sábado, 25 de outubro de 2008

Vinte anos, vinte horas, cinco semanas e um dia

O tempo passa na velocidade em que se sente, por mais que os ponteiros do relógio insistam em dizer que não. Os ponteiros sempre giram na mesma velocidade, contudo a intensidade de cada intervalo temporal é subjetiva.




Vinte anos podem passar voando. Mais um aniversário chega, mais uma velinha para soprar. E o quanto nossa vida mudou ao longo desses anos? Se foi muito, certamente os anos passaram aceleradamente. Se caímos na rotina, vinte anos podem durar uma eternidade, em que se esquece o começo e já se sabe o final.

Vinte horas seguem a mesma idéia. Com quem você seria capaz de passar vinte horas initerruptas? Poucas pessoas, uma pessoa...as maneiras são diversas e para todos os gostos. Vinte voltas que o ponteiro dos minutos dá podem significar muito tempo, dependendo do que se faz e com quem se faz.

Cinco semanas. Cada dia uma batalha, ou cada dia uma alegria. Tudo depende da maneira como se administra o tempo ao longo dessas semanas. Se durante a semana cumprimos nossas obrigações, se aos sábados arrumamos um tempo para se divertir, se aos domingos visitamos os parentes ou recebemos visitas. Cinco semanas podem passar sem que se sinta, ou podem ser vividas com a intensidade de uma vida inteira.

Como já foi dito, cada dia pode ser uma batalha ou uma alegria. E hoje, quando olho ao redor e não vejo você ao meu lado, sei que será uma árdua guerra contra a saudade. No entanto, ainda nos restará uma vida inteira, ou mais cinco semanas, ou vinte anos...

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O ar de Paris

Ela estava em um dos cantos escondidos da exposição. Atrás de uma redoma de vidro se escondia mais vidro. A placa informativa ao lado dizia "O ar de Paris".




Em meio à tantas obras espalhadas aquela pequena garrafa chamou minha atenção. Como assim, o ar de Paris? Comecei a imaginar o artista em frente a torre Eiffel, abrindo a garrafa, aguardando alguns minutos e lacrando para sempre aquele ar parisiense. Comecei a pensar o quanto esse meu pensamento era ridículo. Comecei a pensar quantas pessoas pensaram o mesmo que eu e disseram "eu poderia ter feito isso. Isso não é arte!". Discordei delas.


Aquele objeto que eu olhava com tanta atenção não era qualquer garrafa cheia de ar, era O ar de Paris. E por um momento pude sentir o ar daquela cidade, mesmo que eu nunca tivesse estado lá. Os perfumes, as flores, os restaurantes mais estrelados do que o céu poluído da nossa cidade. Uma tosse me trouxe de volta ao museu, mas rapidamente retornei à capital da moda. Ouvi o farfalhar dos vestidos e senti o cheiro de tecido novo.


Pude quase sentir o gosto da champagne borbulhante. Senti a brisa tocar meus cabelos enquanto saboreava um croissant com café. Ah, o cheiro do café... Todos aqueles aromas não paravam de inundar minha alma. Até que, em um ato repetitivo, olhei para o relógio. Precisava ir embora do museu ou me atrasaria para outro compromisso. Não pude ver o restante da exposição, mas prometi a mim mesma que voltaria. Quem sabe voltaria à Paris também...


PS1: a obra "O ar de Paris" realmente existe. Foi feita por Marcel Duchamp em 1919, e uma réplica dela estava em exposição mês passado no MAM (Museu de Arte Moderna) em São Paulo. PS2: vou elaborar uma pequena revista sobre essa exposição como trabalho de Estética e História da Arte...achei que não podia faltar uma crônica...rs
PS3: nada como Edith Piaf de trilha sonora para se chegar a Paris em um piscar de olhos...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Casa da mãe Joana

Quando chamei meu pai para ir comigo ao cinema, a primeira pergunta que ele me fez foi: "essa p*** desse filme é legendado?". Meu pai detesta filmes legendados. Quando eu disse que não precisava se preocupar, uma vez que o filme é nacional, ele reclamou mais uma vez. "Se é nacional, deve ser uma m****!" (sim, meu pai é muito boca-suja...rs).



Enfim, já fui assistir ao filme com um certo receio. Particularmente gosto muito do cinema nacional (e acho que ele deveria ser bem mais incentivado do que é...), mas as críticas que havia lido antes sobre o filme não me animaram. Um elenco que prometia tanto...o filme não podia ser tão ruim...


E de fato não o é, se você já estiver acostumado com as comédias ao estilo "pornochanchada" que costumamos produzir por aqui...o sexo totalmente satirizado, ainda mais no personagem PR, interpretado por Paulo Betti, um "coroa de programa", o linguajar muitas vezes chulo...e, no caso de Casa da mãe Joana, uma verdadeira ode à esperteza, real fama dos brasileiros.


Quatro amigos se conheceram há muitos anos, numa noite de porre, e desde então nunca mais se separaram. Alguns se casaram e saíram dali, mas logo voltaram à esbórnia financiada por golpes. O filme começa justamente em uma joalheria, onde o grupo dá um golpe de 100 mil dólares. Contudo o mentor do plano (Pedro Cardoso) passa a perna nos três e vai para a Jamaica curtir a grana toda, sem dividi-la com seus parceiros de crime.


Com a chegada da ordem de despejo, a necessidade de conseguir dinheiro rápido aumenta...e a zona está armada! Tem de tudo: filha que ressurge do nada (e toca bateria), mãe que foge do asilo, um comendador gay...fora as "clientes" de PR...rs


PS1: e a semana de folga finalmente chegou...! Viva, viva...!
PS2: mas amanhã eu já tenho que começar a adiantar meus trabalhos da faculdade...é como dizem, alegria de pobre...
PS3: estou de blog novo, sobre música...cliquem aqui e conheçam..!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Desculpas e explicações / VMB 2008


Essa história de ser universitária, professora e blogueira dá trabalho... muitas coisas pra fazer e o tempo nem sempre colabora...



Enfim, mais uma vez estou aqui para dar satifação sobre o meu sumiço...estou correndo com as coisas da faculdade, tenho provas e trabalhos essa semana, fora que estou começando a elaborar o meu projeto de iniciação científica (sobre cinema...rs). Tenho reunião com o meu "possível professor orientador" hoje à tarde. Veremos o que acontece...

Preciso abrir um parênteses para comentar o VMB 2008, que aconteceu na última quinta-feira. Marcos Mion realmente perdeu a mão, e está se achando a última bolacha do pacote. Como se o VMB não existisse sem ele...



Este ano a palavra de ordem da premiação era interatividade. Eu (óbvio) estava assistindo pela televisão, acompanhando o blog pela Internet (e comentando...rs), além de ouvir as músicas da banda Garotas Suecas (eleita Aposta MTv e merecedora de um post só pra ela, que providenciarei em breve...). Fora respirar, piscar, pensar na vida...


Aí está uma característica que eu já tinha mas estou desenvolvendo...a capacidade de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. Nesse momento estou postando e ouvindo rádio, o que não é muita coisa...enfim, de volta ao VMB...! Na minha singela opinião, o NX Zero ganhou mais prêmios do que deveria (a gente sempre acha que vai ser Pela última vez, mas eles conseguem abocanhar mais um prêmio), a Dança do Quadrado era obviamente o webhit mais famoso e Chitãozinho e Xororó tocando com Fresno foi o cúmulo da fossa, contudo certamente foi um dos melhores shows, perdendo apenas para Vanessa da Mata e Ben Harper. Por falar em Chtãozinho e Xororó, a família Lima compareceu em peso esse ano no prêmio da MTv... Sandy apresentou nada mais nada menos do que a nova banda de seu irmão, Júnior Lima, Nove Mil Anjos.


Marcelo Adnet brilhou e sem sombra de dúvidas ganhou a noite. Junto com o inseparável Kiabbo, fez resumos hilários de cada bloco da premiação. Deu um banho de entretenimento e humildade em Mion.


Destaque também para a banda dos sonhos, com cozinha (bateria e baixo) do Paralamas do Sucesso, Chimbinha da Banda Calypso como guitarrista e Marcelo D2 no vocal. Simplesmente perfeito e, como deve ser, uma ode ao inusitado...!


PS1: estou meio sem tempo de passar nos meus blogs do coração... :( Semana que vem prometo colocar minhas visitas em dia e, como não sou política, cumprirei...!
PS2: por falar em política, minha cidade vai ter segundo turno...ninguém merece...
PS3: prepararei um post sobre o Garotas Suecas, com certeza...a banda é realmente excelente. Se bem que os meus ataques gastronômicos não acontecem há um tempinho considerável...e também preciso fazer outro post sobre cinema...enfim...
PS4: desejem-me sorte no meu projeto de iniciação científica...!