segunda-feira, 21 de setembro de 2009

I'm a Barbie girl

Ela pode ser o que você quiser. Em diferentes estilos, da princesa à hippie, criou um estilo próprio. Não se trata de uma simples boneca de vinil, mas da tradução do atual modo de vida de sucesso. Sim, depois de cinquenta anos ela ainda consegue representar a atualidade. Não importa quantas outras surjam, não perde a majestade no gosto das pequenas mulheres.


A Barbie é a pura representação da pluralidade do universo feminino, que surge no final do século XIX com o advento da modernidade. Criada por Ruth Handler, a boneca veio contemplar o ideal de mulher, não somente por seu tipo físico, mas como uma mulher independente que pode assumir os mais diferentes papéis sociais. Simultaneamente, Barbie vive o amor romântico com Ken e é uma profissional inserida no mercado, em diversas versões.

Ao longo dos seus cinquenta anos de existência, e no Brasil desde 1982 quando começou a ser importada pela Estrela, Barbie foi considerada modelo de nossas práticas sociais. Vivemos hoje em uma sociedade de consumo, onde se vive para comprar e acumular bens, ao mesmo tempo em que tudo é descartável. Por muito tempo a boneca foi mostrada pelos estudiosos como consumista e, portanto, mal exemplo para as crianças.


Contudo, hoje a primeira boneca com cara e corpo de adulta vive um outro momento. Não são mais as crianças de 8 à 10 anos que brincam de Barbie, mas as na faixa dos 5, fazendo com que a boneca passasse por um processo de infantilização, entrando cada vez mais no mundo da fantasia.


Ao longo do tempo, a boneca também passou por mudanças estéticas, sempre se adequando ao padrão de beleza do momento. Seu corpo de vinil é esculpido com base em um molde de massinha feito a mão.Em comparação à primeira, a Barbie atual tem seios menores (equitativos à um busto de 91 cm) e uma improvável cintura equivalente à 45 cm, sendo que as modelos mais magras tem 62 cm. O culto ao corpo aparece desde cedo, nas crianças que não querem ser chamadas de “gordinhas” e que se arrumam tanto ou mais do que uma adolescente. Não que ela seja ainda uma referência, mas muitas meninas querem ser como a Barbie.

Com 50 anos, Barbie ainda vive seu auge. É a preferida de muitas meninas ao redor do mundo e rica em cada detalhe, com olhos, boca e unhas pintados artesanalmente. O tempo não fez com que ela fosse deixada de lado, simplesmente mudou seu foco devido ao amadurecimento acelerado das crianças. Ela ainda pode ser o que quiser, mas não é necessariamente o que toda menina quer ser.


* adaptação de um texto escrito para a aula de Psicologia. Tirei-o do baú por ter ido na semana passada à exposição Barbie 50 faces, no Internacional Shopping Guarulhos. As fotos você conferiu ao longo do post.

* para quem quiser entrar de cabeça no mundo Barbie: acesse o Barbie Collector, site com imagens (e, pra quem pode, possibilidade de compra) de todas as Barbies. Ou quem sabe o Barbie Girls, onde você pode criar sua própria Barbie, fazer amigas, decorar seu quarto, dar festas...enfim, um pouco de tudo. Pra quem prefere o básico, clique aqui e acesse o site oficial.

Nenhum comentário: