quarta-feira, 30 de julho de 2008

Madonna

Uma jovem metida, que brigava com a madrasta, largou a faculdade e foi embora de casa. Destino: Nova York, com escalas em todos os nossos rádios.


Acho que até aquele cara doido da novela (que mora no meio do mato e acredita em aliens) sabe quem é Madonna Louise Ciccone, que nem de longe parece estar prestes a completar 50 anos (16 de agosto é seu happy birthday). Colecionando sucessos ao longo da carreira, a rainha da pop music chega ao Brasil em dezembro, com shows no Rio e em São Paulo.

Minha intenção aqui não é fazer uma cobertura super embasada sobre a nova turnê de Madonna. Venho sim discutir porque essa mulher tomou conta de nós dessa forma. E nem adianta dizer que não; se você a odeia é sinal de que ela não passou despercebida.

Há 25 anos atrás Madonna lançou seu primeiro disco, que leva seu nome como título e traz o sucesso Holiday, presente em todas as turnês da cantora. A crítica pode falar o que quiser, mas Madonna só conseguiu me conquistar em seu quarto álbum, Like a Prayer, lançado em 1989.

Com canções mais maduras, Like a Prayer reflete muito a vida pessoal e os desejos da cantora de Detroit. Contudo é de Madonna que estamos falando, e a sua sombra chama-se polêmica. O clipe da música título do disco se passa dentro de uma igreja, onde ela sonha com um santo, que se transforma em humano e a beija. A Igreja Católica, óbvio, não poupou comentários...

Não importa o tempo, o lugar e a situação, certamente Madonna marcou sua vida de alguma forma. Mais uma vez: mesmo que você tenha ataques de fúria ao escutar suas canções, de 4 Minutes a Like a Virgin...Você tem um momento Madonna pra contar, e eu sei disso! rs

PS1: para aqueles que quiserem saber mais sobre a Madonna, cliquem aqui. Esse site é bem completo.
PS2: Nadezhda, tomei a liberdade de responder o seu meme...rs. Quem ficou curioso pra saber o que raios é um meme e porque ele tem a ver com o assunto do post, clique aqui e visite a minha página de testes.
PS3: ficou com vontade de ver o clipe de Like a Prayer né? Clique aqui então...
PS4: culpo a revista Rolling Stone desse mês pelo post de hoje.

domingo, 27 de julho de 2008

O que é ansiedade



As horas não se importam em ficar para o chá. O tempo demora a passar e a noite está a anos-luz da minha realidade.


Já consigo visualizar sua cara, meu caro leitor. "Outro texto sobre o tempo..." Hoje terás a explicação para isso: esta que vos fala (ou melhor, escreve) tem um sério problema de ansiedade.


Juro que fiz terapia por muitos anos, tomei remédios, contudo de nada adiantou. Sigo esperando o tempo passar. Pelo menos estou parando de roer as unhas...


Um novo compromisso na agenda. É o suficiente para me fazer ficar com o pensamento longe. Contar as horas e os minutos (e às vezes até os segundos) para mim não é novidade. Faço isso como quem escova os dentes.


De mim a serenidade passa longe. Pareço louca e imagino que serei assim para sempre. Esta pessoa que não consegue dormir sem antes pensar em como será o amanhã...

terça-feira, 22 de julho de 2008

Ataque gastronômico II

Não interessa que já passamos da época de Páscoa...falar de chocolate é sempre bom!





No ataque gastronômico de hoje, vamos falar dos principais tipos de chocolate. Digo principais porque essa indústria está sempre inovando, com novos ingredientes e milhares de opções para todos os gostos.

E já que estamos falando de gostos, vou colocar o meu chocolate favorito em cada uma das categorias, exceto a primeira....

Chocolate hidrogenado: leva gordura hidrogenada em vez de manteiga de cacau. Derrete facilmente e seu sabor e textura são inferiores aos dos outros chocolates (descobriu por que eu não tenho um favorito nessa categoria?).


Chocolate ao leite: a massa de cacau é substituída em parte por leite em pó. Tem sabor mais adocicado. Meu favorito – Hershey’s Ao Leite


Chocolate meio-amargo: tem grande concentração de massa de cacau e pouco açúcar. Não contém leite. Meu favorito – Lindt


Chocolate branco: contém manteiga de cacau ao invés de massa de cacau. Meu favorito – Laka

Complicado mesmo é escolher qual desses tipos de chocolate eu gosto mais...!

Por hoje é só...bom apetite a todos!

P.S.: gostaram do novo layout? Tudo que eu faço no Minha Penna, tenho que fazer aqui também...rs

domingo, 20 de julho de 2008

Trans-portas



Você já ficou preso em uma porta? Talvez o dedão, quem sabe na porta do carro...Pense na dor que sentiu. Imagine-a no corpo inteiro, você totalmente preso à porta.

Tantas coisas passam pela nossa cabeça em um segundo. Flashes fotográficos de nossa vida, agenda, ou aquele pedaço de ovo de chocolate que sobrou na geladeira. Porém, devemos nos manter atentos ao que acontece a nossa volta.

Isso não aconteceu com aquele senhor, preocupado com seus afazeres e horários, tanto que não ouviu o som encerrador das portas do trem. Preso a porta, em segundos foi solto pela atenta moça que conduzia. Mas o que passou aquele homem enquanto estava na porta? Desespero, dor, fim?

Sentimentos diferentes dos que aquela moça sentiu ao ver seu braço preso à porta do ônibus. O motorista desatento pensou que ela já houvesse descido. E, naquele momento, ela não sentiu desespero ou dor, muito menos pensou que poderia ser seu fim: sentiu raiva. Xingou o motorista, gritou, gesticulou furiosa com o braço que não desembarcou. A porta se abriu e a gritaria cessou.
Quem teve razão nessas histórias? E quem não teve?

Portões
Portas
Protegem?
Privam?
Não, simplesmente trancam e separam.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Se essa rua, se essa rua...fosse minha?


Li uma matéria esta tarde sobre nomes de ruas e fiquei pensando... pode ser muita pretensão de minha parte (muita MESMO), mas e se um dia houvesse uma “rua Carol Porne”, uma alameda, ou até uma viela quem sabe...?

Normalmente as pessoas que dão nome as ruas já descansam em paz...e creio que é por isso que passam a nomear essas extensões de asfalto. Eu, gozando de plena sanidade mental (será mesmo?), não aceitaria dar nome à uma rua.

Ok, entendo a questão da homenagem e tal, mas pense comigo: você está no ônibus, duas pessoas estão conversando no banco à sua frente e uma diz:
- Ah, fulana querida terminei ontem a mudança para a casa nova!
- Sério flor? Onde você ‘tá morando agora?
- Na avenida __________ (complete o espaço com seu nome).

Eu não ia curtir tanto assim que meu nome fosse desapropriado da condição de substantivo próprio pessoal e se transformasse em mais uma linha do guia de ruas da minha cidade. E a vergonha de passar pela rua?

Por mais que não houvesse mais ninguém na rua, EU teria a consciência de que aquele corredor de automóveis leva o meu nome. O meu nominho, que papai escolheu com tanto carinho...estampando uma placa azul no topo de um mastro cinza, que será entortado por um carro/caminhão/agentes naturais depois de alguns anos (se bem que com a lei seca as duas primeiras possibilidades estão bastante reduzidas...).

Acho que se for para ser imortalizada um dia, vou querer outra coisa. Abro este espaço então para a criatividade...que tal um blog in memorian? rs

P.S.1: no próximo post creio que discutirei um pouco a lei seca...afinal todo mundo só sabe falar nisso, e na minha cidade nem tem bafômetro...! (a pior parte...é que é verdade...)

P.S.2: foto de um lugar por onde não tenho passado ultimamente...as férias me tiraram de São Paulo...

P.S.3: ganhei um presentinho...obrigada pelo selo Nando!

sábado, 12 de julho de 2008

Revistas e mais revistas

Férias para mim sempre significaram ficar sem fazer nada, e quando eu digo nada é nada mesmo! Acordar quando bem entender, empanturrar-se de doces (quanto mais chocolate melhor...!) e comprar revistas.




As revistas sempre fizeram parte das minhas férias desde a chamada pré-adolescência. Só que, obviamente, na época eu comprava revistas diferentes das que eu compro hoje. Ia até a banca de jornal na esquina de casa e gastava a minha mesada em publicações com os pôsteres dos artistas que eu gostava e repletas daqueles testes do tipo "Será que o gatinho está a fim de você?". Achava o máximo.


Com catorze (ou quatorze, você escolhe...) anos de vida, fui passar metade das minhas férias de julho na casa de minha avó, uma senhora aficionada por palavras cruzadas e crochê. Como nunca tive o dom para trabalhos manuais, fiquei com as cruzadas mesmo. Fui até a banca localizada na frente do mercadinho e comprei duas revistas, que resolvi quase inteiras em um dia.


Entrando no Ensino Médio e já sabendo que queria ser jornalista, comecei a comprar revistas informativas e a assinar a Veja, que eu nunca gostei muito. Gostava mesmo era da Veja São Paulo, com seus filmes, suas peças, seus restaurantes e crônicas. Acho que foi por isso que vim parar nesse blog...rs


As revistas sempre me atrairam e me divertiram. E existem em todos os tipos, para todos os gostos. Se uma semana quero voltar a ser adolescente, enfio meu nariz em uma revista cor-de-rosa. Se quero ser intelectual, compro uma daquelas bem filosóficas...ou a Seleções (Reader's Digest) que eu gosto mais. Se estou bem feminina, tenho mil e uma opções.


E agora, se me dão licença, tenho três novas revistas, que comprei ontem, para ler...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Jogo de Amor em Las Vegas


Essa história de querer virar crítica anda me consumindo...e me conquistando...! rs


Mas hoje é dia de curtir a crítica acompanhada de um balde de pipoca. E o filme em questão é Jogo de Amor em Las Vegas, que fui conferir na última segunda-feira.




Comédia romântica que tenta fugir do clássico, dos lugares comuns. Contudo, desde os tempos bíblicos o filho pródigo sempre volta a casa, logo o filme tem alguns clichês sim, como piadas forçadas para a pessoa do sexo masculino que você, depois de muito esmero, convenceu a assistir o filme, também possa dar risada.


Joy McNully, personagem de Cameron Diaz, trabalha com ações e esta noiva de um publicitário que não a acha boa suficiente para ele (metido...). Ela, consciente disso, tenta de todas as formas agradar o namorado, mas ele termina tudo com ela. Para esquece-lo, ela decide viajar para Las Vegas, onde conhece Jack Fuller.


Interpretado por Ashton Kutcher, esse marceneiro conseguiu a proeza de ser demitido pelo próprio pai. Sem rumo, pega a estrada e pretende afogar as mágoas em Las Vegas. Depois de muito beberem, dançarem e caírem, eles acabam se casando (!!!).


No dia seguinte estão determinados a se recuperar da ressaca e anular o casamento. Entretanto a sorte "vegas style" surge; Jack ganha três milhões de dólares em uma máquina caça-níqueis e, agora que está casado, deve dividir tudo com Joy. O clima fica obviamente tenso e eles acabam condenados a...seis meses casados, morando juntos. Se cumprirem a sentença, terão o dinheiro repartido igualmente entre eles.


Não importa o quanto o filme seja divertido, eu ainda acho que ele imita descaradamente o final da quinta temporada de F.R.I.E.N.D.S., em que todos vão para Las Vegas e Rachel acaba casada com Ross. A base é a mesma mas, graças a Deus, os roteiristas e produtores tiveram a bondade de me contar uma história nova. Se fosse igual eu ia sair da sala escura muito nervosa, não pela falta de criatividade, mas pela cópia de um seriado que eu simplesmente amo.



Se recomendo o filme? Sim. Se ele é excelente? Não, mas em uma tarde de domingo acompanhada (sim, assistir esse filme só não é uma boa...estamos falando de uma comédia romântica aqui), esse lançamento cai muito bem.

domingo, 6 de julho de 2008

Ataque gastronômico I


Hoje resolvi falar sobre palmito, um alimento que nem está na minha lista de favoritos. Contudo não falarei sobre qualquer palmito...

Existem três tipos de palmito: o açaí (sim, a árvore que produz esse fruto é da mesma família da árvore do palmito), o juçara (básico, encontrado nos mercados em conserva) e o pupunha. Por que o pupunha não teve parênteses? Porque ele merece um post inteiro.

O palmito pupunha é típico da Amazônia e está se tornando cada vez mais popular tanto em mesas brasileiras quanto estrangeiras. Tem sabor suave e é extremamente versátil. Já imaginou doce de palmito? Pois existe!

Este tipo de palmito é mais barato que o palmito juçara, e eu digo o porquê. A árvore que produz o juçara demora de 8 a 12 anos para alcançar o chamado "tamanho de corte" e, quando o palmito é extraído, a árvore morre (fundo musical dramático...). Já a árvore que produz o pupunha pode alcançar o ponto de corte em menos de dois anos e após a extração do palmito ela ainda pode reproduzir, crescer e produzir mais.

Pois bem, o movimento em prol do palmito pupunha começou! Ainda mais sabendo que a árvore que produz o juçara está entrando em extinção... (um pouco mais do fundo musical dramático...).

Bom apetite a todos!


*ataque gastronômico provocado por matéria da revista Prazeres da Mesa de Junho/2008.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

A espera e as unhas


Currículos se espalham pela rede na velocidade da luz. Ao final do dia você nem sabe para quem o mandou. Dias de espera, roendo as unhas e comendo chocolate, como todo ser humano. Enfim, aquela amiga que nem sabia da sua infindável busca por uma ocupação minimamente rentável, te liga. Oportunidade à vista, é marcada a entrevista!
Entrevistas são estranhas. Uma simples conversa com alguém pode te deixar sem dormir. Você tem uma folha de papel para resumir tudo o que você já fez de útil (ou pelo menos considera útil) na sua vida.
Enquanto esperava o ponteiro do relógio marcar três horas, fiquei olhando meu currículo. Meu nome em letras grandes. Os conhecimentos que tenho ali listados. Os lugares onde trabalhei, os trabalhos que fiz. Senti como se olhasse para uma bula de remédio, que não me informava quais eram os efeitos colaterais de ser eu mesma.
Cheguei um pouco mais cedo do que o esperado. Fiquei com medo de me perder. E agora estou aqui, perdida nos meus pensamentos enquanto espero "O Entrevistador". Como será que ele é? Educado ou rabugento? Alto ou baixo? Divertido ou sério? Falante ou retraído? A idéia de ter que lidar com alguém que você nem imagina quem seja, e que também não faz idéia de quem você é, me assusta um pouco.
Enfim, três horas. A recepcionista me oferece um café. Eu recuso. Uma água? Recuso também. Olho para as minhas mãos; nada de unhas. Somente aqueles dedos feios que embebem o currículo de suor. Coloco o currículo de volta na pasta. Ajeito o cabelo e os brincos, que não se cansam de entrar na gola alta da minha blusa. Rosa. Será muito infantil vir a uma entrevista de preto e rosa? Acho que estou ficando paranóica...
Uma sombra surge no corredor. "O Entrevistador"? Sim, é ele. Conduz-me a uma sala e conversa comigo por meia hora. Faz perguntas sobre cada linha do meu currículo, cada linha da minha vida. Eu respondo pesando cada palavra antes de deixar que ela escorregue da minha boca. Acho que estou falando pouco. E saio da sala achando que falei demais.
Recebo a notícia de que terei uma resposta na semana que vem. Vou para casa, metrô lotado. Chego, desço do salto e da pose de "contrate-me". Visto o moletom. Descanso o corpo e a mente, e os preparo para a ansiedade que está por vir. Mais uma vez olho para as mãos. Nada de unhas.