 10 de agosto de 2008

Foxboro Hot Tubes

Sucesso no MySpace, esta banda californiana de punk rock está conquistando fãs ao redor do mundo com sua música estilo anos 60, um rock de garagem mesmo. O CD Stop Drop and Roll!!!, recentemente lançado pela Warner, vem em uma capa idêntica as dos antigos LP’s.



Ninguém pode dizer que nunca ouviu falar dessa banda. Pelo menos por seu outro nome ela é conhecida mundialmente. Qual é a outra cara do Foxboro? Bom, na verdade eles que são a outra cara do Green Day, que consegue reinventar o punk muito bem.

Reconhece-se facilmente a voz de Billie Joe Armstrong (agora Reverend Strychnine Twitch) nas músicas do Foxboro Hot Tubes. A banda no entanto se esforça para ter um estilo diferente ao do Green Day. Em parte relembrar Dookie (seu álbum de maior sucesso) e suas primeiras influências, mas no geral afastar a idéia comercial que tomou conta da banda com o último CD, American Idiot. Billie Joe disse em entrevista que “a única semelhança entre o Green Day e o Foxboro Hot Tubes são os integrantes”.

A primeira aparição da banda na cena musical foi em dezembro do ano passado, e desde então surgiram os boatos de que Foxboro Hot Tubes poderia ser a outra face do Green Day. No início de abril acabou o mistério. Stop Drop and Roll!!! foi lançado este ano, no dia 20 de maio (meu aniversário...rs). De acordo com a banda, suas principais influências vieram de Sex Pistols, Iggy Pop e The Smiths. Dentre as músicas de maior destaque, estão “Mother Mary” e a música-título do CD.

PS1: para compensar o post anterior, fiz este menor...rs
PS2: deveria ter postado antes mas não sei o que aconteceu com o login do Blogger...enfim...
PS3: para quem quiser escutar as músicas do Foxboro Hot Tubes, clique aqui e acesse a página deles no MySpace.
PS4: a culpa desse post é do jornal Folha de S. Paulo...
PS5: ...se bem que eu sou muito suspeita pra falar isso. Sou fã declarada do Green Day, e agora também do Foxboro!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Turma da Mônica

Acho que não sou a única que passou a infância entre as árvores e histórias do bairro do Limoeiro... Como recordar é viver, abrace seu coelhinho azul (ou seu plano infalível...) e vamos comigo por esse post!


Tudo começou a quase 50 anos atrás. Em 1959, Maurício de Sousa era repórter policial (!!!) do jornal Folha da Manhã (atual Folha de S. Paulo). Certo dia ele ofereceu aos seus redatores uma tirinha sobre um cachorro e seu dono – Bidu e Franjinha.

Suas tirinhas começaram a ser publicadas no jornal e no ano seguinte ganharam um personagem principal. Estou falando de alguém com apenas cinco fios de cabelo e que troca o “r” pelo “l” na hora de falar. Exatamente: Cebolinha acabava de surgir, mas na época ele não contava com o que viria a seguir...

Cebolinha é um menino esperto e brincalhão. Foi inspirado em um amigo que Maurício teve na infância, em Mogi das Cruzes. Mora com os pais e a irmã mais nova, Maria Cebolinha. Também tem um cachorro de estimação, o Floquinho.

Em 1961 Cebolinha conheceu seu melhor amigo, Cascão. Um garoto com “mania de sujeira” e fanático por futebol (torcedor fiel do Corinthians). Namora a Cascuda. Tudo ia muito bem até que Maurício apresentou ao público a irmã mais nova do personagem Zé Luis...

Mônica entrou em cena, e a roubou! A personagem, criada em 1963, fez tanto sucesso que deixou de ser simplesmente a encrenqueira irmã mais nova do Zé Luis para se transformar em personagem principal. Inspirada em uma das filhas de Maurício, Mônica tem uma personalidade bem antagônica; por um lado é uma menina forte, que não leva desaforo para casa, mas por outro é romântica e morre de medo de insetos.

No mesmo ano em que foi criada, Mônica conheceu sua melhor amiga (e minha personagem favorita...!): Magali. Também inspirada em uma filha de Maurício, é meiga e extremamente comilona. A Magali real conseguia comer uma melancia inteira quando criança, e essa carcterística foi emprestada a personagem. Ela tem um gato de estimação chamado Mingau e namora Quinzinho, o filho do dono da padaria.

A turminha saiu dos jornais em 1970, quando foi lançada a primeira revista Mônica. Dois anos depois saiu a revista Cebolinha. Acho que ele ficou tão inconformado de ter sido criado primeiro e ganhar uma publicação depois que não parou mais de criar planos infalíveis contra a Mônica, sempre convencendo o coitado do Cascão a participar também...

Hoje podemos encontrar a Turma da Mônica não só no gibi, mas em filmes, livros, brinquedos e outros tantos produtos que levam a assinatura de Maurício de Sousa. Esse mês tem Bienal do Livro, onde será lançada a revista Turma da Mônica Jovem, com os personagens adolescentes e um estilo semelhante ao do mangá (no AnimeFriends deste ano, os leitores já puderam conferir a edição número 0). Para mim, Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali, Chico Bento, Tina, e tantos outros personagens são eternos. E você, o que me diz?


PS1: depois de escrever um post grande desses eu ainda tenho paciência para escrever esses PS’s? Com certeza...!
PS2: para quem ficou curioso, clique aqui e veja como ficou a Turma da Mônica Jovem.
PS3: culpo o jornal Folha de S. Paulo pelo nostálgico post de hoje.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O que é auto-escola

Dentro de poucos meses completarei um ano dirigindo. A vida sobre quatro rodas trouxe novas experiências, alegrias e tristezas.



Acho que tudo começa quando se decide aprender a dirigir. Pode até não parecer, mas este é um grande passo na vida de uma pessoa. Ela está prestes a sair do mundo dos pedestres em busca de uma nova realidade.

Interessante ver como as pessoas abominam o CFC. Não, não estou falando do gás que abre buracos na nossa camada de ozônio...(esse sim é abominável!). Refiro-me ao Curso de Formação de Condutores, que é considerado pedante e desnecessário por alguns futuros motoristas.

Tenho sincero medo desses motoristas...No CFC aprendemos a teoria a ser colocada em prática nas ruas. É claro que parte do conteúdo ministrado é óbvio, e que as aulas de direção defensiva poderiam ser menos chocantes. Contudo não devemos tomar essa parte pelo todo.

Curso concluído, prova teórica realizada. Está na hora de começar a dirigir, de finalmente conhecer o carro não mais como passageiro. Hora de saber onde liga a seta, como engatar as marchas corretamente, estacionar a um palmo de distância da guia e não deixar o carro morrer (muito).

Sem esquecer da baliza, lógico. Esse medo que circunda a última parte da prova prática de direção é algo universal. São aulas e aulas memorizando pontos específicos do espelho, girando o volante incessantemente (quem precisa de academia?) e aguardando na fila de carros aprendizes a sua vez.

Enfim, é chegado o dia da prova prática. Como não fui aprovada de primeira (nem de segunda) tenho algumas histórias para contar. Tudo começa no ir para a avaliação. Quando pessoas diferentes encontram-se em situações semelhantes, se estabelece um vínculo. De uma coisa não posso reclamar: sempre tive com quem conversar enquanto esperava para fazer a prova.

Pode demorar, mas sua vez chega. Hora de entrar no carro e conversar brevemente com seu instrutor, cuja obrigação é tentar deixar você mais calma. Porém o meu instrutor sempre parecia mais nervoso do que eu, e nervosismo pega pelo ar. Quando fui aprovada não estava com o meu instrutor. Entretanto não vou aqui culpá-lo por minhas falhas, isso seria simples demais.
Sai o instrutor, entra o fiscal. É dada a largada! Mas vá devagar, é proibido engatar a terceira marcha durante a avaliação. Testa-se tudo: ladeira, rotatória (que muitos motoristas veteranos desrespeitam), estacionamento e, por fim, baliza. Agora é esperar pelo resultado, se bem que podemos conclui-lo pela cara do fiscal ao sair do carro. Na terceira tentativa ganhei o esboço de um sorriso. E minha permissão para dirigir.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Ataque gastronômico III

Já deixei bem claro por aqui o quanto sou apaixonada pela Pixar...e também por gastronomia... E quando surge um filme que une as duas paixões eu me realizo!


Mas você leu direito; hoje é dia de ataque gastronômico, não de crítica de cinema. Vou falar do ratatouille prato, não do filme.


Imagine várias famílias camponesas, simples e que vivem do que produzem. Sim, remonte seu pensamento para a Europa do século XVIII, que ainda não foi atingida pelo Iluminismo. Como só podem contar com o que tem, essas pessoas criaram um prato cujos ingredientes principais eram colhidos na horta de casa: berinjela, tomate e pimentão.


Sim, o prato degustado pelo temido crítico Anton Ego estava nascendo. O nome ratatouille pode até lembrar Remy ou qualquer outro rato, no entanto significa "picar, triturar" ou "ragoût (guisado) de legumes".


A receita típica de Provence (na França) pode ser tanto uma entrada sofisticada quanto um prato principal que agrada em sua sutileza. Pode ser servido quente ou frio.


PS1: eu fiquei um tempão procurando uma figura do Remy preparando o ratatouille, mas não achei. Vai essa mesmo então...

PS2: caso você esteja a fim de preparar esse típico prato mediterrâneo, clique aqui e pegue a receita.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Madonna

Uma jovem metida, que brigava com a madrasta, largou a faculdade e foi embora de casa. Destino: Nova York, com escalas em todos os nossos rádios.


Acho que até aquele cara doido da novela (que mora no meio do mato e acredita em aliens) sabe quem é Madonna Louise Ciccone, que nem de longe parece estar prestes a completar 50 anos (16 de agosto é seu happy birthday). Colecionando sucessos ao longo da carreira, a rainha da pop music chega ao Brasil em dezembro, com shows no Rio e em São Paulo.

Minha intenção aqui não é fazer uma cobertura super embasada sobre a nova turnê de Madonna. Venho sim discutir porque essa mulher tomou conta de nós dessa forma. E nem adianta dizer que não; se você a odeia é sinal de que ela não passou despercebida.

Há 25 anos atrás Madonna lançou seu primeiro disco, que leva seu nome como título e traz o sucesso Holiday, presente em todas as turnês da cantora. A crítica pode falar o que quiser, mas Madonna só conseguiu me conquistar em seu quarto álbum, Like a Prayer, lançado em 1989.

Com canções mais maduras, Like a Prayer reflete muito a vida pessoal e os desejos da cantora de Detroit. Contudo é de Madonna que estamos falando, e a sua sombra chama-se polêmica. O clipe da música título do disco se passa dentro de uma igreja, onde ela sonha com um santo, que se transforma em humano e a beija. A Igreja Católica, óbvio, não poupou comentários...

Não importa o tempo, o lugar e a situação, certamente Madonna marcou sua vida de alguma forma. Mais uma vez: mesmo que você tenha ataques de fúria ao escutar suas canções, de 4 Minutes a Like a Virgin...Você tem um momento Madonna pra contar, e eu sei disso! rs

PS1: para aqueles que quiserem saber mais sobre a Madonna, cliquem aqui. Esse site é bem completo.
PS2: Nadezhda, tomei a liberdade de responder o seu meme...rs. Quem ficou curioso pra saber o que raios é um meme e porque ele tem a ver com o assunto do post, clique aqui e visite a minha página de testes.
PS3: ficou com vontade de ver o clipe de Like a Prayer né? Clique aqui então...
PS4: culpo a revista Rolling Stone desse mês pelo post de hoje.

domingo, 27 de julho de 2008

O que é ansiedade



As horas não se importam em ficar para o chá. O tempo demora a passar e a noite está a anos-luz da minha realidade.


Já consigo visualizar sua cara, meu caro leitor. "Outro texto sobre o tempo..." Hoje terás a explicação para isso: esta que vos fala (ou melhor, escreve) tem um sério problema de ansiedade.


Juro que fiz terapia por muitos anos, tomei remédios, contudo de nada adiantou. Sigo esperando o tempo passar. Pelo menos estou parando de roer as unhas...


Um novo compromisso na agenda. É o suficiente para me fazer ficar com o pensamento longe. Contar as horas e os minutos (e às vezes até os segundos) para mim não é novidade. Faço isso como quem escova os dentes.


De mim a serenidade passa longe. Pareço louca e imagino que serei assim para sempre. Esta pessoa que não consegue dormir sem antes pensar em como será o amanhã...

terça-feira, 22 de julho de 2008

Ataque gastronômico II

Não interessa que já passamos da época de Páscoa...falar de chocolate é sempre bom!





No ataque gastronômico de hoje, vamos falar dos principais tipos de chocolate. Digo principais porque essa indústria está sempre inovando, com novos ingredientes e milhares de opções para todos os gostos.

E já que estamos falando de gostos, vou colocar o meu chocolate favorito em cada uma das categorias, exceto a primeira....

Chocolate hidrogenado: leva gordura hidrogenada em vez de manteiga de cacau. Derrete facilmente e seu sabor e textura são inferiores aos dos outros chocolates (descobriu por que eu não tenho um favorito nessa categoria?).


Chocolate ao leite: a massa de cacau é substituída em parte por leite em pó. Tem sabor mais adocicado. Meu favorito – Hershey’s Ao Leite


Chocolate meio-amargo: tem grande concentração de massa de cacau e pouco açúcar. Não contém leite. Meu favorito – Lindt


Chocolate branco: contém manteiga de cacau ao invés de massa de cacau. Meu favorito – Laka

Complicado mesmo é escolher qual desses tipos de chocolate eu gosto mais...!

Por hoje é só...bom apetite a todos!

P.S.: gostaram do novo layout? Tudo que eu faço no Minha Penna, tenho que fazer aqui também...rs

domingo, 20 de julho de 2008

Trans-portas



Você já ficou preso em uma porta? Talvez o dedão, quem sabe na porta do carro...Pense na dor que sentiu. Imagine-a no corpo inteiro, você totalmente preso à porta.

Tantas coisas passam pela nossa cabeça em um segundo. Flashes fotográficos de nossa vida, agenda, ou aquele pedaço de ovo de chocolate que sobrou na geladeira. Porém, devemos nos manter atentos ao que acontece a nossa volta.

Isso não aconteceu com aquele senhor, preocupado com seus afazeres e horários, tanto que não ouviu o som encerrador das portas do trem. Preso a porta, em segundos foi solto pela atenta moça que conduzia. Mas o que passou aquele homem enquanto estava na porta? Desespero, dor, fim?

Sentimentos diferentes dos que aquela moça sentiu ao ver seu braço preso à porta do ônibus. O motorista desatento pensou que ela já houvesse descido. E, naquele momento, ela não sentiu desespero ou dor, muito menos pensou que poderia ser seu fim: sentiu raiva. Xingou o motorista, gritou, gesticulou furiosa com o braço que não desembarcou. A porta se abriu e a gritaria cessou.
Quem teve razão nessas histórias? E quem não teve?

Portões
Portas
Protegem?
Privam?
Não, simplesmente trancam e separam.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Se essa rua, se essa rua...fosse minha?


Li uma matéria esta tarde sobre nomes de ruas e fiquei pensando... pode ser muita pretensão de minha parte (muita MESMO), mas e se um dia houvesse uma “rua Carol Porne”, uma alameda, ou até uma viela quem sabe...?

Normalmente as pessoas que dão nome as ruas já descansam em paz...e creio que é por isso que passam a nomear essas extensões de asfalto. Eu, gozando de plena sanidade mental (será mesmo?), não aceitaria dar nome à uma rua.

Ok, entendo a questão da homenagem e tal, mas pense comigo: você está no ônibus, duas pessoas estão conversando no banco à sua frente e uma diz:
- Ah, fulana querida terminei ontem a mudança para a casa nova!
- Sério flor? Onde você ‘tá morando agora?
- Na avenida __________ (complete o espaço com seu nome).

Eu não ia curtir tanto assim que meu nome fosse desapropriado da condição de substantivo próprio pessoal e se transformasse em mais uma linha do guia de ruas da minha cidade. E a vergonha de passar pela rua?

Por mais que não houvesse mais ninguém na rua, EU teria a consciência de que aquele corredor de automóveis leva o meu nome. O meu nominho, que papai escolheu com tanto carinho...estampando uma placa azul no topo de um mastro cinza, que será entortado por um carro/caminhão/agentes naturais depois de alguns anos (se bem que com a lei seca as duas primeiras possibilidades estão bastante reduzidas...).

Acho que se for para ser imortalizada um dia, vou querer outra coisa. Abro este espaço então para a criatividade...que tal um blog in memorian? rs

P.S.1: no próximo post creio que discutirei um pouco a lei seca...afinal todo mundo só sabe falar nisso, e na minha cidade nem tem bafômetro...! (a pior parte...é que é verdade...)

P.S.2: foto de um lugar por onde não tenho passado ultimamente...as férias me tiraram de São Paulo...

P.S.3: ganhei um presentinho...obrigada pelo selo Nando!

sábado, 12 de julho de 2008

Revistas e mais revistas

Férias para mim sempre significaram ficar sem fazer nada, e quando eu digo nada é nada mesmo! Acordar quando bem entender, empanturrar-se de doces (quanto mais chocolate melhor...!) e comprar revistas.




As revistas sempre fizeram parte das minhas férias desde a chamada pré-adolescência. Só que, obviamente, na época eu comprava revistas diferentes das que eu compro hoje. Ia até a banca de jornal na esquina de casa e gastava a minha mesada em publicações com os pôsteres dos artistas que eu gostava e repletas daqueles testes do tipo "Será que o gatinho está a fim de você?". Achava o máximo.


Com catorze (ou quatorze, você escolhe...) anos de vida, fui passar metade das minhas férias de julho na casa de minha avó, uma senhora aficionada por palavras cruzadas e crochê. Como nunca tive o dom para trabalhos manuais, fiquei com as cruzadas mesmo. Fui até a banca localizada na frente do mercadinho e comprei duas revistas, que resolvi quase inteiras em um dia.


Entrando no Ensino Médio e já sabendo que queria ser jornalista, comecei a comprar revistas informativas e a assinar a Veja, que eu nunca gostei muito. Gostava mesmo era da Veja São Paulo, com seus filmes, suas peças, seus restaurantes e crônicas. Acho que foi por isso que vim parar nesse blog...rs


As revistas sempre me atrairam e me divertiram. E existem em todos os tipos, para todos os gostos. Se uma semana quero voltar a ser adolescente, enfio meu nariz em uma revista cor-de-rosa. Se quero ser intelectual, compro uma daquelas bem filosóficas...ou a Seleções (Reader's Digest) que eu gosto mais. Se estou bem feminina, tenho mil e uma opções.


E agora, se me dão licença, tenho três novas revistas, que comprei ontem, para ler...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Jogo de Amor em Las Vegas


Essa história de querer virar crítica anda me consumindo...e me conquistando...! rs


Mas hoje é dia de curtir a crítica acompanhada de um balde de pipoca. E o filme em questão é Jogo de Amor em Las Vegas, que fui conferir na última segunda-feira.




Comédia romântica que tenta fugir do clássico, dos lugares comuns. Contudo, desde os tempos bíblicos o filho pródigo sempre volta a casa, logo o filme tem alguns clichês sim, como piadas forçadas para a pessoa do sexo masculino que você, depois de muito esmero, convenceu a assistir o filme, também possa dar risada.


Joy McNully, personagem de Cameron Diaz, trabalha com ações e esta noiva de um publicitário que não a acha boa suficiente para ele (metido...). Ela, consciente disso, tenta de todas as formas agradar o namorado, mas ele termina tudo com ela. Para esquece-lo, ela decide viajar para Las Vegas, onde conhece Jack Fuller.


Interpretado por Ashton Kutcher, esse marceneiro conseguiu a proeza de ser demitido pelo próprio pai. Sem rumo, pega a estrada e pretende afogar as mágoas em Las Vegas. Depois de muito beberem, dançarem e caírem, eles acabam se casando (!!!).


No dia seguinte estão determinados a se recuperar da ressaca e anular o casamento. Entretanto a sorte "vegas style" surge; Jack ganha três milhões de dólares em uma máquina caça-níqueis e, agora que está casado, deve dividir tudo com Joy. O clima fica obviamente tenso e eles acabam condenados a...seis meses casados, morando juntos. Se cumprirem a sentença, terão o dinheiro repartido igualmente entre eles.


Não importa o quanto o filme seja divertido, eu ainda acho que ele imita descaradamente o final da quinta temporada de F.R.I.E.N.D.S., em que todos vão para Las Vegas e Rachel acaba casada com Ross. A base é a mesma mas, graças a Deus, os roteiristas e produtores tiveram a bondade de me contar uma história nova. Se fosse igual eu ia sair da sala escura muito nervosa, não pela falta de criatividade, mas pela cópia de um seriado que eu simplesmente amo.



Se recomendo o filme? Sim. Se ele é excelente? Não, mas em uma tarde de domingo acompanhada (sim, assistir esse filme só não é uma boa...estamos falando de uma comédia romântica aqui), esse lançamento cai muito bem.

domingo, 6 de julho de 2008

Ataque gastronômico I


Hoje resolvi falar sobre palmito, um alimento que nem está na minha lista de favoritos. Contudo não falarei sobre qualquer palmito...

Existem três tipos de palmito: o açaí (sim, a árvore que produz esse fruto é da mesma família da árvore do palmito), o juçara (básico, encontrado nos mercados em conserva) e o pupunha. Por que o pupunha não teve parênteses? Porque ele merece um post inteiro.

O palmito pupunha é típico da Amazônia e está se tornando cada vez mais popular tanto em mesas brasileiras quanto estrangeiras. Tem sabor suave e é extremamente versátil. Já imaginou doce de palmito? Pois existe!

Este tipo de palmito é mais barato que o palmito juçara, e eu digo o porquê. A árvore que produz o juçara demora de 8 a 12 anos para alcançar o chamado "tamanho de corte" e, quando o palmito é extraído, a árvore morre (fundo musical dramático...). Já a árvore que produz o pupunha pode alcançar o ponto de corte em menos de dois anos e após a extração do palmito ela ainda pode reproduzir, crescer e produzir mais.

Pois bem, o movimento em prol do palmito pupunha começou! Ainda mais sabendo que a árvore que produz o juçara está entrando em extinção... (um pouco mais do fundo musical dramático...).

Bom apetite a todos!


*ataque gastronômico provocado por matéria da revista Prazeres da Mesa de Junho/2008.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

A espera e as unhas


Currículos se espalham pela rede na velocidade da luz. Ao final do dia você nem sabe para quem o mandou. Dias de espera, roendo as unhas e comendo chocolate, como todo ser humano. Enfim, aquela amiga que nem sabia da sua infindável busca por uma ocupação minimamente rentável, te liga. Oportunidade à vista, é marcada a entrevista!
Entrevistas são estranhas. Uma simples conversa com alguém pode te deixar sem dormir. Você tem uma folha de papel para resumir tudo o que você já fez de útil (ou pelo menos considera útil) na sua vida.
Enquanto esperava o ponteiro do relógio marcar três horas, fiquei olhando meu currículo. Meu nome em letras grandes. Os conhecimentos que tenho ali listados. Os lugares onde trabalhei, os trabalhos que fiz. Senti como se olhasse para uma bula de remédio, que não me informava quais eram os efeitos colaterais de ser eu mesma.
Cheguei um pouco mais cedo do que o esperado. Fiquei com medo de me perder. E agora estou aqui, perdida nos meus pensamentos enquanto espero "O Entrevistador". Como será que ele é? Educado ou rabugento? Alto ou baixo? Divertido ou sério? Falante ou retraído? A idéia de ter que lidar com alguém que você nem imagina quem seja, e que também não faz idéia de quem você é, me assusta um pouco.
Enfim, três horas. A recepcionista me oferece um café. Eu recuso. Uma água? Recuso também. Olho para as minhas mãos; nada de unhas. Somente aqueles dedos feios que embebem o currículo de suor. Coloco o currículo de volta na pasta. Ajeito o cabelo e os brincos, que não se cansam de entrar na gola alta da minha blusa. Rosa. Será muito infantil vir a uma entrevista de preto e rosa? Acho que estou ficando paranóica...
Uma sombra surge no corredor. "O Entrevistador"? Sim, é ele. Conduz-me a uma sala e conversa comigo por meia hora. Faz perguntas sobre cada linha do meu currículo, cada linha da minha vida. Eu respondo pesando cada palavra antes de deixar que ela escorregue da minha boca. Acho que estou falando pouco. E saio da sala achando que falei demais.
Recebo a notícia de que terei uma resposta na semana que vem. Vou para casa, metrô lotado. Chego, desço do salto e da pose de "contrate-me". Visto o moletom. Descanso o corpo e a mente, e os preparo para a ansiedade que está por vir. Mais uma vez olho para as mãos. Nada de unhas.

domingo, 29 de junho de 2008

Antes de dormir


Ela encostou a cabeça no travesseiro e puxou o cobertor para cima de si. Fechou os olhos, contudo naquele exato momento as portas de seu pensamento se abriram.

Todo o seu dia passou em cuidadosa revista por sua mente. Do acordar até a pilha de papéis em constante evolução na sua mesa. Do almoço com a amiga ao jantar solitário em sua cama.

Reviu todo o capítulo da novela. Sentiu todos os arrepios da conversa com o amigo, que para ela poderia ser bem mais que amigo. Sentiu-se adolescente de novo. Sorriu no escuro.

Virou para o outro lado e se concentrou em dormir. Viu que a tinta da parede começava a descascar. Amanhã ligaria para o seu Joaquim, o pintor. Começou então a repassar toda a sua agenda para o dia seguinte. Acordar, voltar a dormir, acordar atrasada, tomar banho, sair sem comer, chegar ao trabalho, almoçar, voltar a trabalhar, passar no mercado, voltar para casa, tomar outro banho, jantar, assistir a novela, checar os emails e dormir. E lembrar de ligar para o seu Joaquim.

Abraçou o travesseiro. Pensou novamente no amigo. Teve medo de seu sentimento não ser correspondido. Novamente se sentiu com quinze anos, e concluiu que sua coragem não havia aumentado com o passar dos anos. Sentiu-se fraca e sozinha.
Mas nessa fraqueza Morfeu a conduziu para um mundo sem agendas, sem compromissos, sem solidão.

sábado, 28 de junho de 2008

Wall-E

Inaugurado oficialmente o Cronnicas de Carol (digo oficialmente porque o post abaixo foi meio “café com leite”...). E, para começar, vamos falar de cinema!



Ontem fui conferir o mais novo sucesso da Pixar, Wall-E. E digo sucesso devido ao tema do filme (lá venho eu com minhas causas ambientalistas...) e também pelo fato de ser Pixar, e tudo que vem deste estúdio eu simplesmente amo!


É certo que não faz muito sentido uma empresa do porte da Disney lançar um filme com a crítica que Wall-E tem, mas acho que na situação atual (em que aquecimento global é a resposta para qualquer pergunta) todo mundo está querendo se fazer de “bom moço”. E o novo longa-metragem consegue passar esta mensagem crítica perfeitamente, além de divertir.


Vale acrescentar que quando eu digo “divertir” refiro-me a adolescentes e adultos. No momento em que os créditos finais surgiram na tela pude observar vários pais acordando seus pupilos, que dormiram ao som do musical “Hello Dolly”, o favorito de Wall-E.


Imagine ser o último robô de um planeta em degradação? A solidão também é abordada em Wall-E, que vê em Eva (no inglês, Eve) sua única chance de um contato com alguém. No começo ela não dava muita bola para ele, mas nós mulheres somos assim mesmo, difíceis...


Não vou ficar aqui contando a história do filme. Recomendo a todos que puderem assistir que se dirijam até o cinema mais próximo e confiram este filme maravilhoso. Contudo, fica aqui o alerta: nenhum sinal de diálogo profundo na primeira hora de filme e você sairá da sala com sincero medo do que nossa sociedade pode se transformar se continuar do jeito que está.

*agradecimento ao repórter especial Rafael Balago, que parece não se cansar de me ouvir falando besteiras...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Recomeçando

A vida é um eterno recomeço! Aqui estou eu inaugurando um novo blog, e espero que este resista às minhas tempestades de humor (quando canso do blog é difícil me fazer voltar atrás...). Nasce aqui então o Cronnicas de Carol (assim mesmo, sem acento e com dois “N”s...).

É óbvio que o blog ainda está em fase de teste e adaptação, porém já estou muito feliz com a carinha dele (dois anos e meio de Blog da_Carol – que não existe mais – e quase um ano de Minha Penna realmente valeram à pena...com o perdão do trocadilho...). A idéia do layout é inspirada no design clean do Minha Penna, só que o Cronnicas utiliza cores opostas (você já havia reparado nisso?) e traz em sua barra lateral informações que o outro blog não contém.

Como o nome pode sugerir, aqui o leitor não encontrará poemas (aaahhh...!) e sim fragmentos da minha vida e também algumas crônicas (inéditas e nem tão inéditas assim...) escritas por mim.
Bem-vindos ao meu novo cantinho! E não reparem a bagunça, por favor...



*sim, eu também apaguei o Toalha e Talher da face da blogosfera...quando eu tiver mais um ataque de crítica gastronômica, coloco o texto por aqui mesmo...