terça-feira, 15 de setembro de 2009

Possibilidades

Quando pensei sobre o que escrever hoje, tive muitas ideias diferentes. Quando se conversa com muitas pessoas se tem contato com muitas visões da realidade. Mas todas elas convergindo para uma mesma mente – a minha - pode causar indecisão. E causa.


Pensei em escrever sobre as amizades. Amanhã um amigo muito querido faz aniversário. Todas as manhãs conversamos. Ele e mais outros amigos tão queridos quanto, que, por suas personalidades únicas, cativam-me um pouco mais a cada dia. Quantas conversas boas tivemos. Conversas que renderiam muitos posts, e vão render. Mas não o de hoje.

Ontem cogitei falar sobre a atitude inexplicável de Kanye West no VMA quando a lindinha Taylor Swift ganhou o prêmio de melhor videoclipe feminino. Sabem, eu até gostava do trabalho do Kanye, ainda gosto. Mas reprovo sua atitude, a até santo Obama concorda comigo. Poderia fazer um post super completo sobre o VMA com uma parte especial para ofensas ao cantor. Mas não o farei.

Hoje, durante a aula de Criação de Texto, tive a maravilhosa oportunidade de conversar com a dona Cida, jornaleira há vinte anos com opiniões bem definidas sobre (quase) tudo. Sua entrevista está gerando um texto que já passou de uma folha no Word. Contudo, não correrei com minha narrativa contemporânea só para atualizar as coisas. Prometo apresentar dona Cida à vocês na semana que vem. Hoje não.

No ônibus, conversei com uma amiga que está noiva. Falamos de seus planos para o casamento, festa, lua de mel. Discutimos qual seria o melhor mês, os melhores salgados, os melhores padrinhos. E chegamos à conclusão de que casamentos tem casos típicos, como o tio brincalhão, a prima dançarina e, os mais notáveis, os parentes farofeiros. Poderia caracterizar cada um deles, e me demorar falando sobre essas pessoas únicas que sentam sempre perto da saída da cozinha e ficam amigas do garçom pra não faltar coxinha na mesa. Mas preciso de um pouco mais de espaço pra isso, e não o tenho hoje.

Ao mesmo tempo em que tenho tudo, não tenho nada. Filosófico e profundo, o leitor pode pensar. Mas é real. Simultaneamente poderia falar sobre tudo, porém sobre nada em profundidade. São milhares de possibilidades, que serão lembradas e trabalhadas um dia. Mas não hoje. Hoje foi dia de pensar, de ter ideias. Agora, decidir o que fazer com elas, é algo que pretendo fazer agora, antes de dormir.

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